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Foto: Jorge Silva/Reuters |
1. Paradoxalmente,
o presidente Maduro, da Venezuela, transformou-se no principal promotor da
desmontagem do “mito” chavista e do “socialismo bolivariano do século XXI”, com
o descalabro político, econômico e social a que conduziu o seu país.
2. Maduro recém acaba
de completar o primeiro ano de governo, e o radicalismo político que aplicou
nesses primeiros 12 meses, seguindo a receita de assessores cubanos que
abarrotam a Venezuela, manteve esse país a beira de uma guerra civil durante
várias semanas.
3. Porém, não é
somente o presidente venezuelano o responsável pela agonia do “mito” chavista e
do “socialismo bolivariano” na América Latina. Existe um “eixo” de governos
que, de uma maneira ou de outra, seguiu a política externa venezuelana de
guerra fria, que esbofeteia obsessivamente os Estados Unidos enquanto se lança
nos braços dos neo-imperialismos da Rússia de Putin e da China comunista.
4. O presidente Rafael
Correa, do Equador, seguiu os passos ditatoriais de Chávez e Maduro, e colheu
como resultado a recente derrota nas eleições municipais, incluindo a
estratégica prefeitura de Quito, a capital. Correa tentou melhorar sua imagem
internacional viajando aos Estados Unidos, porém em todas as cidades que
visitou ouviu interpelações do público por suas políticas ditatoriais,
especialmente, contra os meios de comunicação e a iniciativa privada.
5. A presidente
Cristina Kirchner, da Argentina, também aplicou em seu país as “receitas”
chavistas-maduristas e a única coisa que conseguiu foi o triste “milagre” de
arruinar socialmente um país que outrora ocupou os primeiros lugares na América
Latina. A presidente argentina nem sequer está em condições políticas para
tentar uma re-eleição.
6. A presidente
Dilma Rousseff, do Brasil, incentivada por setores mais radicalizados do
Partido dos Trabalhadores (PT), levou adiante nos últimos anos uma política
intervencionista e socializante na economia desse gigantesco país, asfixiando a
iniciativa privada e arruinando empresas estatais que outrora foram um orgulho
nacional. A Srª Rousseff está obtendo como resultado o estancamento econômico
junto com o ressurgimento da inflação. O ano passado teve de enfrentar
gigantescas manifestações de descontentamento. E recentes pesquisas eleitorais
mostram os frutos obtidos pela presidente Rousseff com as receitas chavistas
impulsionadas pelos setores radicais do PT: a queda da popularidade e o risco
de lhe faltar votos para se re-eleger nas eleições presidenciais de novembro.
7. O custo humano,
social, político, econômico e cultural do “mito” chavista e das aventuras que
se inspiraram nesse mito, é gigantesco.
8. Paradoxalmente,
o “mito” chavista está se afundando, não tanto pela força de seus adversários
latino-americanos, senão pelo extremismo ideológico e político de seus próprios
defensores. É de se desejar que a desmontagem do “mito” chavista seja um
processo irreversível. Os países da região que têm incentivado a propriedade
privada e a livre iniciativa, especialmente, na área do Pacífico, mostram um
desenvolvimento econômico positivo, que contrasta com a deterioração econômica
dos países que estão aplicando receitas inspiradas no “socialismo bolivariano”.
O que está em jogo é, nada mais e nada menos, que o futuro da América Latina.
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(*) Apontamentos de Destaque
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González. Envie sua valiosa opinião, sugestão, pedido de remoção, etc. para destaque2016@gmail.com (por
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Tradução: Graça Salgueiro, 29-04-2014
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