Alemanha, Brasil, Índia e Japão são candidatos a assento permanente
Andreia Verdélio
O ministro das Relações Exteriores, Carlos França [foto], se reuniu ontem (22) com os demais chanceleres dos países do G4, grupo formado por Alemanha, Brasil, Índia e Japão, durante a 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. Em comunicado conjunto, eles defenderam a urgência da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Para eles, as mudanças no
órgão podem torná-lo “mais legítimo, eficaz e representativo, ao refletir a
realidade do mundo contemporâneo, incluindo países em desenvolvimento e os
principais contribuintes”. O conselho é um importante órgão da ONU responsável
pela segurança coletiva internacional.
No biênio 2022-2023, o Brasil
ocupará um assento não permanente na entidade, mas os países do G4 são candidatos
a uma cadeira definitiva. Atualmente, o Conselho de Segurança é integrado
apenas pelos Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China.
De acordo com o comunicado, os ministros do G4 confirmaram o comprometimento de todos os chefes de Estado e governo em “injetar vida nova nas discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança” e celebraram, ainda, a prontidão do secretário-geral da ONU, António Guterres, em oferecer o apoio necessário à reforma. O documento de elementos, preparado pelas cofacilitadoras das Negociações Intergovernamentais, também apresentou avanços, com atribuições parciais das posições e propostas dos Estados-membros do conselho.
A determinação do grupo,
agora, é trabalhar para o lançamento, “sem delongas”, das negociações e de um
documento único e consolidado, que servirá de base para projeto de resolução.
“Os ministros decidiram intensificar o diálogo com todos os Estados-membros
interessados, incluindo outros países e grupos alinhados à defesa da reforma do
conselho, com o objetivo de buscar conjuntamente resultados concretos em um
prazo determinado”, fiz o comunicado.
Para os ministros do G4, a
reforma do Conselho de Segurança da ONU deve acontecer por meio do aumento de
ambas as categorias de assentos, permanentes e não-permanentes, “de modo a
habilitar o conselho a lidar com a complexidade e os crescentes desafios à
manutenção da paz e segurança internacionais, e assim, exercer seu papel de
maneira mais efetiva”.
Além de França, participaram
da reunião, o ministro Federal do Exterior da Alemanha, Heiko Maas; o ministro
dos Negócios Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar; e o ministro dos
Negócios Estrangeiros do Japão, Motegi Toshimitsu.
Título e Texto: Andreia
Verdélio; Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil, 23-9-2021, 9h54
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