No trabalho, por exemplo, tem sido
engraçado. Hoje em dia já me deixei disso, mas durante anos fartei-me de ouvir
clientes: "O Lúcio disse-me que podia fazer x ou y", e eu calado que
nem um rato.
Outra situação engraçada. Quando dizia
às raparigas que, dada a composição do meu nome, "valia por quatro
homens". Obviamente que tirei proveito... Hoje em dia, aposto, seria
tomado por masculinidade tóxica. A menos que um tipo vá engatar para o
Turquemenistão.
Claro que não têm sido só benefícios.
Na hora de preencher papelada, roo-me de inveja dos meus amigos estrangeiros.
Primeiro e último nome, ponto. Enquanto eu tenho que me espumar para que caiba
todo, ou tente escrever metade, correndo o risco de ter que preencher tudo de
novo...
Nome de Guerra: Nunca tive, mas VV serve. Nome de Guerra é o nome de um belíssimo romance do Almada Negreiros. A propósito, ainda alguém lê o Almada? Aposto que pouca gente sabe que se deu bem com o Salazar. Deu-se bem, quer dizer, foi conivente.
Onde e quando nasceu?
Nasci no Barreiro. Costumo
dizer que nasci no Barreiro, mas não sou do Barreiro; a mesma máxima aplica-se
a Portugal.
Quanto ao Barreiro, refiro-me aquela
conotação política, obviamente pejorativa. A propósito, recordo-me de durante a
minha adolescência sermos discriminados por sermos do Barreiro. Eram escolas
que não aceitavam receber-nos em visitas de estudo, eram empresas que não nos
contratavam com a treta de que podíamos perder o barco. Para quando um
movimento pela malta do Barreiro, pelo empoderamento dos Barreirenses? #JesuisdoBarreiro
ou algo assim. Deviam-se criar quotas
para o pessoal do Barreiro. Infelizmente, não há bichas (filas) no Barreiro -
ou não haverá bichas enquanto houver comunistas clássicos, daqueles
conservadores.
Quando nasci? Na véspera de Carnaval de 1983. Em pleno baile de máscaras; dos antigos, tradicionais, nada a ver com as atuais fantochadas.
Onde estudou?
Para chegar ao 12º, passei por uma mão
cheia (5) de escolas, uma data delas, não? A minha irmã só precisou de três.
Universidades, andei em duas, em Lisboa, sempre com o fito de terminar a
licenciatura em Filosofia.
A minha irmã também andou em duas. A
diferença é que ela terminou as duas licenciaturas, eu não terminei nenhuma.
Não me arrependo.
Aliás, o meu único verdadeiro arrependimento ao dia de hoje, é não ter começado a trabalhar em paralelo com os estudos.
Onde passou a infância e juventude?Quase sempre no Barreiro, a sonhar
mudar-me para o outro lado do Tejo, para a capital. Fui sempre atraído pelas
luzes da cidade, pela ribalta. Passou-me. Ou melhor, passei eu por isso. É uma
- entre mil - das razões por que adoro viver na Irlanda. Não tresanda a
sobranceria urbana, nem a legiões ideológicas.
Qual (ou quais) acontecimento marcou a
sua infância e juventude?
Dois acontecimentos que ocorreram
praticamente em simultâneo, sei lá, no mesmo fim de semana. O primeiro –
recordo a ordem, como se tivesse sido ontem – foi o suicídio de um colega da
escola, também chamado Vitor, horas depois de lhe ter dito que devia aprender
comigo a lidar com o mulherio.
O segundo: pedir namoro a uma colega
da escola – da turma do tal Vitor – e receber nega. Na altura, há uns vinte e
tal anos atrás, ainda se pedia namoro; hoje em dia, os pseudo-progressistas
querem que se peça consentimento. Por aqui se vê como nos tornamos retrógrados
e retardados.
De qualquer maneira, não a tentei
beijar, não cheguei a levar barra (ainda se usa a expressão barra?) Enfim,
estou safo. Não creio que conta como assédio, fui demasiado manso. Por via das
dúvidas, ganho razoavelmente bem, mas não sou rico, nem propriamente
bem-sucedido enquanto escritor; nada há na minha vida a deitar por terra.
Lá atrás (ou aqui em cima) você
afirmou, a propósito de Almada Negreiros: “Aposto que pouca gente sabe que
se deu bem com o Salazar. Deu-se bem, quer dizer, foi conivente.” ‘Deu-se
bem’ com o quê? Foi ‘conivente’ com qual crime?
