Rafael Nogueira
Um certo antiesquerdismo
existe entre crentes e ateus, negros e brancos, gordos e magros, homens e
mulheres, ricos e pobres. É um sentimento e, por vezes, uma convicção teórica
legítima em uma democracia. Para fins práticos da política, todos acabam colocados
sob o guarda-chuva “conservador”. Já a praticidade da esquerda, para explorar o
medo quase supersticioso de um mal pretensamente representado por senhorinhas
que rezam terços e tios que contam piadas de mau gosto no churrasco, consiste
em chamar a todos de “fascistas”.
O problema é que essa tática
mascara um mal que se alinha perfeitamente com as melhores descrições de
totalitarismo. Quando a esquerda chega ao poder e não quer largá-lo, passa a
usar o Estado para perseguir aqueles que escolhe arbitrariamente chamar de “fascistas”
– podendo até matá-los, sob o pretexto de que “palavras machucam”.
Identificando-se a si própria com o Bem, esse maniqueísmo a faz enxergar
ameaçadores herdeiros do bigodinho alemão em cada vizinho que ousa dela
discordar.
Tenho uma tese: a direita não
é “nazista” ou “fascista” ou qualquer outro -ista que queiram lhe vincular. A
mal chamada extrema-direita por vezes fala muita besteira, mas não planeja
violência alguma – muito menos a executa. A extrema-esquerda, por sua vez,
fala, planeja, executa e ainda conta com advogados e jornalistas para construir
uma historinha que resulte numa espécie de perdão público de seus crimes.
Ora, vejamos os fatos
teimosos: quem tem sofrido violência pelas mãos de quem? Nos últimos anos,
líderes e militantes conservadores têm sido agredidos ou mesmo assassinados por
fanáticos de esquerda, ao redor do mundo. Para citar apenas alguns casos emblemáticos,
vale elencar o mais recente, de Charlie Kirk, ativista de 31 anos
baleado no pescoço durante um evento universitário e morto em seguida;
Jair Bolsonaro, então candidato à presidência, esfaqueado em plena campanha por um militante do PSOL;
Donald Trump, quando
candidato à reeleição, atingido de raspão por um disparo durante um comício na
Pensilvânia.
Tem também Fernando
Villavicencio (Equador, 2023), candidato opositor executado com tiros na
cabeça ao sair de um comício;
Miguel Uribe Turbay
(Colômbia, 2025), senador direitista e candidato presidencial morto com um tiro
pelas costas em plena luz do dia;
Shinzo Abe (Japão,
2022), ex-primeiro-ministro conservador alvejado e assassinado a queima-roupa
durante um discurso de campanha;
Pim Fortuyn (Holanda,
2002), líder político assassinado a tiros por um ativista ambiental de
extrema-esquerda;
Steve Scalise (EUA,
2017), congressista republicano gravemente ferido por um atirador militante de
esquerda durante um treino de beisebol do Congresso;
Aaron “Jay” Danielson
(EUA, 2020), apoiador de direita abatido por um militante “antifascista”
durante distúrbios em Portland;
Frank Magnitz
(Alemanha, 2019), deputado do partido AfD espancado e deixado inconsciente por
mascarados de extrema-esquerda;
Andy Ngo (EUA, 2019),
jornalista independente brutalmente agredido por membros do Antifa, sofrendo
hemorragia cerebral;
José Antonio Kast
(Chile, 2018), político direitista atacado e expulso a pontapés por um grupo de
estudantes radicais em uma universidade. E a lista segue.
A máxima atribuída a Lênin
“Xingue-os do que você é; acuse-os do que você faz” parece a fórmula perfeita
do neototalitarismo que cresce dia a dia em nosso século, prometendo um futuro
de sangue e morte.
Pacifista por temperamento,
não advogo por cruzadas armadas, mas sim por um esforço intelectual de desmonte
das teorias, narrativas e histórias da carochinha que protegem, acobertam,
absolvem e perdoam esses criminosos. E que Deus nos ajude a sobreviver a mais
esta ameaça que os gênios do mal empreendem neste mundo.
Título e Texto: Rafael
Nogueira, O Dia, 17-9-2025
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