terça-feira, 18 de março de 2025

A fé, o maior de todos os milagres

Napoleon Hill

Vivemos numa era de maravilhas, uma era de milagres explicáveis, dentre os quais citarei os que mais me impressionaram.

Vimos o milagre realizado por Edison quando, depois de várias tentativas frustradas, arrebatou à natureza o segredo por meio do qual a voz humana pôde ser registrada num disco de cera, e perfeitamente reproduzida. 

Esse milagre, Edison realizou-o pela fé. Não tinha precedentes para guiá-lo. Tanto quanto se conhece pela história da civilização, ninguém antes dele realizara esse milagre.

Um dos fatos mais estranhos acerca desse “milagre” é que Edison começou a experiência com um princípio muito rudimentar, tendo sido mais tarde revelado o aparelho por meio do qual foi descoberto o segredo da máquina falante. Esse princípio era a vibração, e o aparelho era um tubo de cera girando num cilindro, que entrava em contato com a ponta de uma agulha.

Coisa alguma, senão a fé, podia ter tornado Edison capaz de iniciar a sua experiência tão perto da fonte do segredo que procurava, e apenas a fé poderia lhe ter dado a persistência para levar avante a experiência, apesar de mil fracassos.

Foi a fé que habilitou Edison a concentrar o seu espírito na tarefa que o levou, depois de inúmeras tentativas fracassadas, a criar a lâmpada incandescente, com a qual domou a energia conhecida por eletricidade, e que hoje ilumina o mundo inteiro.

Foi a fé que levou Edison a continuar suas experiências com o fonógrafo até realizar o “milagre” que imaginou.

Foi a fé que sustentou os irmãos Wright durante árduos anos de experiências antes de conquistarem o ar e criarem a máquina que venceu, tanto em rapidez como em resistência, os pássaros mais velozes.

Foi a fé que guiou Lee De Forest [foto] através de anos de luta aparentemente infrutífera, até que conseguiu aperfeiçoar a aparelho com que o homem envia hoje o som da voz em torno do mundo, em um segundo, por meio de uma forma de energia desconhecida dos homens, no tempo em que foi escrita a Bíblia. 

Foi a fé que levou Cristóvão Colombo a navegar em martes desconhecidos, à procura de uma terra que, tanto quanto sabia, não existia senão na sua imaginação. Considerando-se a fragilidade dos navios que empregou para tão difícil viagem, a sua fé deve ter sido decerto dessa espécie que torna possível ao homem ver atingido o objetivo dos seus esforços antes mesmo de tê-los iniciado.

Foi a fé que inspirou Copérnico para a descoberta dessa parte do universo que olhos humanos nunca haviam enxergado, e isso numa época em que tais revelações podiam significar a destruição daqueles que as faziam, pelos seus conterrâneos, que acreditavam apenas na existência das estrelas que podiam ser vistas a olho nu.

Foi a fé que revelou a Joseph Smith as provas fragmentárias de uma civilização que precedeu à dos índios no continente americano; essa descoberta ele a fez pelo menos 100 anos antes que essas revelações, nas Américas do Norte e do Sul, tivessem sido realmente trazidas à luz.

As revelações de Joseph Smith foram a causa de sua morte, às mãos de um bando, cujos chefes se sentiam ofendidos com essa revelação moderna de “milagres”, o que vem demonstrar a pertinácia com que a humanidade tem combatido a todos os que focalizam a luz da compreensão sobre o princípio da fé. 

Foi a fé que tornou possível à Regra de Ouro de Nash transformar um fracasso comercial num brilhante exemplo de triunfo por meio do simples processo de lidar com os seus sócios e com o público a quem servia, na base da Regra de Ouro preconizada por Cristo, há quase dois mil anos.

Arthur Nash voltou-se para o princípio da fé depois de ter visto fracassar todos os outros princípios experimentados pelos negociantes modernos.

Continuando a seguir o mesmo princípio até o fim da sua vida, fez uma grande fortuna, sem falar no grande e proveitoso exemplo que legou ao mundo.

Foi a fé numa causa que tornou Gandhi apto para fundir num só espírito uma massa composta de mais de duzentos milhões de hindus. Toda esta massa obedecia cegamente a Gandhi, e era capaz de ir até o suicídio, se ele ordenasse.

Porque possuía um espírito capaz de sustentar a fé, ele exercia o seu poder passivamente.

Nenhuma outra influência, senão a fé, podia ter realizado tal milagre. Gandhi provou que a fé pode realizar o que não pode conseguir um exército bem treinado, dinheiro e materiais de guerra.

Foi a fé que libertou o espírito de Einstein, e lhe revelou os princípios matemáticos de que o mundo nem sequer suspeitava. Nenhum espírito preso por limitações poderia ter feito tal “milagre”.

Foi a fé que sustentou George Washington e o levou á vitória conquanto lutasse contra forças físicas muito superiores às suas; tinha uma espécie de fé que nascera do seu amor pela liberdade do povo.

O princípio profundo conhecido por fé está à disposição de todos no mundo.

Título e Texto: Napoleon Hill, in “A Lei do Triunfo”, páginas 174, 175 e 176;
Digitação: JP, 18-3-2025


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