Nome de Guerra: Não tenho.
Onde e quando nasceu?
Nasci em Portugal, no Barreiro, no dia
22 de setembro de 1979.
Onde estudou?
Frequentei sempre o ensino público, na
cidade onde nasci. Aos 6 anos já ia a pé para a escola primária, tal como quase
todos os meus colegas que ia encontrando pelo caminho. Eram tempos diferentes,
em que as crianças de tenra idade se sentiam seguras a andar sozinhas na rua.
Mais tarde ingressei na Escola Secundária de Santo André, onde frequentei Artes, e em 1997 iniciava o meu percurso universitário na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, no curso de Arquitetura, que viria a concluir em 2003.
Onde passou a infância e juventude?
A minha infância foi sempre passada
entre a terra onde nasci e o Algarve. A minha mãe é natural de Albufeira, e o
meu pai de Silves, portanto, todas as férias de verão, eram passadas junto dos
familiares que residem no Algarve. Esperávamos o ano inteiro por esses
momentos.
Qual (ou quais) acontecimento marcou a
sua infância e juventude?
Tive uma infância muito tranquila,
estruturada na felicidade de ter um pai muito trabalhador e empenhado, uma mãe
a tempo inteiro e uma irmã mais velha muito protetora. Nunca me faltou o
essencial.
As memórias mais antigas que tenho da
minha infância são por volta dos 3 anos quando ingressei na turma de ginástica
infantil no Grupo Desportivo do Galitos, ainda guardo o meu primeiro e
minúsculo "maiô" cor-de-rosa.
O desporto esteve sempre presente na minha vida, mais a sério, na adolescência quando me iniciei como jogadora de basquetebol na E.S.S.A., no escalão mais jovem na altura "Iniciadas B". Recordo-me de treinar diariamente.
Nos intervalos das aulas era no campo
de basquetebol que me encontravam, e aos fins de semana tinha sempre jogos,
mas, infelizmente, o pouco talento que me assistia, fez-me optar por dedicar mais
tempo aos estudos.
E nos últimos anos do liceu acabei por
desistir para me focar intensamente na escola e conseguir uma média alta que me
possibilitasse entrar no tão desejado curso de Arquitetura.
Quando começou a trabalhar?
Comecei a trabalhar quando ainda estudava. Fui convidada por um professor da faculdade de arquitetura da universidade técnica de Lisboa, a colaborar como maquetista, para o GERTIL - Grupo de Estudos de Reconstrução de Timor Leste, foi o primeiro contacto com a profissão. Mais tarde, quando estava oficialmente concluída a fase académica, no mesmo dia em que terminei uma melhoria de nota, apanhei o barco de volta ao Barreiro, e parei no centro da cidade para procurar emprego.
Fui bater à porta de um ateliê que
funcionava na avenida principal, e perguntei se precisavam de alguém, não tinha
comigo nenhum currículo preparado, nem portfolio, apenas trazia comigo o
trabalho que acabara de apresentar e foi assim que me apresentei. Iniciei
funções como estagiária nessa mesma tarde, e lá permaneci durante vários anos,
chegando a ser coordenadora geral da equipa.
Por que arquitetura, e não medicina,
engenharia, economia…?
Na verdade, poderia ter optado por
qualquer uma delas. Na altura em que tive que decidir já a minha irmã estudava
medicina, e confesso que me assustei com a quantidade de livros de anatomia que
tinha de estudar, muitos deles nem sequer existiam traduzidos na língua
portuguesa.
Sempre tive duas grandes paixões - o
desenho e os animais. Todos me diziam que tinha muito talento e talvez por ter
já alguns familiares arquitetos, optei pelas artes também motivada pela
componente prática da profissão e por todo o processo de criação do projeto.
E depois, qual foi o passo seguinte?
Já com alguns anos de profissão, numa
reunião de trabalho que envolvia arquitetos e engenheiros, conheci um
engenheiro que me despertou a atenção pela sua capacidade de trabalho e
inteligência.
Casamos passados dois anos, fui mãe, e
as prioridades alteraram-se. Sentia que estava a perder a oportunidade de viver
com intensidade os primeiros anos de vida do meu filho, saía muito cedo,
chegava muito tarde a casa e ponderamos em conjunto iniciar um projeto a dois,
onde pudesse gerir o tempo de forma mais flexível. Foi uma decisão difícil,
pois gostava muito de trabalhar no ateliê onde trabalhava, e era muito
respeitada pelos meus superiores.
Sempre fui
empenhada e proativa e o retorno é esse mesmo. Até hoje tenho trabalhado sempre em
consultoria e projeto, e não me arrependo da decisão, a arquitetura casa muito
bem com a engenharia, complementamo-nos e assim temos conseguido equilibrar a
vida familiar com a profissional.
