Napoleon Hill
Vivemos numa era de
maravilhas, uma era de milagres explicáveis, dentre os quais citarei os que
mais me impressionaram.
Vimos o milagre realizado por Edison quando, depois de várias tentativas frustradas, arrebatou à natureza o segredo por meio do qual a voz humana pôde ser registrada num disco de cera, e perfeitamente reproduzida.
Esse milagre, Edison
realizou-o pela fé. Não tinha precedentes para guiá-lo. Tanto quanto se conhece
pela história da civilização, ninguém antes dele realizara esse milagre.
Um dos fatos mais estranhos
acerca desse “milagre” é que Edison começou a experiência com um princípio
muito rudimentar, tendo sido mais tarde revelado o aparelho por meio do qual
foi descoberto o segredo da máquina falante. Esse princípio era a vibração, e o
aparelho era um tubo de cera girando num cilindro, que entrava em contato com a
ponta de uma agulha.
Coisa alguma, senão a fé,
podia ter tornado Edison capaz de iniciar a sua experiência tão perto da fonte
do segredo que procurava, e apenas a fé poderia lhe ter dado a persistência
para levar avante a experiência, apesar de mil fracassos.
Foi a fé que habilitou Edison a concentrar o seu espírito na tarefa que o levou, depois de inúmeras tentativas fracassadas, a criar a lâmpada incandescente, com a qual domou a energia conhecida por eletricidade, e que hoje ilumina o mundo inteiro.
Foi a fé que levou Edison a continuar suas experiências com o fonógrafo até
realizar o “milagre” que imaginou.
Foi a fé que sustentou os irmãos Wright durante árduos anos de experiências antes de conquistarem o ar e criarem a máquina que venceu, tanto em rapidez como em resistência, os pássaros mais velozes.
Foi a fé que guiou Lee De Forest [foto] através de anos de luta aparentemente infrutífera, até que conseguiu aperfeiçoar a aparelho com que o homem envia hoje o som da voz em torno do mundo, em um segundo, por meio de uma forma de energia desconhecida dos homens, no tempo em que foi escrita a Bíblia.
Foi a fé que levou Cristóvão
Colombo a navegar em martes desconhecidos, à procura de uma terra que, tanto
quanto sabia, não existia senão na sua imaginação. Considerando-se a
fragilidade dos navios que empregou para tão difícil viagem, a sua fé deve ter
sido decerto dessa espécie que torna possível ao homem ver atingido o objetivo
dos seus esforços antes mesmo de tê-los iniciado.
Foi a fé que inspirou
Copérnico para a descoberta dessa parte do universo que olhos humanos nunca
haviam enxergado, e isso numa época em que tais revelações podiam significar a
destruição daqueles que as faziam, pelos seus conterrâneos, que acreditavam
apenas na existência das estrelas que podiam ser vistas a olho nu.
Foi a fé que revelou a Joseph
Smith as provas fragmentárias de uma civilização que precedeu à dos índios no
continente americano; essa descoberta ele a fez pelo menos 100 anos antes que
essas revelações, nas Américas do Norte e do Sul, tivessem sido realmente
trazidas à luz.
As revelações de Joseph Smith foram a causa de sua morte, às mãos de um bando, cujos chefes se sentiam ofendidos com essa revelação moderna de “milagres”, o que vem demonstrar a pertinácia com que a humanidade tem combatido a todos os que focalizam a luz da compreensão sobre o princípio da fé.
Foi a fé que tornou possível à
Regra de Ouro de Nash transformar um fracasso comercial num brilhante exemplo
de triunfo por meio do simples processo de lidar com os seus sócios e com o
público a quem servia, na base da Regra de Ouro preconizada por Cristo, há
quase dois mil anos.
Arthur Nash
voltou-se para o princípio da fé depois de ter visto fracassar todos os outros
princípios experimentados pelos negociantes modernos.
Continuando a seguir o mesmo
princípio até o fim da sua vida, fez uma grande fortuna, sem falar no grande e
proveitoso exemplo que legou ao mundo.
Foi a fé numa causa que tornou
Gandhi apto para fundir num só espírito uma massa composta de mais de duzentos milhões
de hindus. Toda esta massa obedecia cegamente a Gandhi, e era capaz de ir até o
suicídio, se ele ordenasse.
Porque possuía um espírito
capaz de sustentar a fé, ele exercia o seu poder passivamente.
Nenhuma outra influência, senão
a fé, podia ter realizado tal milagre. Gandhi provou que a fé pode realizar o
que não pode conseguir um exército bem treinado, dinheiro e materiais de
guerra.
Foi a fé que libertou o
espírito de Einstein, e lhe revelou os princípios matemáticos de que o mundo
nem sequer suspeitava. Nenhum espírito preso por limitações poderia ter feito
tal “milagre”.
Foi a fé que sustentou George
Washington e o levou á vitória conquanto lutasse contra forças físicas muito superiores
às suas; tinha uma espécie de fé que nascera do seu amor pela liberdade do
povo.
O princípio profundo conhecido
por fé está à disposição de todos no mundo.
Digitação: JP, 18-3-2025
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