Ministro foi entrevistado do programa Sem
Censura
Agência Brasil
O trabalho de inteligência feito
pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teve uma transformação violenta
após o advento das redes sociais. Antes, o trabalho de inteligência, que
levava, às vezes, uma semana, duas semanas, tem que ser feito, agora, com uma
urgência mais imediata, explicou o ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), Augusto Heleno [foto], durante o programa Sem Censura, exibido
nesta segunda-feira (19) na TV Brasil. Heleno também tratou de temas como
mudança no comando das Forças Armadas, vacinação contra covid-19, a CPI da
Covid-19 instalada no Senado, Amazônia e até sobre a vida e a vocação para a
vida militar.
Sobre a mudança na Abin, ele
disse que, agora, tudo é urgente. “Isso é uma mudança de mentalidade, que tem
que ser implantada no sistema brasileiro de inteligência, cuja cabeça é a Abin.
A Abin, tem lutado ardentemente para se adaptar a esse novo consenso da
inteligência. Muito mais rápido. Antigamente nós tínhamos um conceito de
transformar o informe em informação, a gente recebia o que a gente chamava de
informe e trabalhava ardentemente para confirmar o informe e chegar à conclusão
de que não, não é informe, é informação. E não é assim que funciona hoje. Hoje
o informe chega e tem que usar, não interessa se é informação. Use e toque para
frente para poder ter validade”, explicou o ministro.
Heleno ainda esclareceu que o trabalho da Abin não é divulgado, uma consequência natural de serviços de inteligência. Ele citou como exemplo que ninguém sabe o trabalho realizado por agências como o Federal Bureau of Intelligence (dos EUA), o Serviço de Inteligência de Israel, e o Serviço de Inteligência Russo. “Esses trabalhos não são colocados para discussão do público.”
A Abin é apenas uma das
atribuições do GSI. Heleno explicou durante o programa que o ministério é
responsável pelo programa de proteção às fronteiras, pela política de
proteção cibernética e pelo programa nuclear brasileiro. “E temos uma missão de
cuidar do presidente da República, do vice-presidente e de seus familiares. Por
trás dessa segurança, aí entra principalmente o papel da Abin”, disse.
Comandantes das Forças Armadas
General do Exército, Heleno
foi perguntado pelos jornalistas que participaram do programa sobre a mudança
realizada no comando do Exército, da Marinha e das Forças Armadas pelo presidente
Bolsonaro.
“Considero página virada,
porque é uma atribuição do presidente da República. Ele não precisa justificar
o ato dele. É uma mudança que é comum, não houve nenhuma mudança no
posicionamento de qualquer dos comandantes”, disse.
Vacinação e pandemia
Um tema sobre o qual Heleno
respondeu a mais de uma pergunta foi sobre vacinação. O general já tomou as
duas doses da vacina contra a covid-19 e disse que quanto mais pessoas se
vacinarem, maior vai ser a proteção.
Mais especificamente sobre a
vacina contra a covid-19, Heleno disse que considera como injusta e inadequada
a forma como parte da imprensa tem tratado o governo e o trabalho realizado
para conseguir imunizantes.
“O Brasil hoje é o quinto país
do mundo em número de vacinados, atrás apenas daqueles que são fabricantes de
vacina. Vacina não vende na padaria, não vende no supermercado, não está à
disposição, não está aí para você comprar onde quiser, escolher onde vai
comprar. A vacina é difícil de ser comprada. E nós temos promessa de vacina de
em torno de 500 milhões de doses. Então estamos em uma situação privilegiada em
termos da situação de disponibilidade da vacina no mundo”, disse Heleno.
“Demoramos a comprar como
alguns nos acusam, só que as condições de compras dessas vacinas às vezes não
são interessantes, porque as condições de compra do contrato tornam a compra
arriscada para o país que resolve bancar. Temos ainda que aguardar o
posicionamento da Anvisa em relação às vacinas. Então eu acho que há uma séria
injustiça. Nós ainda não somos fabricantes de vacinas, provavelmente em curto
prazo, seremos”.
Veja o programa:
Título e Texto: Agência
Brasil; Edição: Fábio Massalli – Agência Brasil, 19-4-2021, 23h48
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