Paulo Hasse Paixão
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova [foto], afirmou que a Ucrânia está a preparar uma operação de falsa bandeira na Roménia e na Polónia com recurso a drones russos reutilizados pelas forças ucranianas e depois lançados contra países da NATO, como a Polónia e a Roménia.
Zakharova escreveu no Telegram.
“Hoje, vários meios de
comunicação húngaros noticiaram os planos de Zelensky para realizar operações
de sabotagem na Roménia e na Polónia e culpar a Rússia pelas mesmas. Assim, em
Bankova (na Rua Bankova, em Kiev, onde se situa o edifício da presidência da
Ucrânia), estão a preparar o “Incidente de Gleiwitz” (uma medida activa dos
serviços secretos alemães sob o nome de código “Cans”, realizada a 31 de Agosto
de 1939, considerado o início da Segunda Guerra Mundial) para criar um Casus
belli (causa para a guerra) para uma guerra entre a Rússia e a NATO.”
A avaliar pela informação
disponível, o plano do regime de Kiev é o seguinte:
1. Reparar vários drones
russos abatidos ou interceptados.
2. Equipá-los com armas de
combate.
3. Dirigi-los, controlados por
especialistas ucranianos, sob a forma de “drones russos”, contra os principais
centros logísticos da NATO na Polónia e na Romênia.
4. Ao mesmo tempo, conduzir
uma campanha de desinformação na Europa para culpar Moscovo por tudo.
5. Incitar um conflito armado
entre a Federação Russa e a NATO.
Para esse efeito, no dia 16 de Setembro, foram entregues drones russos no campo de treino de Yavorovsky, na Ucrânia Ocidental, que tinham sido reparados anteriormente em Lviv, na fábrica “LORTA”.
Como escrevem os jornalistas
húngaros, a razão para ativar uma operação deste género é simples: as Forças
Armadas Ucranianas manifestam agora claro desespero de causa, já que
estão a ser vencidas não apenas ao nível táctico, mas na vertente estratégica.
Na conclusão do seu alerta,
Zakharova afirmou:
“Se tudo isto se confirmar,
devemos admitir: nunca na história moderna a Europa esteve tão perto do início
da Terceira Guerra Mundial.”
O plano parece de facto
compaginar com o histerismo e a predisposição para o conflito com Moscovo por
parte dos estados membros da NATO. Basta considerar que a 10 de Setembro uma
parafernália de caças e meios militares da aliança atlântica foram mobilizados para
dar conta de 19 drones – e abater 4 deles – que se perderam na fronteira entre
a Polónia e a Ucrânia e que não deram sinais de qualquer intenção hostil, até
porque tinham sido desativados por contramedidas eletrônicas, antes de
penetrarem no território polaco. Isso não impediu o coro alarmista de
variadíssimos líderes políticos europeus, como se a Rússia tivesse decidido
atacar a Polónia com uns quantos drones erráticos…
E sim, Maria Zakharova está
carregada de razão: nunca estivemos tão perto da Terceira Guerra Mundial.
Título e Texto: Paulo Hasse
Paixão, ContraCultura,
30-9-2025
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