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Charge: Izânio |
Gilberto Barbosa de Figueiredo
Os mais de dez anos de governo
do PT nos deixam um triste legado de trapaças, mentiras, roubos, parlamentares
vendidos, vagabundagem, desperdícios do dinheiro público, tudo isso associado a
uma inacreditável incompetência administrativa.
Lula, ao expirar seu segundo
mandato, não podendo mais se reeleger, mas querendo continuar com as rédeas do
governo, inventou uma candidata que ele mesmo qualificou como um poste. Para
impingir ao povo brasileiro alguém sem nenhuma experiência política e quase
desconhecida, tratou de exibi-la como uma gerente de excepcional qualidade,
além de não ter poupado esforços, nem dinheiro do contribuinte para,
atropelando inclusive a lei eleitoral, apresentá-la aos quatro cantos do
Brasil.
A candidata poste ganhou a
eleição em segundo turno e iniciou seu mandato. Em pouco tempo, pôde-se
perceber que os brasileiros foram vítimas de propaganda enganosa. A gerente de
excelsas virtudes, através de atos funestos e omissões injustificáveis,
mostrou-se, desde logo, uma grande incompetente.
Impossível seria enumerar
todos os desmandos praticados pelo atual governo. Este texto ficaria
extremamente longo. Passarei, então, a relembrar alguns poucos fatos, já
suficientes para mostrar, com largueza, a inépcia de nossa presidente.
Dilma foi incompetente logo ao montar seu
governo. Com mais de trinta ministros era óbvio que seria impossível governar.
Mas preferiu ferir a lógica administrativa para acomodar parceiros da chamada
base de apoio. Muitos, a maioria talvez, longe de querer cooperar com a
administração do estado, pretendiam, apenas, se locupletar com as benesses do
poder. Qualquer um com uma mínima noção dos meandros da política sabia disso. A
presidente também, com toda a certeza.
Dilma foi incompetente na
escolha de seus ministros. A defenestração de um grande número deles, logo no
primeiro ano de governo, por suspeita de corrupção, não tem paralelo na
história republicana. É bem verdade que a presidente ainda tentou capitalizar
para si o fato. Passou a pousar como faxineira de malfeitos, chegando a ganhar
alguns pontos de popularidade com isso. Mas bastou uma das denúncias chegar a
um de seus amigos próximos – Fernando Pimentel – para a faxineira esquecer a
vassoura. Mais tarde, com o foco em sua reeleição, olvidou-se dos malfeitos e
trouxe de volta para o ministério políticos ligados aos que tinha afastado.
Dilma é incompetente na gestão
do PAC (programa de aceleração do crescimento). O programa não consegue
decolar. Verbas já alocadas não são gastas. Algumas obras que conseguem chegar
ao fim foram concluídas com qualidade baixa. E logo ela rateia nessa área. Foi
apresentada por Lula como mãe do PAC.
Dilma é incompetente na
condução – calamitosa por sinal – da política econômica. Às vezes declara que o
combate à inflação não pode comprometer o crescimento, para, pouco tempo
depois, afirmar que esse combate é prioridade em seu governo. O que conseguiu
foi um crescimento medíocre com inflação alta. No desespero, tentou conter a
escalada dos preços pelo pior caminho, controlando preços. Assim fez com
combustíveis, cesta básica, automóveis e tantos outros produtos e serviços.
Jamais pensou em conter gastos públicos. Para piorar a situação tem um ministro
da fazenda que não inspira confiança e cujas declarações caíram no descrédito
geral e são motivo de chacota, no Brasil e no exterior.
Dilma é incompetente ao manter uma política
externa dúbia – herdada de seu antecessor – que renega uma larga tradição de
bons serviços prestados, pelo Itamaraty, ao nosso país. Oscilando entre normas
emanadas, ora do chanceler de direito, ora de um outro de fato, o governo
prefere privilegiar a ideologia, em detrimento dos reais interesses do estado
brasileiro.
Dilma é incompetente ao
demonstrar total insegurança ante qualquer problema mais sério, correndo para
pedir conselhos a Lula – logo a quem – e a seu marqueteiro particular – João
Santana.
Dilma está sendo incompetente
em sua reação às recentes manifestações de rua. Sem consultar a quem é do ramo,
apressou-se em propor uma constituinte exclusiva, para tratar da reforma
política. Ideia prontamente rechaçada pela OAB, juristas eminentes e pela
própria classe política, o que a obrigou a rever sua proposição. Sugeriu,
ainda, um acordo sobre responsabilidade fiscal, o que seria primordial. Mas em
nenhum momento acenou com a possibilidade de reduzir a imensa e desnecessária
estrutura de governo, com um corte substancial no número de ministros, por
exemplo, como, também, em muitos dos cargos comissionados. No mais, o pacto
proposto prevê alocação de recursos adicionais para a educação, saúde e
mobilidade urbana, áreas mais do que prioritárias. Somente não se entende o
porquê da iniciativa não ter sido anunciada antes, considerando a relevância
que representam para a população e o tempo em que já está no governo.
Tristes tempos em que vive
este país. Tão grandioso e tão sofrido; tão espoliado por seus governantes.
Título e Texto: Gilberto Barbosa de Figueiredo, General-de-Exército
Refm e ex-presidente do Clube Militar, 26-06-2013
Via Fernando Batalha
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