Aparecido Raimundo de Souza
Se eu pudesse lhe dar um beijo...
Um só, ainda que roubado,
não pensaria duas vezes;
mesmo que depois você gritasse: “tarado”.
Sem saída
Às vezes penso em fugir de mim,
pra nunca mais ver a sua cara...
bem sei, seria o meu fim:
seu amor, seu amor... não desagarra.
Distração fatal
Olho para o meu passado
e o que nele vejo?
Uma mulher de rosto magoado;
eu fui embora sem lhe dar, sequer, um beijo.
Outrora
Cadê a alegria que eu via em seu rosto?
Sua felicidade não está mais aqui!
Hoje só me mata o desgosto
de quando pra bem longe parti!
A mais pura verdade
A solidão veio morar comigo,
a saudade também...
Você era o meu abrigo;
e o meu porto seguro, meu bem!
Fim da linha
Queria que não tivesse partido
e ficasse aqui ao meu lado...
Meu coração não se quedaria vencido;
Sem destino
Minha estrada é assim:
triste, longa e deserta...
Nunca alcançarei o seu fim;
tampouco a parada certa.
Naqueles idos...
Você era uma criança,
eu apenas um menino!
Mas havia uma esperança,
compartilhando o nosso destino.
Nada além
Queria morrer, sumir, virar pó.
Sem você, nada aqui tem valor!
Esse meu viver infinitamente só,
se alegraria apenas em sentir seu amor.
Veloz
Vi seu rosto sorrindo,
num lampejo fugaz...
De repente, ele foi sumindo;
como se o tempo voltasse pra trás.
Fatal
Maldito seja esse amor,
que trago em mim, “proibido...”
Meu coração, puro calor;
queimando em nós, sem sentido.
Fim da história
Era uma vez um tresloucado,
e, por você, apaixonado demais...
Acabei assim: completamente “pirado”;
acorrentado em meus próprios ais.
Onde ela está?!
Eu vou e volto... volto e vou:
acho que perdi o norte!...
Novamente aqui estou
à procura da bendita sorte!
Esse animal irracional: eu.
Procurei você em meu pensamento,
e confesso: não encontrei...
Acho que sou mesmo um jumento:
por gostar demais... me transformei.
Nada além
Eu buscava um caminho
pra encontrar o seu amor...
Acabei vazio e sozinho;
sufocado pelo desamor!
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Ribeirão das Neves, Minas Gerais, 13-5-2025
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