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Miguel Macedo, ministro da Saúde |
Salvar o SNS - o Estado só vai pagar medicamentos que curem
Luis Moreira
Partilhar o risco com quem vende o medicamento. Este sistema permite dar resposta aos elevados preços dos medicamentos que aparecem no mercado rotulados como inovadores. Medicamentos para a Hepatite C (apareceram agora uns quantos) e para o cancro. Deixa de haver aquela conversa do "racionamento", da autorização tardia e outros esquemas com vista a vender medicamentos que ainda não provaram.
Com este modelo, há uma clara
poupança para os cofres do Estado, pois antes das negociações estava previsto
que o Ministério da Saúde gastasse 30 milhões de euros nos tratamentos. Ou
seja, em vez de pagar 27 mil euros anuais por cada doente com hepatite C, o
Governo vai assim gastar 15 mil euros.
Claro que nos países mais
evoluídos há muito que existe esta prática. Com vinte anos de atraso e
respectivos custos, chegou enfim a Portugal uma política do medicamento com
inegáveis vantagens para o doente e para o bolso do contribuinte. É preciso
recordar que os "genéricos" impuseram-se há bem pouco tempo depois de
uma guerra com os clínicos. As centrais de compras nos hospitais poupam milhões
ao SNS e à indústria.
Só com uma atitude de mudança
e muita persistência é que é possível levar de vencida as corporações que se
alimentam do orçamento do Estado.
Texto: Luis
Moreira, Banda Larga, 30-01-2014, às 02:19
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