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Foto: M. Olivia C. B. |
Oswaldo Colombo Filho
Nenhum partido é dono da
sociedade civil. Nenhum partido é “gerente” da história. A nenhum governante é
lícito decidir quem representa e quem não representa “a alma de nosso povo”.
Elegemos governantes para que respeitem as leis democráticas e para que as aperfeiçoem
ou as mudem segundo as regras que a própria democracia prevê e abriga. Tentam
dar um golpe, estes sim, os que pretendem calar a divergência, na certeza de
que são os monopolistas do bem, do belo e do justo.
A ninguém em separado cabe o
“eu” em detrimento do “todo” quando se fala de uma nação que vem se formando a
cinco séculos, abrigando em paz e de braços abertos tantas raças quanto para
aqui vieram, com seus credos; e cores. Não foi fundando há oito anos como uma
republiqueta egocêntrica e populista disseminando a existência de castas sob o
conceito de estado laico visivelmente arrogando-se impor o controle religioso
em seus padrões, e dentro da visão atentatória à vida alegando ser o aborto uma
política social a cargo do estado.
Não só isso, mas os últimos
acontecimentos, e no fragor da disputa eleitoral e no desmascarar de mais uma
quadrilha instalada no próprio Palácio do Planalto veem a público o Presidente
da República, ensandecido a insuflar as massas contra a imprensa que tão apenas
publicou fatos, e brada também acusando a oposição que deve ser “extirpada”
segundo suas próprias palavras. E propõe tal qual Collor o fez, quando do
desespero diante do impeachment, para que seu partido, com seus militantes
saiam às ruas em protesto contra a imprensa e contra a oposição brasileira. É
temerário, lançar irmãos contra irmãos.
Fere o estado de direito e
este é o primeiro e derradeiro passo ao desmoronar a democracia. Aos homes e
mulheres de bem não cabe mais o silêncio. Não mais se trata de política, se
trata de nossos direitos, pois se assim já estamos sem ainda estes dominarem o
Parlamento, como será em breve futuro?
Não permaneçamos em nosso
silêncio, calar agora significa errar e um alto preço a pagar em futuro breve.
Salve o Brasil!
Oswaldo Colombo Filho - Movimento Brasil Dignidade
A Laicidade Estatal Brasileira/Brasília/Brasiliana/Brasílica encontra-se respaldada no Artigo 19 da CRFB de 1988, pois ele proíbe o Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) de ser ateu, pagão, religioso ou teocrático.
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