Não tendo sido a peste ou o monstro
que os livros de História (que se deveriam chamar livros de histórias) pregam
na escola, o Salazar não foi propriamente um santo, nem nada que se pareça. Por
conivente referia-me a dar-se bem com a censura, a ajustar-se às regras do
regime. Os vitrais do Almada, magníficos, são um exemplo de como o artista pode
amadurecer (e não se manter caprichoso como uma criança a vida inteira).
Telemarketing. Durante quatro
consecutivas horas, através de uma consola conectada a outra consola,
ligava para números aleatórios em Portugal (digo Portugal por se tratar do
chamado Portugal profundo, velhotas da Covilhã e de Vila Real), para promover
tarifários de telefone e serviços de ADSL.
Eu que nunca percebi um boi dessas
redes... Ironia do destino, volvidos quase duas décadas, trabalhei anos a fio
em Procurement na categoria de informática; mudei recentemente (e
felizmente) para refrigerantes.
Procurement?? 😮
Compras.
E depois do telemarketing qual foi o
passo seguinte?
Depois do telemarketing, fiz mais
telemarketing; sempre a vender aparelhos e maquinetas ou serviços relacionados.
O primeiro trabalho que tive fora do telefone foi – outra ironia para um
analfabeto informático – como administrativo de um revendedor de... telemóveis.
A rotina consistia em responder a cartas do mercado Britânico. Foi o meu
primeiro contacto a sério com o ambiente empresarial. Na época, fascinava-me a
ideia de partilhar com Fernando Pessoa o expediente num escritório inglês.
Atualmente trabalha em que área?
Como disse lá atrás (ou aqui em cima),
continuo em Compras, com a diferença de que trabalho numa empresa de
refrigerantes. Devo ter uns seis, a caminho de sete anos disto (Compras).
Sobre o Barreiro, até onde sei, e é
muito pouco, atualmente é presidido por socialista, que andou, se doutorou, se
‘mestrou’ pelo ISCTE…
O Barreiro, desde 1974, esteve
praticamente sempre nas mãos dos comunistas. Os comunistas, como se sabe
(embora os tais livros de história(s) não o atestem, apenas governam enquanto
partido único.
Deixe-me contar uma boa do Barreiro,
que não consta dos tais livros e que ilustra o peso do PCP no Barreiro. Quando
se marca um encontro com alguém na cidade, das duas uma, ou na estátua ou no
partido. Estátua só há uma, a do Alfredo da Silva e partidos existem vários, no
entanto, toda a gente sabe que é em frente à sede do partido comunista, os outros
são como inexistentes. Os Socialistas estiveram no poder duas vezes. Primeiro
com um presidente ultra pedante, que criou um jornal local, gratuito, em que o
homem aparecia página sim, página não.
E agora estão de novo no poder, o
presidente é um gordo vaidoso. Não sei se aparece no jornal local, se o dito
ainda existe. Em todo o caso, não creio que caiba a cada duas páginas, sairia
cara a impressão.
Embora fundos – o governo português,
como deve saber, é socialista – não lhes faltam e – como também deve saber – os
socialistas são mestres, tipo seita, ao nível da maçonaria, em manter a massa
na irmandade.
Também são
mestres e doutores em ganhar eleições, certo?
Em Portugal ganham-nas sempre, mesmo
quando as perdem. O atual governo chegou ao poder após perder eleições, fazendo
coligações a posteriori com partidos com quem trocaram acusações sérias (sérias
no sentido político, ou seja, palavras vãs) durante a campanha.
Não sei se o PS se apresenta com uma
canção oficial nos comícios, mas "It's a kind of magic" dos Queen
combina. "We are the champions", nem por isso.
O que
pensa do sistema eleitoral português (o eleitor vota no partido, não no
candidato)?
Não se devia votar nem num partido, nem num candidato, mas em
ideias. Ou talvez não se possa votar em ideias por elas não existirem. A
existirem, não fariam diferença; o povo vota de acordo com a cor da camisola. A
política é um Fla-Flu. (Um parêntese: sou do Flu por conta dos livros do Nelson
Rodrigues).
“Votar em ideias”, não lhe parece um tantinho,
como dizer? ‘moresiano’?
"Moresiano"? Desconheço o
conceito.
Me lembrei
da utopia de Thomas More… 😉
Certo. Devo ter lido a Utopia de
Thomas More [foto] há uns quinze ou vinte anos atrás. Não me recordo exatamente do
modelo social descrito...
