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Na madrugada de hoje, às
4h10min, o aborto foi legalizado na Argentina por uma votação no Senado (por 38
votos a favor, 29 contra e 1 abstenção). As feministas gritam, choram,
comemoram: agora, as mães argentinas poderão matar os filhos dentro do próprio
útero com respaldo da lei, e as portas para o avanço deste genocídio silencioso
se abrem na América Latina. A morte avança como um cão furioso sobre os nossos
países, mas, enquanto isso, uma pergunta não quer calar:
O que faz Jorge Mario Bergoglio?…
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Vaticano, janeiro de 2020 |
Quando era já iminente a
legalização do aborto em sua pátria de origem, Bergoglio limitou-se a três intervenções discretas: a primeira, uma carta escrita a um grupo de
mulheres pró-vida; a segunda, uma carta a ex-alunos seus; e a terceira, uma
carta a um sacerdote chamado Padre Pepe, em que sublinha que a reprovação ao
aborto não é um tema religioso, mas científico. C’est tout!
Por que, quando o tema é o
aborto, ele age de modo tão comedido, temperante, discreto, mas quando o
assunto são os imigrantes e a ecologia, escreve encíclicas, convoca sínodos, dá
entrevistas, faz telefonemas, lança todo tipo de impropério contra seus
opositores e mobiliza todo o seu lobby papal? Será uma mera
desatenção?
Já em 2013, em sua polêmica entrevista ao Padre Spadaro, Bergoglio disse que “não podemos insistir
somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos
métodos contraceptivos. Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e
censuraram-me por isso. (…) Os ensinamentos, tanto dogmáticos como morais, não
são todos equivalentes. Uma pastoral missionária não está obcecada pela
transmissão desarticulada de uma multiplicidade de doutrinas a impor
insistentemente”.
Na verdade, ele pensa exatamente como os progressistas que infestam o clero da Igreja Católica: não fazem uma apologia descarada à legalização do aborto — a não ser em casos excepcionais, como o de grupos de freiras ou padres ultra-feministas —, mas anestesiam a opinião pública; são não apenas voluntariamente tímidos no combate ao aborto, mas são sobretudo proselitistas da timidez, inventando argumentos para neutralizar a militância pró-vida, tirando importância do assunto e o silenciando através da gritaria em torno de toda a agenda esquerdista.
O político vestido de branco
que agora se senta sobre a Cátedra de Pedro é ostensivamente de esquerda: nunca
hesitou em manifestar sua oposição ao presidente anterior da Argentina (Macri
era um liberal também absurdo, diga-se de passagem) e chegou a dar um beijo na progressista Cristina Kirshner (!) – sim, o mesmo papa que não aceitou que os fiéis lhe beijassem a mão; Francisco nunca escondeu sua simpatia por políticos de
esquerda, chegou a receber o condenado Lula e lhe dizer que está “muito contente de vê-lo caminhando pela rua”, recebeu um crucifixo blasfemo das mãos de Evo Morales, em que Nosso Senhor está crucificado na
foice e no martelo, símbolos do Partido Comunista, além de muitos outros
gestos, como, por exemplo, elogiar
Emma Bonino, uma defensora ferrenha do aborto, como uma entre “os grandes da
Itália”.
Aliás, a propósito da visita
de Lula a Francisco, não podemos esquecer que esta
aconteceu por intermédio do presidente da Argentina, Alberto Fernández, o
que prova a sua amizade com o pontífice argentino e, portanto, a omissão deste
em usar de sua influência para barrar a legalização do aborto. Fernández, no dia mesmo de sua eleição, durante a apuração, “publicou uma foto em seu
Twitter mostrando a letra ‘L’ com as mãos, símbolo do movimento Lula Livre…
‘Também hoje faz aniversário meu amigo Lula, um homem extraordinário que está
preso injustamente há um ano e meio’”, escreveu.
Assim como todo o clero esquerdista,
quando o tema é “aborto”, Francisco reduz o protesto ao volume de um sussurro,
para não correr o risco de favorecer o lado oposto. É exatamente assim que
sempre agiu o clero petista no Brasil: quando os católicos falavam do seu
abortismo, eles fingiam – e ainda fingem – que é uma pena, mas que não há nada
de mal, que precisamos ser democráticos e aceitar o contraditório, mesmo que
com tristeza, mas que temos que nos concentrar sobre temas muito mais
importantes e nos quais temos grandíssima convergência, como, por exemplo, a
salvação das árvores e das tartarugas.
A defesa da vida, da família
natural, da liberdade de culto dos católicos, do respeito aos nossos sinais de
fé, tudo isso é recalculado em função do benefício à esquerda internacional, financiada
pelos super-capitalistas (pois essas duas desgraças, socialismo e capitalismo,
ambos condenados pela Igreja, nunca foram contraditórios)… Como Bergoglio
poderia manifestar uma opinião contundente contra o aborto e mudar o rumo das
coisas na Argentina se o que ele quer é ficar trocando gentilezas ao lado dos
próprios financiadores internacionais do aborto, membros do Conselho de Capitalismo Inclusivo, do qual Bergoglio quis fazer parte?
Não adianta fecharmos os olhos
para a realidade. Temos um papa escravo da esquerda internacional e que se
recrutou no mais descarado globalismo. A traição à Igreja já foi consumada e,
agora, o que vemos são os resultados deste iscariotismo!
Uma coisa é certa: o
protagonismo dos brasileiros no combate ao aborto, à ideologia de gênero e a
todos os inimigos da fé católica é imenso e, agora, o nosso dever de resistir
nos é imposto de maneira muito mais intensa! Mais do que nunca, agora é a hora
da resistência. Ajude-nos Deus! Ajude-nos Maria Santíssima!
Título, Imagem e Texto: FratresInUnum.com,
29-12-2020
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