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Um entusiasta da tal carta
escrita pela ala podre da CNBB publicou em seu perfil do facebook uma lista com os supostos nomes dos firmatários. A
principal incongruência da lista é que a mesma anuncia 152 nomes, tal como
noticiado pela Folha, mas, na contagem nome por nome, aparecem apenas 126. O
que aconteceu com os demais? Por que não fizeram uma publicação oficial com a
lista completa dos firmatários? Continuarão eles escondidos covardemente?
Precisamos saber quem são para que o povo tenha um mapa exato do esquerdismo do
episcopado brasileiro.
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CNBB na última assembleia em
Aparecida-SP, no ano de 2019, foto: Divulgação
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Primeiramente, o número de
assinaturas: 152 num total de 479 bispos (32%), sendo que a maioria visível
deles é composta por bispos eméritos, ou seja, aposentados. O quadro é bastante
interessante e sugere que a “Teologia da Libertação”, apesar de toda a pressão
de Francisco, perdeu força no episcopado que está na ativa.
Outra surpresa muito
interessante foi o comparecimento de Dom Alberto Taveira entre os apoiadores da
carta contra o governo.
Ele sempre se apresentou como
bispo conservador, chegou até a celebrar a Missa na forma extraordinária do
rito romano, sempre foi o queridinho da Renovação Carismática
Católica e da Canção Nova, mas, agora, literalmente, “a máscara caiu”. Já há
alguns anos, no Encontro Nacional de Formação da RCC em Aparecida, Dom Taveira
deu um chilique em relação a muitos carismáticos que usavam correntes de
consagração a Nossa Senhora, véu, saia, enfim, que adotavam usos tradicionais.
Hoje, começou a se espalhar um
áudio em que Dom Taveira tenta explicar o inexplicável: “foi elaborada uma
carta por alguns bispos. Pediram que nós assinássemos. Nós, os bispos de Belém,
dissemos ‘vamos, pelo menos, ficar unidos aos outros bispos’… Só que essa carta
deveria passar por uma revisão do Conselho Permanente da CNBB. Infelizmente
alguém vazou essa Carta. Agora, então, é sofrimento e correr atrás do
prejuízo”.
Em outras palavras, ele tentou
se enturmar e acabou exposto, como não gostaria que acontecesse.
Em outras mensagens, alguns
bispos disseram que a CNBB teria emitido alguma nota não pública em que
afirmou: “que o documento nada tem a ver com a Conferência e é de
responsabilidade dos signatários”, tomando distância daqueles que assinaram, o
que, aliás, é muito razoável, pois, se os signatários não publicam o seu nome é
porque sabem que fizeram algo errado.
Em participação nesta manhã na rádio Band News, a jornalista Mônica Bérgamo, que publicou o vazamento e
teve contato direto com aquele que lhe forneceu o texto, disse que “a ‘Carta ao
Povo de Deus’, assinada por 152 bispos, rachou a CNBB, reforçou esta divisão,
que já vinha há algum tempo, entre uma parte dos religiosos que é muito crítica
ao governo do Jair Bolsonaro e um outro setor, que inclusive já se reuniu com
ele, discutiu questões de publicidade, rádio e televisão religiosa. Os bispos
que assinaram este documento com críticas duríssimas ao presidente Jair
Bolsonaro buscam agora o apoio até do Papa Francisco, para que o texto ganhe
ainda mais peso do que já tem e não seja bombardeado pela ala dita conservadora
da Igreja. Entre os signatários desta carta estão alguns amigos do Papa
Francisco, inclusive Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo. A
carta que a gente divulgou com exclusividade na Folha de São Paulo no domingo
já foi enviada ao Papa Francisco e também a Dom João Brás de Aviz”.
E, conclui a jornalista, “o
temor de que ela fosse para a gaveta pelas mãos dos chamados conservadores fez
com que um passarinho (sic!) chegasse com ela no bico pra mim
e nós divulgássemos o texto. Esta divulgação gerou um desconforto enorme na
cúpula do clero, com as divergências se acirrando. E foi marcada uma reunião
para o dia 5, agora, do Conselho Permanente da CNBB, para discutir este
documento”.
Em síntese, eles estão com
medo e, por isso, precisam pedir reforços!
A CNBB, que foi uma pioneira
na colegialidade entre os bispos, agora está sendo a pioneira no sepultamento desta
mesma colegialidade, e sob a presidência de Dom Walmor Azevedo. A ação, em si,
é grave e, como toca interesses de fanatismo ideológico muito enraizados no
atual Vaticano, pode desencadear um endosso papal que só virá a confirmar que a
colegialidade foi uma experiência frustrada, a ser deixada para trás.
A esquerda, a propósito, não
respeita e nunca respeitou as chamadas “regras do jogo”, que existem apenas
para amarrar e impedir a ação dos seus opositores. Diferentemente dos
conservadores, que têm estes apegos simbólicos às formalidades, os esquerdistas
não têm compromisso nenhum com isso. Portanto, para eles, jogar fora a tal
“colegialidade conciliar” é algo óbvio, justamente quando isso não convém mais
para os interesses políticos deles.
Por outro lado, o desespero
dos bispos libertadores com o avanço dos conservadores na política brasileira
revela uma completa impotência. Eles já não sabem mais o que fazer, sobretudo
porque um abismo os separa da opinião pública. O quadro, para eles, é de
completo pânico: mesmo com epidemia, com crise econômica, com polêmicas e mais
polêmicas artificiais, a esquerda continua inexpressiva em todas as pesquisas
para as próximas eleições presidenciais.
O que esses bispos não
conseguem entender é que o protagonismo do debate político foi retirado de suas
mãos justamente pela aliança espúria que os uniu em matrimônio indissolúvel com
a esquerda petista. Eles não conseguem mais produzir um impacto real na
sociedade brasileira. O povo não os quer mais e resolveu relegá-los ao completo
ostracismo, ainda mais depois de serem expulso das Igrejas nesta aposta de
desgaste do governo pela pandemia, aposta que eles, evidentemente, perderam.
Se continuarem com esta
teimosia socialista, os bispos do PT terão fatalmente o que enquanto bispos não
deveriam: começarão a ser desacatados publicamente pelo povo e, com isso, os
dias de vergonha da Igreja no Brasil estarão apenas começando. Quem avisa,
amigo é.
Título e Texto: FratresInUnum.com, 28 de julho de 2020
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Estou com vontade chorar. É deprimente. Por que fizeram isso? Acham que falam em nome de quem?
ResponderExcluirSe a lista é verdadeira, não sabemos, mas a malfadada carta está aí!
Sabe me dizer os nomes dos 152 signatários da carta?
ResponderExcluirClicando no link informado na primeira linha do artigo "publicou em seu perfil do facebook uma lista com os supostos nomes dos firmatários.", terá acesso à lista.
ExcluirA verdade vos libertará!
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