Esta melancolia que me invade,
saudade velha a acompanhar a vida– chorando devagar por ser saudade,
de tanta relembrança renascida,
Atrasa-me o tempo. A realidade
vai para além do sonho, diluída;
sou de novo frescura, mocidade,
embalada em teus braços, Mãe querida.
Repetindo-me, volto ao meu cismar,
à luz que era Poesia, a despertar
fantasias e graças e desejos.
Dizias que era amor e que cegava…
Assim, fui e serei sempre uma escrava
desta velha saudade dos teus beijos.
Antinea, Faculdade de Farmácia, Queima das Fitas, Coimbra, 1967
Anteriores:
[Versos de través] Queima das Fitas, Coimbra, 1967: Faculdade de Farmácia
Queima das Fitas, Coimbra, 1967: “Adeus, Coimbra”
Queima das Fitas, Coimbra, 1967: “Apontamento”
A donzela que vai à guerra
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