Vilma Gryzinski
As pragas da insanidade correm soltas pelo
país, mas é difícil imaginar algo mais estarrecedor do que “manifestantes”,
ONGs e juristas pelo direito ao crack
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D.R. |
Quem anda de metrô, tem conta em banco
e assina serviços de internet costuma ser chamado de usuário. Sem saber, todas
estas pessoas estão na companhia dos infelizes e perigosos viciados em crack
que transformaram um pedaço de São Paulo numa sucursal do inferno.
Existem viciados em praticamente todos
os lugares do Brasil, mas só em São Paulo existe uma rede de proteção ao vício,
ao tráfico e ao crime. Por isso, a Cracolândia se transformou em território
livre de viciados, traficantes e criminosos.
Qualquer iniciativa tomada para acabar
com este escândalo a céu aberto é imediatamente contestada por especialistas
preocupados com tudo, menos com os cidadãos infernizados por esta aberração.
Consideram que os viciados são doentes
– como se estivessem indo ao trabalho ou à escola e tivessem sido picados por
algum dos pernilongos assassinos que pululam no nosso meio-ambiente. Mas não
doentes comuns, daqueles amontoados nos serviços públicos de saúdes.
Segundo estes especialistas, cada um
dos viciados, ou “usuários”, teria que ser acompanhado dia e noite por uma
equipe multidisciplinar. Psicólogos, psiquiatras, médicos especialistas em
todas as inúmeras enfermidades que adquirem através de seu estilo arriscado de
vida.
Terapeutas, talvez acupunturistas e
massagistas. Também arquitetos que desenhariam as moradias bem planejadas onde
ficariam abrigados, com banheiras de hidromassagem para relaxar as tensões.
DROGAS RECREATIVAS
Pelo menos, advogados, juristas e
promotores eles já têm. Encostou na Cracolândia e o mundo vem abaixo com um
vigor não encontrado em todas as outras inúmeras áreas onde falta praticamente
de tudo à população, em especial aos mais pobres.
A última novidade foi uma manifestação
a favor da Cracolândia. Repetindo: a favor da Cracolândia. Não era muito grande,
mas teve repercussão e cobertura enormes. Só saiu um pouco do noticiário porque um outro pessoal da mesma estirpe estava tocando fogo em ministérios em Brasília.
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Foto: Ale Vianna/Folhapress |
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Mundo dos zumbis: rede de
proteção que prega permissividade total criou um território livre da lei. Foto:
Paulo Whitaker/Reuters
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Marchas pela legalização da maconha
são comuns – e redundantes, consideram-se que na prática seu uso é livre. Em
geral, jovens de classe média usam drogas recreativas que só causam impacto
forte na saúde mental em quem tem predisposição a determinados distúrbios ou
for um idiota total.
Marcha pela Cracolândia é uma
aberração tão distorcida que até os jornais estrangeiros loucos por um
“progressismo” ficaram um pouco fora dessa. A BBC registrou a intervenção e os
“críticos” que dizem que ela “vai meramente empurrar o problema para outras
partes da cidade”.
VERTIGEM NACIONAL
O que foi feito na Cracolândia em São
Paulo pode ser discutido e contestado até o fim dos tempos. Mas é impossível
não ver a motivação política por trás das reações desequilibradas que provocou.
O titular da prefeitura,
evidentemente, tem seus interesses e entende muito bem o repúdio universal ao
espetáculo grotesco da Cracolândia. No universo das pessoas comuns,
evidentemente.
Os que condenam a ação têm pavor da popularidade
gerada por iniciativas como a que tomou. Inclusive entre os que são,
nominalmente, correligionários. Na vertigem nacional em que o país está
mergulhado, qualquer índice de popularidade pode acabar no Planalto.
O crack destrói cidadãos
principalmente das camadas mais pobres. Quem já viu uma pessoa normal se
transformar em zumbi, de olhos e alma capturados pelo vício, sabe o que
acontece. Família, trabalho, moradia, amigos, dentes, roupas e, por fim,
sapatos, tudo é tragado.