Perfeito. Imagino que esse mercado
esteja difícil devido ao vírus chinês…
O mercado da construção civil nunca
foi fácil, com grandes oscilações que acompanharam sempre as sucessivas crises
econômicas do país. Portugal tem o segundo maior número de arquitetos per
capita da união europeia, e, consequentemente, os profissionais mais mal
pagos do setor, com vencimentos médios que são pouco superiores a um terço da
média europeia, apesar do capital humano de excelência que marca a arquitetura
portuguesa.
A pandemia veio agravar a situação, e
muitos dos meus colegas optaram por enveredar por outros caminhos, e acabam por
fugir da arquitetura.
Eu estou num impasse, com uma redução
enorme de trabalho e sem grandes perspectivas de melhoria, ainda assim
trabalhar fora da área ou mesmo emigrar é algo que não me passa pela cabeça.
Sou resiliente.
E quando e por que se interessa por
Política?
Nunca militei por nenhum partido, mas
sempre fui atenta à forma como têm sido conduzidos os destinos do país. A
ausência de projetos governativos inspiradores, a degradação da credibilidade
do sistema político atual, a opacidade com que se gerem os recursos do país,
foram os grandes impulsionadores do meu desânimo e motivaram a minha adesão ao
CHEGA.Cacilhas, janeiro de 2021
Falando em “destinos do país”, como
avalia a governação de Pedro Passos Coelho, logo após a falência decretada por um
executivo socialista?
A governação de Passos Coelho ou a
governação da Troika? Quem acionou, formalmente, o empréstimo internacional foi
o governo do PS, foi o PS que nos conduziu à bancarrota, foi o PS que nos
conduziu à incapacidade de travar o défice das contas públicas Portuguesas, mas
foi Passos Coelho que esteve ao leme do país durante a intervenção da Troika,
um legado pesado: equilibrar as finanças, socorrer os mais necessitados e ao
mesmo tempo promover o crescimento da economia e do emprego.
O ano 2011 tornou-se numa angústia
vivida por muitos os Portugueses, com o desemprego jovem a disparar, os custos
sociais a disparar, a queda do PIB, e a necessidade de um forte ajuste do
consumo interno tornaram a vida difícil ao Governo de Passos Coelho, que se viu
a braços com duras críticas por tanta austeridade e zelo sobre a despesa. Um
homem de coragem, portanto, a avaliação que faço só pode ser positiva, e não
esqueçamos que foi reeleito pelos portugueses, apenas travado pela
"geringonça".
O que foi isso de “geringonça”?
Uma inédita coligação de partidos de esquerda, que permitiu que um candidato derrotado assumisse o poder, como primeiro-ministro.
Por que a adesão ao CHEGA! e não ao
PSD, CDS, PPM, PRN…?
André Ventura, é a resposta. Não existe na esfera política atual ninguém que me inspire mais do que ele. Estou no CHEGA! porque o ouvi, porque não deixei que a minha opinião fosse manipulada por uma comunicação social tendenciosa, e porque acredito nas suas propostas, e no seu compromisso para com os Portugueses. É um homem de fé, e eu também sou uma mulher de fé.
Viu esta?
Vi. Ventura tem ainda muitos recordes
para bater, a viragem já começou.
Conhece o Brasil?
Infelizmente não, mas está nos meus
planos conhecer a curto prazo.
Acompanha a atualidade brasileira?
Muito pouco. Mas adoro os nossos
irmãos que cá estão e com quem tenho o privilégio de conviver.
Você é religiosa?
Sim. Sou católica.
Tem animais domésticos? 🐶
Claro! Duas cadelas, e dois gatos,
todos adotados.
Você afirmou “comunicação social
tendenciosa”. Qual a tendência que você detecta?
Não tenho dúvidas, tendenciosa e manipuladora da opinião pública. Totalmente virada à esquerda.
Coincidentemente o nosso próximo
‘conversado’ nasceu no Barreiro… 😉
Boa gente, com certeza.
Uma pergunta que não foi feita?
O que espero do futuro, por exemplo, uma pergunta difícil, mas que nos obriga a refletir, sair do sofá. É urgente, ao invés de nos abstermos de votar.
Já sabemos o que nos espera se não
houver uma mudança à direita: mais do mesmo, uma mão cheia de nada, terrorismo
fiscal, dívida pública em crescendo, instabilidade, desemprego. Gostava de ver
um Portugal seguro, repleto de oportunidades, um Portugal justo, que motive
quem se esforça e quem contribui de coração para o melhor da nossa nação.
Desejo honestamente que os Portugueses se permitam dar oportunidade a quem
nunca governou, e que honrará o compromisso de lutar pelos Portugueses, André
Ventura.
A derradeira mensagem:
Não deixem que outros decidam por vós.
Procurem a verdade.
Obrigado, Marta! 😊
Conversas anteriores:
O signo da Marta é maravilhoso!
ResponderExcluir¨cabeça boa¨. Tenho um sobrinho Arquiteto, atualmente residente em Nottingan
ResponderExcluirPassando para deixar os parabéns pela promoção à vice-presidência do Chega!, efetivada na convenção realizada neste mês de junho.
ResponderExcluirParabéns pela eleição no domingo, 10 de março! 👏
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