Kelly Oliveira
Em audiência pública hoje (27)
na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente do Banco
Central (BC), Roberto Campos Neto [foto], disse que a atividade econômica pode ter
crescido ligeiramente no segundo trimestre deste ano.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Campos lembrou que os
resultados do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, do segundo trimestre, serão divulgados nesta quinta-feira
(29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Em relação à atividade
econômica, dados recentes sugerem a possibilidade de retomada do processo de
recuperação da economia brasileira, que tinha sido interrompido nos últimos
trimestres. Nosso cenário supõe que essa retomada ocorrerá em ritmo gradual”,
disse.
Campos Neto defendeu a
continuidade de reformas na economia brasileira. “Em um contexto de pouco
espaço fiscal para investimentos públicos, reiteramos a importância da
continuidade do processo de reformas e ajustes que gerem sustentabilidade da
trajetória fiscal futura. Ao reduzirem incertezas fundamentais sobre a economia
brasileira, as reformas tendem a estimular o investimento privado”, destacou.
Ele acrescentou que “uma
retomada mais robusta da economia depende também da agenda microeconômica, que
inclui iniciativas que visam ao aumento de produtividade, ganhos de eficiência,
maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios”.
Inflação
e taxa de juros
Segundo Campos Neto, a
consolidação da inflação em torno da meta definida pelo Conselho Monetário
Nacional e a ancoragem das expectativas de inflação têm permitido a redução
consistente da taxa de juros. Ele lembrou que a taxa básica de juros, a Selic,
que estava em 14,25% ao ano em outubro de 2016, está atualmente em 6% ao ano.
Campos Neto disse ainda que o
nível de ociosidade elevado da produção no país pode continuar reduzindo as
expectativas de inflação. “Por outro lado, uma eventual frustração das
expectativas sobre a continuidade das reformas pode afetar prêmios de risco e
elevar a trajetória da inflação.”
“A consolidação do cenário
benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de
estímulo monetário [redução da taxa Selic]. É fundamental enfatizar que a
comunicação não restringe a próxima decisão do Copom [Comitê de Política
Monetária] e que os próximos passos da política monetária continuarão
dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das
projeções e expectativas de inflação”, destacou.
Título e Texto: Kelly
Oliveira; Edição: Maria Claudia – Agência Brasil, 27-8-2019
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