“Usuários” passam a exalar um cheiro
terrível. Traficam, roubam, assaltam, se prostituem, engravidam e dão à luz
crianças devastadas pelo vício. O olhar humilde de quem pede um
dinheirinho para o “ônibus” se transforma em ameaçador, movido fissura
incontrolável pela pedra maldita.
De que outra forma quem não trabalha
pode sustentar um vício avassalador? Muitos alternam períodos de remissão,
quando se afastam do vício e conseguem trabalhar. Devem receber todo o apoio.
Daí vem a recidiva. De ciclo em ciclo, chegam ao fundo, quando perdem o
principal: o poder de tomar decisões.
MUDANÇA DE TURNO
Proteger os mais desprotegidos é uma
obrigação das sociedades civilizadas. Ter compaixão e oferecer ajuda aos
viciados é um dever moral. Que não pode ser confundido com um laissez-faire
ideologizado, com permissividade incondicional e paralisante.
Mas quem está preocupado com
moradores, transeuntes, donos de pequenos comércios, todos infernizados pelo
território livre de viciados e traficantes? Com os trabalhadores humildes
assaltados por um celular que vai virar pedra?
Quem já olhou pelas janelas dos
prédios onde as castas superiores trabalham e viu faxineiras saírem em grupo,
na hora da mudança de turno, agarrando as bolsas, tentando se proteger
mutuamente dos “nóias”?
Muitas dessas mulheres demonstram
bondade com os viciados que, em seus bairros, “não fazem mal a ninguém”, exceto
pelo tráfico entre si. Têm medo muito maior de que seus filhos sejam “levados”
para o mundo dos zumbis.
POLTRONA MOLE
Do alto de seu saber jurídico, os
membros das castas não levantam sequer um dedinho humanitário para fazer algo
contra o fluxo constante e inalterado de cocaína transformada em crack diante
de seus próprios olhos. Quando se dão ao trabalho de olhar, claro.
Em suas ONGs moderninhas, advogados
brilhantes e ascendentes são pagos para defender com argumentos bem escritos,
que aprenderam nas melhores faculdades, a legalização das drogas.
Convivem com seus benfeitores ricos,
aprendem a tomar vinhos cada vez melhores, andam de bicicletas cheias de
maiúsculas. Quando realizam o sonho de comprar uma poltrona Mole, objeto de
desejo a um nível quase tão absoluto quanto as pedras de crack para os
viciados, foram totalmente cooptados. Moralmente, estão mais moles do que a
poltrona.
E, ainda por cima, todos se acham
paladinos da justiça.
Título e Texto: Vilma Gryzinski, VEJA,
25-5-2017
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Que nível de psicopatia é necessário para apoiar a manutenção da Cracolândia? Pergunte à extrema-esquerda
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MINHA RESPOSTA
ResponderExcluirAPLIQUE-SE A TEORIA DO GÊNERO. QUER SER HOMOSSEXUAL É SEU DIREITO QUER SE DROGAR É SEU DIREITO. Não me venham com apologias. Uma pessoa tem raça e cor não porque quer, isso não é opção. O resto é quase 100% opção. Ser careca não é opção, ser gordo é opção. Fumar e beber são opções. Só que beber foi considerado doença pela OMS. Acho me posicionando contra o politicamente correto, que todo drogado deveria ser lançado num abrigo em forma de presídio e que o estado sustentasse o vício, sairia muito mais barato. A vida até pode ser um amaranhado de opções, os nós que cada um desate os seus.
Viramos um hospicio gigante.
ResponderExcluirCirce
Rochinha, não é sempre, mas, mais uma vez concordo com Vc.
ResponderExcluirTodos, digo todos, temos livre arbítrio, somente uma pessoa senil, que deve ser interditada, não tem a "opção"; em tudo na vida fazemos opções. "To be, or not to be, that is the question"!
