domingo, 11 de maio de 2025

[Aparecido rasga o verbo – Extra] Mamãe Ana Domingues, 7 anos sem você

Aparecido Raimundo de Souza 

HOJE, especialmente no “Dia das Mães”, meu coração se enche de saudade e amor ao lembrar de você. Sua presença, mesmo que não física, continua viva em cada memória, em cada gesto de carinho e em cada ensinamento que você me deixou. A falta que sinto não é ausência, mas sim um espaço preenchido pelas lembranças dos momentos que compartilhamos juntos. Você foi o meu porto seguro, num mar tenebroso, a minha inspiração mais solidificada, e a luz-guia que clareou meus passos. Ainda agora, sinto as suas risadas, me vejo cativo em seus abraços, e a sua voz cheia de mansidão são tesouros que guardo com carinho num lugarzinho que só eu sei onde fica dentro de mim.  

Neste dia especial, (e não só nele), em todos os demais enquanto eu viver, quero homenagear você. Venerar a sua presença em mim, não apenas pelo que você representou em vida, mas também pelo impacto eterno que deixou na minha alma. Aprendi, embora tardiamente, que a saudade é o reflexo de um amor que nunca se apaga. E por não se extinguir, a cada minuto se renova, se multiplica e se agiganta dentro de meu corpo. Hoje, no seu dia especial, a minha saudade dorida fala mais alto, e “meu todo por dentro” se agiganta, se enche de memórias suas. Uma das lembranças mais queridas que carrego é de você na varanda do apartamento, esperando pacientemente quando eu me despedia para ir embora. 

Você não arredava o pé até que eu pegasse o ônibus. Era como se, ao ficar ali, você quisesse garantir que eu estivesse seguro, que eu soubesse que você estava olhando por mim, mesmo à distância. Esse simples gesto dizia mais do que palavras poderiam expressar. Ele traduzia todo o seu amor, cuidado e a conexão única que compartilhávamos. Agora, quando passo por ali, em frente ao prédio onde você morava, seja a pé, de carro ou de ônibus, espio compridamente saudoso para o alto e busco a varanda. Meu Deus, você não está mais lá... mas perceba, mãe, ao passar, e só olhar, eu lhe vejo sorrindo, me dando acenos de adeus e me mandando beijos. 

É impossível não sentir a sua presença. Como disse e repito, é como se você ainda estivesse ali, me protegendo de longe. De alguma forma, acredite, eu me sinto guardado, amado e, sobretudo, vivificado. Hoje, Minha Princesa, envio o meu amor em sua direção. Mando junto, os olhos em lágrimas, diretamente para o alpendre vazio, desejando que ele chegue até você, onde quer que esteja. A saudade enorme que sinto é o reflexo de um amor eterno e inesquecível. A saudade ímpar da sua ausência aperta e o meu peito, ao tempo em que algo inexplicável me enche de memórias advindas dessa mulher incrível que você foi e continuará sendo. 

Sempre terei na lembrança do meu eu reconditado, a sua voz tranquila e amena, recheadas com palavras de conforto e carinho. Lembro igualmente das vezes, independente da hora que eu chegasse em sua casa. Cedo ou tarde, com chuva ou sol, sua preocupação estava sempre em primeiro lugar, e você corria para a cozinha e arranjava algo para matar a minha fome, como se aquele simples ato pudesse também alimentar a minha alma. E cá entre nós, alimentava sobejamente. Era dessa forma simplória e bucólica que você mostrava o seu amor em gestos que pareciam pequenos, todavia, que significavam o mundo inteiro para mim. 

Agora, a sua falta, o seu não estar aqui se quadruplicou. Tudo ao meu redor só faz com que essas lembranças divorciadas sejam ainda mais preciosas. Por assim, às vezes na minha saudade, fecho os olhos e consigo ouvir a sua voz acolhedora, também sentir o calor de sua presença e o alívio que só você sabia trazer aos meus queixumes. Mamãe Ana, nesse Dia das Mães, envio todo o meu amor e gratidão até onde você está, certo de que os nossos corações ainda estão sintonizados e conectados numa mesma batida dentro do peito. Sua lembrança imorredoura vive em mim, e o amor que você fez brotar em meu ser, nos une e acredite, nunca desaparecerá. Apesar de você não estar mais aqui, Feliz Dia das Mães, minha eterna inspiração e o melhor de tudo: a minha Princesa dos Olhos de Esperança. 

Título, Imagens, Vídeo e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Vila Velha, no Espírito Santo, 11-5-2025 

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