terça-feira, 30 de setembro de 2025

FBI admite ter infiltrado 275 agentes à paisana na multidão de 6 de Janeiro

Paulo Hasse Paixão


O FBI admitiu finalmente que 275 agentes à paisana estavam infiltrados na multidão a 6 de Janeiro de 2021, quatro anos após as primeiras preocupações sobre o potencial envolvimento da agência.

Este reconhecimento surge após um infame relatório de dezembro de 2024 do Gabinete do Inspector-Geral (OIG) do Departamento de Justiça (DOJ), que afirmou não haver provas de funcionários “disfarçados” do FBI nas multidões do protesto ou no Capitólio nesse dia.

O relatório do OIG referiu ainda que 26 fontes humanas confidenciais do FBI participaram no motim, com quatro delas a entrar no Capitólio. No entanto, alegou que nenhum destes informadores foi instruído para infringir a lei, entrar em áreas restritas ou incitar atividades ilegais.

Portanto, 275 agentes mais 26 informadores. 301 infiltrados. Sendo que não entraram mais que 2500 pessoas no Capitólio, a 6 de Janeiro, temos mais que um infiltrado do FBI para cada 10 amotinados.

Espantoso.

O deputado Barry Loudermilk (R-GA), presidente da Subcomissão Selecta da Câmara para o 6 de Janeiro, expressou a sua intenção de investigar mais a fundo a intervenção do FBI, afirmando:

“Com tantos informadores pagos na multidão, queremos saber quantos estavam na multidão, quantos estavam no edifício, mas também quero saber se foram pagos para informar ou instigar.”

A divulgação surge entre revelações sobre agentes disfarçados do Departamento de Polícia Metropolitana (MPD) que admitiram ter incitado a multidão, encorajando os manifestantes a escalar barreiras e aplaudindo actos de vandalismo. Grande parte das imagens de vídeo gravadas por estes polícias não foi divulgada, apesar dos esforços legais para as obter.

Como se isto não bastasse, equipas tácticas do FBI também foram enviadas para o Capitólio no dia 6 de Janeiro, auxiliando na evacuação do edifício após a morta a tiro de bala da manifestante desarmada Ashli ​​​​Babbitt, a única vítima mortal desse dia. O envolvimento de outras agências federais, incluindo o Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) e o Serviço de Delegados dos EUA, reforça ainda mais a significativa presença federal na ocorrência.

Parece óbvio que muitos destes agentes do FBI teriam a missão de agitadores, caso contrário, dado os números das forças de segurança em presença, contando com as polícias e outros elementos de agência federais, o motim teria sido rapidamente controlado. Se a intenção fosse essa, claro.

Mais uma teoria da conspiração que transita para a tabela dos factos.

Título e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 30-9-2025

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