Se eu optar por A ou por B, as consequências e as responsabilidades são minhas. Se errei, posso até pedir ajuda, mas a ajuda não é imposta, é sim voluntária.
Abs,
Heitor Volkart
Eu quase não exponho minhas opiniões.
ResponderExcluirPor exemplo:
O cara nasce macho com um enorme PINGOLIM, opta por ser mulher, e o governo me obriga a pagar a PEPECA DELES.
Isso é insensato.
PORRA!
O cara se droga, e eu tenho que pagar a ressocialização do imbecil.
Nós já pagamos as socializações de menores bandidos, criminosos, assaltantes, estupradores, assassinos, bebuns....
E a nossa socialização na justiça há mais de 20 anos.
Por isso eu defendo DIREITOS OBJETIVOS E DIREITOS SUBJETIVOS, fundamental primeiro se sobrar direitos humanos.
Primeiro educação, saúde, segurança pública, previdência e depois os viciados e as pepecas.
fui se não apanho...
Rochinha,
ResponderExcluirTodas essas causas fraturantes são defendidas pela Esquerda, eu disse, Esquerda, porque servem à marcha dessa gente que objetiva destruir a civilização ocidental, judaico-cristã (leia-se também, capitalista e democrática) e a FAMÍLIA!
São tão covardes (para não escrever outro vocábulo) que você nunca os verá enfrentar qualquer ditador, mesmo de meia-tigela. Por exemplo; em Cuba, na Venezuela, na China, na Turquia, no Irã...
Ih, me perdi... li em algum lugar (não posso confirmar a veracidade) que nos EUA, mais precisamente em Nova Iorque, acabaram com cracolândias confrontando os viciados (e agitadores) com as opções:
Excluir- Internamento compulsivo ou
- Cinco anos de cadeia.
FIZ UM LEVANTAMENTO
ExcluirVocê tem razão.
Em 1986 a lei da disparidade prendia com 5 anos usuários de crack que se negavam ao tratamento, como se tivessem em mãos o limite de 110 gramas de cocaína.
Obama e os democratas em 2009 eliminaram a disparidade.
Passando a proporção para 18:1 e não mais 100:1.
A nova lei aumentou as sentenças para os condenados por cometer atos violentos no curso de uma infração de tráfico de drogas e incorporou fatores agravantes e atenuantes nos delitos de tráfico de drogas.
fui...
O jornal 'Folha de S. Paulo', na sua campanha anti Doria (não sei por que razões), dentre várias manchetes pró viciados e contra o prefeito:
ResponderExcluir"Acolhidos passam mal após comerem em centro da prefeitura na cracolândia http://bit.ly/2rqtKfC "
Fácil, drogados se alimentam mal, quando comem proteínas passam pior.
ResponderExcluirA GALERA DA CRACOLÂNDIA, deveria ser colocada num transatlântico, com todas as mordomias, segurança, boa comida, etc. etc. Em alto mar, dariam a eles a unica opção. Pular no mar bravio. Quem conseguisse chegar em terra firme, teria uma nova chance de vida melhor. No mesmo caminho, nossos políticos do Epicentro. Pensem nos nossos parlamentares da câmara, do senado, dos ministérios, dos palácios, do STJ e outras pocilgas existentes em Brasília, todos acomodados em luxuosas cabines, boa comida, muita bebida, mulheres, malas para acondicionamentos de dinheiro, joias... Em alto mar, a obrigatoriedade de fazer cada um deles pular nas águas geladas do simpático atlântico. Quem chegasse em terra firme... repetindo, teria uma nova oportunidade de continuar na Capital Federal. Seria a unica maneira de acabarmos com a cracolândia e, de roldão, com os ratos de esgoto que assolam a capital do país. Acho que haveria uma melhora considerável. Além do que mataríamos porcos e cabritos com uma cacetada só. Fui.
ResponderExcluirAparecido, papo furado! A expressão fui, já conheço!
ResponderExcluirHeitor Volkart