“Toma isto em consideração: atende à justiça e esquece a violência. É o
uso que Zeus impõe aos homens: os peixes e os animais selvagens e os pássaros
alados podem devorar-se uns aos outros, porque entre eles não existe o direito.
Mas, aos homens, concedeu ele a justiça, o mais alto dos bens”.
A admoestação acima foi feita no sec. VIII a.C. pelo poeta épico grego Hesíodo (em Erga - Os Trabalhos e os Dias) dirigindo-se ao seu irmão Perses para que não se valesse de meios escusos oferecendo presentes aos juízes para obter um quinhão maior na partilha dos bens da família entre os dois.
Já na antiguidade remota,
antes mesmo que qualquer código civil, ou código legislativo, tenha estado em
vigor na interpretação do direito, havia a preocupação para que a justiça fosse
independente de qualquer ingerência que lesasse o direito das pessoas. A
justiça pauta-se tão-somente pelo direito e não por tortuosidades que levam ao
aviltamento do ser humano como ‘animais selvagens devorando-se uns aos outros’.
O termo direito e justiça se
equivalem. (A palavra direito tem sua derivação do latim dirigere, dirigir, orientar; justiça vem de jus, ou jubere, mandar,
ordenar). Por direito entende-se, pois, as regras que dirigem ou orientam a
conduta das pessoas para que haja organização e paz social, em que as pessoas
se contentam com aquilo que lhes é devido; da mesma forma, por justiça
entende-se a ordenação de preceitos precisos que visam ao entendimento entre as
pessoas quando se trata de dar a cada um seu equivalente de esforço e trabalho.
Mas na nossa ‘evoluída
sociedade moderna’, sintetizando séculos de estudos filosóficos, antropológicos
e sociais, parece que em nada se avançou em matéria de direito. Avançou-se
muito, isto sim, em sofisticação verborrágica dos ‘doutores em direito’ para
confundir e não para esclarecer os fundamentos legítimos da justiça. Nossa
Justiça (refiro-me à brasileira) pauta-se na força e na forca. O mais forte é beneficiado.
O fraco que se dane, que vá dormir ao relento e vire-se como puder, de
preferência com a corda no pescoço e que morra o quanto antes para que não
incomode mais...
Infelizmente é isso, meus
amigos velhinhos e velhinhas aposentadas, que presenciamos em nosso lindo país
e rico por natureza, mas pobre em democracia onde os fortes dirigem e ordenam
regras para subjugar os fracos, tendo seus direitos menosprezados. A defasagem
anual dos proventos da aposentadoria é um exemplo de safadeza do poderoso leviatã
que é o governo, deixando milhares de aposentados passando necessidades na
idade avançada, após anos de trabalho árduo e tendo contribuído por muitos anos
para a Previdência estatal.
Por Zeus, quando se
reconhecerá este ‘o mais alto dos bens’ – a justiça? Por que governos não se orientam
pelas regras do direito para a paz social?
Ontem (22 de julho) estive na
reunião que a FENTAC/CUT/SNA convocou em Curitiba para os ex-trabalhadores e
aposentados da Varig/Transbrasil para tratar do caso Aerus e afins, e tive a
impressão que tudo irá água abaixo. Os integrantes dessa federação querem
reorganizar movimentos para pressionar o governo a conceder o benefício da
tutela, ou antecipação dos valores que o Aerus prioritariamente tem direito com
a causa ganha pela Varig na defasagem tarifária; enfim costurar um acordo entre
governo e aposentados do Aerus.

Se a senhora Graziela e FENTAC
quiserem reiniciar novo diálogo com o governo seria de bom-tom convidar o
senador Paim, e juntos ter uma audiência com a presidente e elucidar de uma vez
por todas o porquê da negativa de um acordo. Não imagino que seja recusado a um
senador da República, que é do mesmo partido da presidente, esta audiência.
Enquanto isso, meus amigos
velhinhos e velhinhas do Aerus, façamos o seguinte: nada de stress.
Entreguemo-nos à magia do sonho. Com isso não quero dizer que não nos
empenhemos para que obtenhamos uma solução para esta triste situação que nos
aflige, mas prevenidos pelos percalços que estarão pelo caminho. O sonho é a
força espiritual que nos ajudará nesta luta. Sonhar tem dois aspectos. O
aspecto da esperança e o aspecto do alívio. Ao sonhar estamos levitando na
etérea dimensão das possibilidades, aliviando as tensões da dura realidade.
Sonhar, sonhar, sonhar, meus
amigos, e um dia acordaremos com o ‘miraculum’ da bendita realidade do usufruto
de nosso Aerus.
Certeza de ser teso
O GOVERNO NÃO SE INCOMODA COM O CASO AERUS PORQUE NOS NÓS INCOMODAMOS O GOVERNO câmbio.
ResponderExcluircmte. GOES
De norte ao sul de leste a oeste fomos enganados durante 8 longos e miseráveis anos de nossas vidas.
ResponderExcluirNos e-mails enviados grifavam "Este assunto é sério", imaginem colegas, se não fosse.
Perdoem-me o desabafo...
Obrigado Habitzreuer pelo texto, notícias e alento realista.
Claudio
Graziella foi enganada ! De novo! Essa senhora não tem o minimo de vergonha na cara. Quem tem os videos gravados dessa senhora, vai ver sua arrogância e empáfia. Faz parte dessa corja de PTistas. Pior que acreditei ! Para definir tudo isso. Oportunismo. Era isso que era queria. Pegar uma carona.
ResponderExcluirRobson.
Filho de aposentada Varig.