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Ayrton Senna e Nelson Piquet. Fotos: AD. Colagem: JP |
José Eduardo Victor
Meus caros,
Faz 20 anos que Ayrton Senna
conquistou o tricampeonato de F1, no GP do Japão, em Suzuka, no dia 20 de
outubro de 1991. Meu Deus! Como o tempo é cruel, voa numa velocidade
imperceptível, que escapa inexoravelmente do nosso sentido e que, quando nos
damos conta, percorremos anos e anos de nossas vidas, ficamos mais velhos - e
mais experientes porque só o tempo ensina -, e na lucidez do momento vimos com
clareza meridiana os erros e acertos nesta que chamamos de convivência terrena
em um planeta maravilhoso como o nosso.
Ayrton Senna da Silva foi um
piloto completo. Decidido, arrojado e admirado no mundo todo, tirava o máximo
dos carros que pilotava e, mesmo com um carro inferior ao dos rivais, ganhava
corridas - e fazia as poles - de
forma espetacular fazendo das manhãs de domingo, um acontecimento feliz de
júbilo e regozijo para todos os brasileiros (ou pelo menos quase todos, porque
sabemos que sempre existem os alienígenas, caras pálidas, indiferentes ao que
passa ao redor).
Naquela temporada, depois de uma
disputa fantástica travada com Niguel Mansell durante o ano, com a ascendente
Williams - era o melhor carro da F1 a partir de 1991 e ficou imbatível em 1992
-, Senna viu o inglês abandonar o GP logo no início da prova assegurando ao
brasileiro a conquista com tranquilidade da prova e do tricampeonato, mas que
teve a grandeza de, na última volta permitir-se dar um presente para o
companheiro de equipe Gerhard Berger, abrindo-lhe o caminho para chegar em
primeiro e fazerem a festa juntos no pódio.
Foi naquele ano que aconteceu
a vitória épica de Senna no Brasil, a segunda do calendário, quando cruzou a
linha de chegada com apenas a sexta marcha de sua McLaren. O tricampeonato de
Senna representou, sob dois aspectos, emblemático, foi seu último título na F1
e o oitavo e último conquistado pelo Brasil na categoria. Ficamos e estamos num
jejum de 20 anos. Na última década é a Alemanha, com Schumacher e agora Vettel,
é que está fazendo a festa na F1, para regozijo dos alemães. Abraço a todos e
bom fim de semana.
José Eduardo Victor
Plínio Sgarbi
José Eduardo,
Uma observação, quando escreveu que Senna "mesmo com um carro
inferior ao dos rivais, ganhava corridas". Só por uma temporada
apenas, quando Senna estava na Toleman, aí sim, ele teve um carro inferior
e não ganhou corridas na Toleman. Nas
demais temporadas, na Lotus o carro era muito bom mas não era o melhor como a
McLaren, que Senna passou a pilotar logo a seguir. E quando a Williams superou
o domínio da McLaren, Senna disse
que pilotaria a Williams até mesmo de graça - Senna então foi contratado pela
Williams, mas Senna não contava com a evolução de um piloto alemão, chamado
Michael Schumacher, pilotando uma modesta "Benetton" que começou a
colocar pressão em cima de Senna nas corridas. Note que no acidente fatal de Senna,
em Monza, Schumacher vinha logo atrás.
Quando o Senna não ganhava nada todos torciam para o Piquet... aí o Senna
fez um bom contrato e virou o maior piloto, claro, com a promoção
"global" e com muita publicidade do Galvão Nojento Bueno, o cara que tinha parceria comercial
com Senna.
Diferente de Senna, Piquet sim, com um carro bem inferior, ganhou dois
campeonatos como piloto da Brabham.
Piquet começou na Fórmula 1 no GP da Alemanha de 78, com um Ensign.
Disputa as três corridas seguintes por uma minúscula equipe, a BS Fabrication,
com um McLaren M23, com o qual Emerson vencera o Mundial de 74. Nos GPs da
Áustria e Holanda ele correu apenas 18 voltas mas inspirou uma frase do chefe
da equipe: "Eu corto o meu pescoço se ele não se tornar um campeão".
Nesta altura, Bernie Ecclestone já tinha resolvido contratar Piquet para
a Brabham. Quer dizer, contratar é maneira de dizer: Ecclestone não pagaria
nenhum salário a Piquet, a não ser as despesas de viagem. Em troca, exploraria
os espaços do seu macacão, o que rendeu a Bernie cerca de US$ 300 mil. Como
Piquet sobrevivia na Europa? Acredite se quiser: dormindo nos caminhões da
equipe e negociando carros usados, que ele arrematava em leilões e depois dava
uma guaribada.
Nós tivemos 3 dos maiores pilotos da história da F1- Respeito as
opniôes/preferências, mas Eu era mais Nelson Piquet - sem marketing, sem o
apoio de mídia, sem nada... Piquet, um piloto fruto do conhecimento total do
carro, do automobilismo, da técnica, da audácia.
Veja no vídeo abaixo o Queridinho do Galvão "tomando"... o Piquet ainda mostrou o dedo, pois o Senna era retardatário e queria ferrar a corrida de Piquet.
Veja no vídeo abaixo o Queridinho do Galvão "tomando"... o Piquet ainda mostrou o dedo, pois o Senna era retardatário e queria ferrar a corrida de Piquet.
Jacarepaguá 1982 - Gilles
Villeneuve X Nelson Piquet - no vídeo abaixo, um dos maiores pega da Formula 1, Villeneuve,
considerado o mais arrojado e "louco" piloto de todos os tempos, não
aguentou a pressão de Piquet e acabou errando.
Piquet, que nunca tem medo ou
receio de falar o que pensa, veja no vídeo abaixo a resposta que Piquet deu a
um repórter meia boca, que baseia a sua pergunta no senso comum e que não
analisa a história.
Abraços,
Plínio Sgarbi
José Eduardo Victor,
ResponderExcluirPERFEITO. DISSE TUDO E MOSTROU TUDO.
Meu velho, é por essas e outras que eu sou Piquet Futebol Clube.
(corrigindo:)
ResponderExcluirGrande Plínio Sgarbi
PERFEITO. DISSE TUDO E MOSTROU TUDO.
Meu velho, é por essas e outras que eu sou Piquet Futebol Clube.