quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Charlie Kirk um herdeiro do filósofo Sócrates

Hoje, a hegemonia cultural da esquerda decide quem pode ser vítima e quem deve ser apagado

João Maurício Brás

Uma certa esquerda justifica a morte de um jovem defensor da liberdade porque acreditava na tradição americana do porte legal de armas e na responsabilidade individual. Quem prega o ‘gun control’ mata precisamente com armas aqueles que pensam diferente. Foi assim na tentativa de homicídio de Trump e voltou a acontecer com Charlie Kirk.

A esquerda chama ‘extremistas’ às vítimas e veste-se de defensora da democracia. O que foi alvejado não foi apenas um homem: foi a liberdade de expressão. Kirk tombou, mas o ideal não.

Charlie Kirk, jovem pai e fundador da Turning Point USA, era uma das vozes conservadoras mais influentes da sua geração. Transformava o clima de cancelamento e de ‘wokismo’ nas universidades americanas. Os seus ‘podcasts’ lideravam com mais de 750 mil descargas diárias; reunia milhões de seguidores em todas as redes. Denunciava a hipocrisia seletiva da esquerda e devolvia aos estudantes a coragem de pensar livremente.

A sua missão era a de um Sócrates contemporâneo. Tal como o filósofo ateniense, foi condenado não por crime algum, mas por questionar os dogmas ideológicos totalitários do seu tempo. Sabia que a verdade podia custar a vida, mas não recuou. Não se escondeu, não pediu proteção, não se calou.

Um disparo anónimo e covarde resume o nosso tempo: homens livres são caçados como inimigos a abater. Eis o futuro que o progressismo militante nos oferece: não política, mas violência; não diálogo, mas bala; não democracia, mas tirania.

E os meios de comunicação? Se fosse um ativista progressista, veríamos diretos intermináveis e indignação coreografada. Mas quando a vítima é conservadora, basta o rótulo ‘extrema-direita’ para justificar a morte. Prova disso: quando militantes radicais atacaram igrejas nos EUA ou agrediram manifestantes pró-vida, as manchetes minimizaram ou ocultaram os factos; já a morte de George Floyd mobilizou semanas inteiras de cobertura.

Nas redes, o ódio contra crentes, patriotas e defensores da tradição é diário e impune. Veja-se o caso dos estudantes católicos de Covington, transformados em ‘racistas’ antes de qualquer prova, ou as constantes ameaças a oradores conservadores em ‘campus’ universitários. O verdadeiro discurso de ódio está neste caldo progressista que normaliza a violência contra quem ousa pensar diferente.

Podemos discordar de Charlie Kirk, mas vejam o que ele defendia: família, comunidade, dignidade humana, virtude cívica, liberdade individual e de expressão. Precisamente por isso o quiseram calar. Porque lembrava ao mundo que o bem e o mal existem, que a verdade existe, que a liberdade exige responsabilidade.

Mas há algo que os assassinos nunca compreenderão: as ideias não morrem a tiro. Podem abater corpos, mas não princípios. Podem silenciar vozes, mas não a verdade. O que está a morrer não é a liberdade, é o Ocidente – corroído pelo radicalismo progressista, pelo duplo critério mediático e pela cobardia dos moderados.

Hoje, a hegemonia cultural da esquerda decide quem pode ser vítima e quem deve ser apagado. É uma guerra política e cultural. Ou reagimos, ou deixamos morrer a própria ideia de sociedade livre sob o peso de uma moral hipócrita e seletiva.

Ben Shapiro lembrou o essencial: não basta chorar, é preciso continuar e herdar este legado e transmiti-lo aos mais novos, recusar o medo e a resignação. Mas se resistirmos, se mantivermos a verdade viva, a liberdade ainda terá futuro. Como Sócrates e Orwell nos lembram, o pensamento livre é imortal. 

Título e Texto: João Maurício Brás, SOL, 16-9-2025, 10h22 

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