Em todo o caso, sou alérgico a
projetos de sociedade ou homens novos. Nunca iremos a lugar nenhum sem
verdadeiras mudanças individuais, iniciadas e levadas a cabo pelo próprio
indivíduo; de outra maneira, será mais outro Estalinismo, em que o comitê come
quilos e quilos de caviar enquanto as manadas se contentam em não ter que fazer
muito (ou seja, manter-se em rebanho, apenas se rebelando para o faz-de-conta)
para terem asseguradas as migalhas.
Daí terá
surgido a definição esquerda-caviar…
Essa definição mantém-se presente, em
paralelo com a esquerda-apanhar no cu. Hoje em dia, para se ser de esquerda tem
que se apanhar no cu. O António Variações, por exemplo, era de esquerda por
apanhar no cu.
Quando se diz ser de esquerda, diz-se
ser boa pessoa, cidadão exemplar; a mínima divergência já vale o título de
facínora, ou de fascista, palavra usada em vez de facínora quando se explica às
criancinhas quem é o mau da fita. Claro que isto é tudo metafórico.
Apanhassem os progressistas à séria na
peida e andavam mais sossegados. Em vez disso, começam a identificar-se como
assexuados ou pansexuais, aquelas histórias do tudo que é coisíssima nenhuma e
vice-versa...
“Sou do
Flu”, well, menos mal, porque deste lado da telinha (ou da lagoa) tem um
Vascaíno de quatro costados. Já agora, para resultar em oito costados: também
Portista! 😊
Tenho alguma simpatia pelo Vasco e pela Portuguesa dos Desportos.
Há muito tempo que não ouço falar da Portuguesa. Ainda existe?
Chamasse o ‘Português’ e já estaria extinto; há que cancelar o
colonialista, coisa que só assiste ao Cristão e não se aplica ao atual Islão.
Voltando ao futebol e ao que verdadeiramente interessa: também sou
Portista! Desde os 3 ou 4 anos de idade.
Sim. Existem a Associação Portuguesa de Desportos, vulgar
Portuguesa ou Lusa, de São Paulo; a Associação Atlética Portuguesa, vulgo
Portuguesa Santista; tem também a Portuguesa da Ilha (do Governador, no Rio de
Janeiro); devem existir outras dezenas pelo imenso Brasil…
E existe o São Paulo, o tricolor, outrora Bambi. Só não sei se tricolor,
nos dias de hoje, deixou de ser suficientemente inclusivo, não qualificando
para arco-íris...
Qual a sua opinião sobre o atual governo (e presidente) de
Portugal?
Tenho em regra péssima opinião acerca
de políticos (e de pessoas da praça pública em geral) e os atuais governo e
presidente de Portugal não são exceção. Estamos entregues ao PS, o maior
inimigo da iniciativa individual, inviabilizando qualquer verdadeiro
desenvolvimento.
Este governo, em nome do bem-comum e
de um certo empoderamento, limitou duas liberdades fundamentais: a de expressão
e a econômica.
O povo português, como bom preguiçoso,
aprecia o gesto, ter alguém que tome conta e que assegure a continuidade da
mediania; enquanto esta apodrece e degenera em mediocridade.
O presidente é um tipo esperto. Sabe
que vive num país que é um circo e comporta-se a condizer.
Como disse, tenho péssima opinião
acerca de política, mas tenho igual opinião acerca de quem vive amargurado com
os governos (seja o Bolsonaro ou o Macron ou qualquer outro).
Reclamar a toda a hora dos governantes
tira a tesão, mantém-nos pobres e sem um tusta, enfim, é a receita para o
descontentamento, sendo o descontentamento sinônimo de desperdício e a
infelicidade uma outra palavra para infertilidade.
Não acha
que a imprensa lusa ajuda bastante nesse e para esse cenário que você
descreveu?
Com certeza. Ao contrário do Brasil, a imprensa lusa e o governo
são praticamente indiscerníveis, jogam no mesmo "team".
A minha esperança encontra-se nos comentários aos artigos e
colunas de opinião. Há muito boa gente que aproveita algum anonimato da
internet para dizer o que pensa. São os eleitores dos Trumps deste mundo, que
expressam a sua opinião no silêncio e segredo das urnas.
O Olavo tem um vídeo em que explica bem o fenômeno; qualquer coisa
como o povão que não vai à universidade é que vai salvando a civilização.
Donald Trump não mereceria ser votado?!...
