Ana Caroline Campagnolo
Se a biografia das feministas ou as suas teorias publicadas em livros consagrados não bastam para convencer do caráter anticristão do movimento, convém analisar mais de perto um exemplo institucional. O Femen é um grupo feminista criado por Anna Hutsol na Ucrânia, hoje sediado em Paris.
O movimento já estreou, em
2018, com uma série de topless protagonizada por Sasha Shevchenko, Oksana
Sachko e a própria Hutsol. Comumente se diz que o movimento é radical demais e
não representa as feministas.
No entanto, sabendo que o
feminismo foi representado e puxado por eugenistas comoo Margaret Sanger,
aliciadoras de menores como Simone de Beavoir e radicais como Shulamith
Firestone, mostrar os seios em praça pública se torna uma mesquinharia.
O Femen não é a organização
mais radical do feminismo, é apenas o grupo menos preocupado em disfarçar suas
intenções. É até razoável dizer, numa primeira impressão, que chega a ser inofensivo
e pueril, com estratégias escandalosas de provocação aos religiosos. Seja como
for, o Femen revela, sem máscaras – e sem roupa – toda a sanha anticristã do
feminismo.
Os lugares preferidos das
ativistas envolvem Roma, qualquer capela ou igreja onde se esteja realizando um
culto religioso. No Natal de 2017, por exemplo, uma ativista invadiu uma Missa
do Vaticano para pedir pelo direito ao aborto e condenar a “homofobia”.
Apenas algumas poucas horas antes da Missa de Natal no Vaticano, ativistas do Femen representaram uma Virgem Maria moderna e livre, que fala contra as instituições religiosas patriarcais e suas práricas seculares de agressão e opressão das mulheres […] Maria se posiciona contra a homofobia na Igreja Católica e pede ao Vaticano que mude sua posição hostil contra a comunidade LGBT. Além disso, ela pede ao governo francês que resista à pressão exercida pelas instituições religiosas e que cumpra sua promessa de legalizar o casamento gay.
Em setembro de 2013, nove
mulheres do Femen foram acusadas de danificar a catedral de Notre-Dame durante
uma manifestação. Elas tocaram os sinos com varas de madeira e exibiram
mensagens como “Adeus, Bento” e “Fora, homofóbico” rabiscadas em seus peitos
despidos enquanto gritavam “Chega de Papa”. Evidentemente, a manifestação não
funcionou e a Igreja Católica continuou a ter um Sumo Pontífice.
O protesto em Paris aconteceu logo
depois que o Papa Bento XVI anunciou sua rtenúncia ao papado e coincidiu com o
debate sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Assembleia Nacional
Francesa […] advogado de “procedimento do Femen, Patrick Kulgman, chamou as
acusações de “procedimento equivocado”.
As iniciativas do Femen têm
inspirado mulheres feministas de todo o mundo a adotarem performances
semelhantes. Em 2013, duas feministas lésbicas e seminuas se beijaram em frente
a fiéis que estavam nas escadarias da igreja Nossa Senhora da Glória, no Largo
do Machado, Zona Sul do Rio de Janeiro. Além de palavras de ordem contra a Igreja, elas repetiam: “Eu
beijo homem, eu beijo mulher, eu beijo quem eu quiser”. A encenação era parte
de um ato maior:
Mais de 500 pessoas, entre ativistas
de partidos, grupos LGBT, sindicalistas e trabalhadores estão reunidos no local
e rumaram para o Palácio da Guanabara, onde o Papa Francisco se encontrará com
o Governador Sérgio Cabral e a Presidente Dilma Roussef. No mesmo local, os
ativistas farão um beijaço gay.
Em 2015, vestidas de freiras
grávidas, ativistas de um coletivo feminista se manifestaram em La Paz contra a
visita do Papa Francisco à Bolívia. Segurando cartazes nos degraus da catedral onde o Papa recebeu autoridades
locais, as falsas freiras pretendiam repudiar a posição da Igreja Católica
contra o aborto e a homossexualidade. Num dos cartazes lia-se “A minha
homossexualidade não precisa de sua aprovação, mas é a homossexualidade dentro
da Igreja que precisa de reivindicação”.
Tão ou mais bizarra e,
certamente, mais criminosa, foi a atuação de um pequeno grupo de mulheres na
Argentina em 8 de março de 2017. Em frente à catedral católica da cidade de
Tucumán, uma mulher fantasiada de Virgem Maria encenava o aborto de Jesus com
fitas e tinta vermelha.
Em janeiro de 2018, um grupo de feministas protestou na catedral de Santiago do Chile, contra a visita do Papa Francisco. As mulheres vestiam apenas uma camiseta e, com as partes íntimas de fora, levantavam a bunda para quem passasse. O objetivo era responsabilizar a Igreja Católica pela condição da mulher no Ocidente. É razoável questionar quão opressora é essa condição que, afinal, permite a um grupo de mulheres que andem com a bunda de fora pelas calçadas e ruas da cidade.
![]() |
Foto:Luis Hidalgo/AFP |
Se por um lado, rejeitam a
tradição milenar do cristianismo, por outro, as feministas apegam-se cada vez
mais a religiões alternativas. Kristin Aune, colunista do The Guardian,
divulgou uma pesquisa realizada com 1.300 feministas britânicas e concluiu que:
A falta de interesse das feministas
na religião é acompanhada por uma atração um tanto maior por formas
alternativas ou holísticas de espiritualidade, da ioga, meditação Reiki
e Zen ao paganismo e à Wicca.
Essas formas de espiritualidade
estabelecem-se como iguais ao gênero, e é provavelmente por isso que as
feministas gostam delas […] os praticantes espirituais holísticos criaram
imagens femininas de divindade, desenvolveram rituais positivos em torno da
menstruação e do parto e deram às mulheres posições de autoridade espiritual.
Relacionados:
O ódio ao cristianismo e a reação contra o totalitarismo feminista
Linguagem e ideologia de gênero
[Livros & Leituras] Feminismo: perversão e subversão
Adolescente é preso por expressar suas opiniões sobre as políticas transgênero
O saldo da Segunda Onda
O saldo da Primeira Onda
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-