Vasco da Gama bateu o Melgar-PER, por 3x0, com os três gols sendo marcados no primeiro tempo e vai disputar os playoffs na Sul-Americana
Altair Alves
O Vasco deixou para jogar bem
na Copa Sul-Americana apenas na última rodada, em um confronto direto pela
segunda posição contra o Melgar, do Peru. Depois de uma campanha de cinco
partidas abaixo da expectativa, a equipe finalmente convenceu e teve a sua melhor
atuação na competição.
A vitória por 3 a 0 foi construída antes do intervalo e transformou um jogo que poderia ser tenso em uma noite tranquila — principalmente quando Rayan abriu o placar em São Januário aos dois minutos. O Vasco fez nesta terça-feira o que deveria ter feito contra o Melgar no Peru e contra o Puerto Cabello nos dois jogos na competição: atropelar os adversários mais fracos desde o início e sair vitorioso.
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Foto: Mauro Pimentel/AFP |
E neste cenário, Fernando
Diniz tem muitos créditos. O treinador já coloca suas digitais no trabalho que
tem duas semanas, e alguns pontos são destacáveis. Nos primeiros 45 minutos, o
Vasco construiu três gols muito trabalhados, com ultrapassagens, tabelas
curtas, inversões de jogada e com a área adversária bastante preenchida.
Diante de um time muito fraco
tecnicamente, a escalação com Jair, Tchê Tchê e Coutinho tornou-se possível.
Sem tanta exigência na marcação e com espaço para circular a bola, o meio de
campo se saiu bem e deu criatividade ao meio.
Gols cedo trazem
tranquilidade
Antes do relógio apontar dois
minutos de jogo, Rayan arrancou pela direita, tabelou com Coutinho na entrada
da área e mandou um canudo para abrir o placar. O Melgar logo depois assustou o
Vasco com um chutaço de fora da área de Orzán defendido por Léo Jardim. Outras
chegadas também levaram perigo, mas essas saíram mais de problemas da saída de
bola da equipe carioca do que por méritos do time peruano.
Quando Jair, Tchê Tchê e Coutinho entraram no jogo, o Vasco deslanchou na partida e começou a criar mais jogadas. O segundo gol começa na paciência do time em encontrar os espaços aos poucos e em povoar a área adversária. A jogada começa com Paulo Henrique na direita, que não encontra margem para avançar e volta em Jair. Do outro lado, Coutinho e Piton se associam, e a área tem Nuno, Vegetti, Rayan e Paulo Henrique para o rebote. Mais um gol com todas as credenciais de Diniz.
O terceiro gol sai de um
lançamento para Coutinho, que ajeita com categoria para Tchê Tchê. O meia
dribla, conduz, avança e dá um passe em profundidade para Vegetti, jogada que
normalmente não terminava em gols sob o comando de outros técnicos. Mas o atacante
argentino, já por influência de Diniz, fez o movimento corretamente que a
jogada pedia e finalizou bem com a perna esquerda para fazer o terceiro.
A partir deste momento, o
Vasco só cumpriu tabela na partida e esperou o segundo tempo acabar, com
exceção de jogadores que entraram querendo mostrar serviço na etapa final, como
Adson, Garré e Pumita. Os dois primeiros se movimentaram no ataque e geraram
oportunidades de gols na frente. O lateral uruguaio quase marcou o quarto gol
no fim.
Diniz já faz o Vasco
evoluir em pouco tempo
Natural que o restante da
equipe caia de rendimento pelos níveis baixos de concentração que a partida
exigia no segundo tempo, mas o time ainda mostra alguns sinais sem bola que
devem ser pontos de preocupação para Diniz. O espaço na intermediária para finalizações
de média distância aparenta ser o mais grave. Se o time ganhou mobilidade com o
meio “leve” que entrou em campo contra o Melgar, em partidas contra equipes do
Brasileirão precisará de mais força sem a bola.
O Vasco também cedeu
contra-ataques para o Melgar, que não os aproveitou por falta de qualidade
técnica, mas que foram gerados em desatenções e erros de encaixe do time de
Diniz. Mas há de se ressaltar que o treinador já tem méritos em várias etapas
do jogo vascaíno. O time consegue pressionar alto e constrói jogadas desde
trás.
Com Rayan e Paulo Henrique em
alto nível, o Vasco voltou a ser um time perigoso pelo meio dos dois lados —
fundamental para ser um time menos previsível e dependente de Piton, Coutinho e
Nuno Moreira. O português esteve abaixo do nível do time nesta terça-feira, mas
o lado direito compensou com grandes atuações por uma área que era inoperante
em outros tempos. O meio com Tchê Tchê e Coutinho também mostrou que tem
futebol pela área central do campo.
O Vasco, no fim das contas, avançou para a próxima fase da Sul-Americana. O time terá que disputar os playoffs, já que ficou na segunda posição. Para pensar no futuro na competição e sonhar com título, é preciso esquecer os vexames contra Puerto Cabello e Melgar fora de casa na fase de grupos e lembrar apenas da vitória desta terça-feira.
Mas (muito) mais urgente que
isso é evoluir o time até sábado para enfrentar o Bragantino, em São Januário,
pelo Brasileirão. Contra uma das melhores equipes do campeonato nesta
temporada, o time de Diniz terá um desafio grande na próxima rodada para fugir
do perigo de entrar no Z-4 antes da parada para a Copa do Mundo de Clubes e
colocar o Vasco em uma posição tranquila na tabela.
Fonte: Lance!
Título e Texto: Altair
Alves, Vasco Notícias, 28-5-2025
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