Óbvio. E num sistema eleitoral
credível, em que pedir documento de identidade fosse protocolo. Não sei se
nessas condições teria ganho, mas mesmo tendo perdido, não deixa de ser
sintomático de que há bastante gente silenciada pelo medo.
Além do Português e do inglês, fala
outro idioma?
Falo espanhol. Aprendi em Espanha, quando vivi em Barcelona, e na Polônia, com uma amiga colorida das Canárias.
Tenho um sotaque tramado, entre o
Catalão, o Canário e o Cristiano Ronaldo. Sempre soa melhor que portunhol, que
é uma espécie de português gritado e aciganado.
Tenho conhecimentos de francês,
italiano, hebraico e húngaro; todos juntos, inúteis, não dariam para encetar
uma conversa com ninguém, no máximo para se queixar da chuva ou alguma outra
banalidade acerca do tempo.
O meu primeiro
livro, "Esses Dias - HenryKiller.Blog", foi o primeiro blog a
ser publicado em Portugal em formato papel, ou seja, como livro em papel; tem
que se frisar "em papel".
Vieram outros livros depois deste?
Vários. A esmagadora maioria motivada
por viagens ou países onde passei alguns anos.
No mês que vem sai o volume "Fúria de Viajar - As Viagens dos Verdes Anos".
Se tudo correr bem, hão de sair outros
em 2021. Por exemplo "Sobre Vivências em Barcelona", que terá edição
em Portugal e no Brasil.
Conhece o Brasil?
Conheço sim, e o último livro que publiquei, no pavoroso ano de 2020, foi precisamente sobre o Brasil. Chama-se "Bravo, Brasil" e relata as primeiras duas vezes que aí estive.
Estive uma terceira; também dava
livro.
Tenho imensa vontade de voltar. Talvez
da próxima, faça São Paulo/Rio de Janeiro e Bahia/Curitiba.
Alguma outra sugestão? Minas, na minha
opinião, é a melhor região para churrasco.
Cara, não sou “especialista” em
churrasco, quer dizer, não sou em assá-lo, somente em comê-lo. (Aliás, se
“especialista” fosse eu não teria tempo de conversar com você, pois estaria nas
telinhas da TV debitando sobre a minha ‘especialidade’, well 😉…)
Agora, uma coisa lhe posso assegurar:
essa sua afirmação de que Minas é a melhor região para churrasco, sei não, sei
não… temo pela sua segurança. Aguardemos a nossa conversa ir para o ar…
Acompanha a atualidade brasileira?
Não acompanho tanto a atualidade
(ponho maior esforço nos clássicos) quanto a atualidade me acompanha a mim. Em
poucas palavras, estou a par de alguma atualidade brasileira, nos campos de
futebol e da política.
Você disse
viver na Irlanda, certo?
Certo, esta é a terceira temporada na
Irlanda, Encontro-me em Cork. Vivi em Dublin em dois outros períodos da minha
vida; o primeiro durou pouco mais de quatro anos e o segundo cerca de um ano.
Embora a Irlanda não tenha sido a porta de saída de Portugal (foi Espanha), foi
a Ilha Esmeralda que me pôs a espreitar para o lado de lá. Cork

Diga aí,
abasteça a nossa curiosidade, quais as grandes diferenças entre a Irlanda e
Portugal?
O clima? Nem tanto. Em Portugal também
chove à brava, faz um vento danado. Mas ok, o clima na Irlanda não se parece
com nada, nem a si próprio; uma tempestade de granizo pode facilmente romper
numa tarde ensolarada de Verão e vice-versa...
As pessoas? Também são mais parecidas
do que parecem. Os Portugueses e os Irlandeses serão dos povos mais
hospitaleiros à face da terra; os chamados Latinos também andam lá no topo. A
diferença está no sentido de humor, os Irlandeses e o pessoal nativo de língua
inglesa ganham-nos aos pontos, disputando o pódio com os Israelitas.
Comida? Também não tão diferente como
se diria à primeira vista. Ambos comemos peixe; embora os Irlandeses
praticamente só aviem filetes. Ok, no terceiro ponto talvez tenha exagerado nas
semelhanças; certamente por ter acabado de passar mais de quatro anos em
Budapeste, longe do mar e do peixe fresco.
Embora Portugal tenha uma costa que nunca mais acaba, são ambos
países continentais e por consequência - e contradição - regrados e corruptos.
