Candidata do Reform UK detida após hastear bandeira do Reino Unido em edifício público

Paulo Hasse Paixão 

Os protestos em hotéis para imigrantes em Inglaterra intensificaram-se no fim de Agosto e princípio de setembro, com confrontos entre manifestantes e a polícia em Epping, Essex. A agitação ocorreu após uma decisão do Tribunal de Recurso que anulou uma injunção que impediria temporariamente o Bell Hotel de acolher requerentes de asilo. 

Os acontecimentos de domingo culminaram na detenção de Sarah White, dirigente do Partido Reformista de Nigel Farage, depois de esta ter pendurado a Union Jack, a bandeira do Reino Unido, num edifício público próximo.

🚨🚨🚨Meanwhile, in Britain, a Reform candidate for @Nigel_Farage’s insurgent party has been violently arrested by the Labour government’s police for the crime of… flying the British flag from a public building. https://t.co/76DNlve84x

— Raheem J. Kassam (@RaheemKassam) August 31, 2025

Os protestos no Bell Hotel decorrem desde julho, quando um imigrante ilegal ali hospedado foi detido e acusado de vários crimes, incluindo agressão sexual a uma rapariga de 14 anos. A recente decisão judicial intensificou a revolta local, com os manifestantes a acusarem as autoridades de ignorarem as suas preocupações.

A ativista do Reform UK, Orla Minihane, organizadora do protesto, disse aos participantes que “o conselho desiludiu-nos” e acusou o governo de dar prioridade aos imigrantes em detrimento dos cidadãos britânicos. Sarah White comparou as manifestações a levantamentos históricos, instando a multidão a “recusar-se a pagar a taxa de licença [da BBC]” e os “impostos municipais”. White foi então detida após tentar pendurar uma bandeira no edifício do conselho, provocando confrontos entre os manifestantes e a polícia.

“A detenção deve-se à suspeita de violação de uma ordem da Secção 14”, disse um porta-voz da polícia – referindo-se à legislação que as autoridades podem utilizar para impor restrições aos protestos que, na sua opinião, podem resultar em “graves distúrbios públicos”.

Vozes locais expressaram indignação com a decisão do tribunal, com o comentador Adam Brooks a apelidá-la de “vergonha”. Muitos questionaram a imparcialidade do juiz presidente, Lord Justice Bean, citando as suas ligações ao Partido Trabalhista e à Fabian Society, de extrema-esquerda.

Título, Imagem e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 23-9-2025