terça-feira, 26 de novembro de 2024

[Livros & Leituras] Almoço de Domingo

José Luís Peixoto, Quetzal Editores, Lisboa, 2ª edição, abril de 2021, 264 páginas. 


Um romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.

Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos.

No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens.

Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo. 

Rui Nabeiro, (re)conhecido empresário português, viu a comemoração dos seus 90 anos de idade ser assinalada com o lançamento deste romance biográfico. Tudo começou com a habitual audácia de Rui Nabeiro que, ao assistir à participação de José Luís Peixoto num programa televisivo, lhe pediu para escrever as suas memórias. Queria falar dos pais, de acontecimentos diversos da juventude, da vida. Não foram memórias, no sentido literal do termo, que Luís Peixoto redigiu; não considerou ser esse o seu papel, propondo-se escrever um romance biográfico, à imagem de uma entrevista de vida ao empresário. A coisa aconteceu. Rui Nabeiro revelou e José Luís Peixoto romanceou. Para o autor, a escrita do livro foi uma viagem, no tempo e na vida do comendador e de uma comunidade, com paragens inevitáveis ditadas por episódios marcantes da sua trajectória conhecida, mas integrando alguns episódios até então reservados à intimidade, a uma vida partilhada e desenhada com base no afecto e no compromisso pessoal, familiar e social. O resultado é um relato profundamente intimista.”

Francisca Moura, inDeus me Livro”, 4-8-2021 

Pois, uma biografia palavrosa de Rui Nabeiro. Não é o meu estilo preferido.

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