Onde há regras, há ladrões. Aqui na Irlanda, e nos países de língua inglesa em
geral, muita coisa funciona na base do "good man" e da boa vontade.
Lindo! O Olavo também o frisou em relação aos EUA.
Voltando a Portugal e Hungria. Embora os Portugueses sejam os
mediterrânicos mais parecidos com o pessoal do Leste ou Centro-Leste no que
toca aos queixumes, à tristeza, à nostalgia, os Húngaros são imensamente menos
expansivos que nós. Uma coisa em comum, na verdade, duas, interligadas. Ambos, os Portugueses e Húngaros trabalham com outro afinco quando
fora de portas, estando a dita conduta a mudar com as novas gerações.Budapeste
Para finalizar, algo que não tem nada a ver com as populações. Na
Hungria não há vento, e em Portugal faz uma ventania dos diabos, inclusive no
Verão.
Vitor, quanto à sua declaração “os Portugueses e Húngaros
trabalham com outro afinco quando fora de portas”, ela é irrespondível, é o que
penso. Desde os meus quinze anos – sorte minha que desde antes me entretinha a
pensar e a ler – nos cafés da cidade do Porto (1965-1967) eu dizia, mais ou
menos, o seguinte: “se os portugueses, em Portugal, se privassem da romaria, da
regueifa, do garrafão de tinto, como fazem quando na França, eles não
precisariam emigrar.”
Concordo inteiramente. O pior que pode acontecer a um português no
estrangeiro é trabalhar com outro português. Digo eu, e já me disseram
Portugueses que trabalham nas obras ou em cargos altos de empresas
multinacionais. Por quê? Os Portugueses não aceitam o sucesso de outros
Portugueses, sentem-se ameaçados, sei lá, preferem ajudar a promover outro. Em
contrapartida, os Italianos e os Espanhóis ajudam-se uns aos outros.
Falando em ‘emigração’, você tem acompanhado o que vem acontecendo
na França?
Acompanho (e alerto para) a situação não só em França, mas também
na Bélgica e na Suécia há bastante tempo; antes do advento das redes sociais. A
coisa agravou-se, alguns nativos resolveram responder pelos seus próprios
meios, sendo a reação amplificada pela imprensa dominante e gigantes
tecnológicos. Idêntico ao conflito no Médio-Oriente: nada acontece e aparece
nos médias até Israel Intervir.
Você foi (é) aluno de Olavo?
A título
oficial, não. Mas acompanho-o nos vídeos, podcasts, redes sociais. Além de
arguto, aprecio aquele lado maroto, prático e porventura quotidiano que falta
aos intelectuais lusos. Consigo-o imaginar num churrasco, a comer coxinhas,
enquanto conta piadas.
Pensa em voltar a Portugal?
Sim, de férias. De preferência sem
quarentenas e bailes de máscaras.
Uma pergunta que não foi feita?
Não me ocorre nenhuma.
A derradeira mensagem:
Gostei bastante da conversa; conversar
eleva. Cito o meu amigo Xavi, um espanhol raro, fluente em português de
Portugal e português do Brasil: "Falar é fácil. Difícil é encontrar alguém
com quem conseguir conversar."
Vitor, Minas é a terra do queijo. Churrasco de verdade é no meu Rio Grande do Sul.
ResponderExcluirA dica do Idacil é vlálida kkk
ResponderExcluirCHURRASCO É UNIVERSAL, NÃO SEPODE CONFUNDIR COM A MANEIRA DE FAZÊ-LO.
ResponderExcluirNUNCA COMI UM CHURRASCO DE COSTELA DE JANELA NO FOGO DE CHÃO QUE É A COMIDA TÍPICA DO GAÚCHO.
OUTROS PRATOS:
Vovó Sentada. Pra começar a lista, um petisco tipicamente gaúcho, de nome exótico e pouco conhecido pelo Brasil. ...
Arroz Carreteiro de charque
Costela Assada no fogo de chão
Matambre Recheado. ...
X-Gaúcho ou simplesmente XIS. ...
Espeto Corrido ou Rodízio de Churrasco. ...
Paçoca de Pinhão com Carne Assada. ...
Tainha na Taquara (Tainha é quase Anchova)
Que não me ouçam em Portugal, mas o melhor pastel de santa clara do mundo está em Pelotas, a capital brasileira dos doces.
fui
Quando referi "bichas" não queria dizer filas, mas bichas mesmo (veados, rabetas)
ResponderExcluirVV
Hahaha... peço desculpa pelo meu erro revisor.
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