Yuen Kwok-yung afirma que infecção podia
ser cem vezes menor se informações tivessem sido passadas de forma mais rápida
pelas autoridades locais
Roberta Ramos
Autoridades da China sabiam
que o coronavírus poderia ser transmitido entre humanos no começo de janeiro,
porém optaram por não informar o público disso.
![]() |
Autoridades chinesas acobertaram gravidade do novo coronavírus por uma semana e cientista afirma: número de casos podia ser cem vezes menor. Foto: Petrick Liu/Pixabay |
É o que afirma o professor
Yuen Kwok-yung, de Hong Kong. Ele diz ter mandado o alerta para o governo em 12
de janeiro, ainda que o aviso só tenha sido repassado no dia 19 do mesmo mês.
Foi o professor quem ajudou na
identificação de uma nova Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em
inglês), diagnosticada em sete membros de uma mesma família em Shenzhen, a 1,1
mil quilômetros de Wuhan. Era o coronavírus.
Somente algumas pessoas da
família tinham estado no primeiro epicentro da covid-19, o que fez com que
Kwok-yung percebesse como a doença era infecciosa.
Acobertamento
Entretanto, a revelação
contradiz o governo da China, que sempre alegou que tão logo soube que o
coronavírus era transmissível entre humanos, deu o alerta.
O país foi criticado por sua
primeira resposta ao surto e pela dura repressão a Li Wenliang, um médico que
tentou alertar sobre o perigo do novo vírus ainda no final de dezembro. Ele
morreu da doença, depois de tratar inúmeras vítimas.
Para o cientista de Hong Kong,
evidências físicas foram destruídas e o governo chinês agiu lentamente com
relação às descobertas clínicas.
Médicos teriam sido instruídos
a não falarem sobre o assunto nem mesmo entre eles por Pequim.
“Anunciar que o coronavírus
poderia ser transmitido entre humanos antes de isso ser confirmado teria
causado pânico entre a população”, alega a especialista da Escola de Medicina
da Universidade de Zhejiang, Li Lanjuan, uma das primeiras a serem chamadas
para entender a situação. “Somente depois de termos verificado os fatos
poderíamos divulgar as informações ao público”.
O embaixador da China no Reino
Unido, Liu Xiaoming, corroborou o discurso de que a demora em divulgar a gravidade
da doença foi para evitar o pânico.
Yuen Kwok-yung afirmou ainda
que o mercado de Wuhan, que muitos afirmam ser o nascedouro do coronavírus, foi
fechado e desinfetado três semanas antes, o que não permitiu que os cientistas
identificassem nenhum hospedeiro que pudesse passar o vírus a humanos.
“Suspeito que eles estavam
fazendo algum tipo de acobertamento localmente em Wuhan. As autoridades locais
deveriam transmitir informações, mas não fizeram isso tão rapidamente quanto
deveriam”, finaliza o professor. “Se eles tivessem feito isso mais rápido, esse
desastre seria 100 vezes menor”.
Título e Texto: Roberta
Ramos, revista Oeste, 29-7-2020, 14h43
RESPOSTA POSTADA NO SITE OESTE;
ResponderExcluirEITA REVISTINHA TENDENCIOSA! CHEGA A MAQUIAR A NOTICIA PARA ACUSAR O LADO CONTRÁRIO. QUEM ESTUDAR O ASSUNTO VAI VER QUE NÃO FOI BEM ASSIM! MAS É MAIS FACIL COMER TUDO DEPOIS DE MASTIGADO,ENTÃO…