Telmo Azevedo Fernandes
O dono do Facebook divulgou
uma carta onde admite formalmente que, a pedido do governo americano, exerceu
censura contra terceiros nas redes sociais. Mark Zuckerberg identifica
explicitamente a Casa Branca como origem das pressões censórias a que foi repetidamente
sujeito e a que cedeu. Note-se que Kamala Harris é vice-presidente dos Estados
Unidos e dada a fragilidade cognitiva de Biden, é muito plausível que as ordens
para censurar conteúdos no Facebook tenham vindo direta ou indiretamente desta ultra
esquerdista muito apreciada na bolha midiática portuguesa. É curioso que um
censor seja hoje visto como um democrata por largos setores da sociedade…
A carta que Zuckerberg
escreveu vai ainda mais longe, divulgando que além da Casa Branca e da
Administração Biden-Kamala, o próprio FBI deu, na prática, instruções ao
Facebook para remover conteúdos online por supostamente serem considerados
desinformação, quando não passavam de notícias politicamente inconvenientes
para o governo de Biden e Kamala.
Já em França, o dono do Telegram, concorrente do Facebook e do X, foi preso pelas autoridades locais que se queixam da falta de moderadores de conteúdos nesta rede social e acusam a empresa de permitir atividades criminosas na plataforma, nomeadamente de espalhar informações falsas e propaganda pró-Kremlin. É argumento equivalente a mandar prender o presidente dos CTT por não vasculhar todo o correio que circula em Portugal, algum do qual, certamente, com conteúdo nada recomendável. Ou então mandar prender o presidente da Estradas de Portugal pelo facto de um condutor ter propositadamente provocado um acidente mortal.
Ironicamente, o dono do
Telegram foi obrigado a fugir da Rússia há 10 anos depois de se recusar a
entregar dados dos utilizadores pró-Ucrânia às agências de segurança russas e
se recusar a bloquear a conta do falecido líder da oposição Alexei Navalny. Aliás,
o Telegram é especialmente popular nos países da antiga união soviética,
amplamente utilizado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e pelos
cidadãos russos que desejam aceder a informações não censuradas sobre a guerra
Rússia-Ucrânia.
Numa declinação mais pitoresca
da bufaria e pulsão para a censura que grassa no nosso país, o hospital de
Santa Maria ameaça com processos judiciais os utentes que façam críticas nas
redes sociais aos serviços ou profissionais do hospital.
As liberdades individuais
vão-se esvanecendo pouco a pouco e uma sociedade totalitária acaba por se impor
com o consentimento paulatino da população. Os casos que referi nesta crônica
são apenas simbólicos capítulos de um caminho para a servidão.
A minha crónica-vídeo de
hoje, aqui:
Título, Texto e Vídeo: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias,
28-8-2024
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