E fiquei curioso com a
bombástica reportagem. Saíu a revista. Corri para ler a reveladora reportagem.
Li e, creia, estimadíssimo leitor, reli-a. Fiquei com cara de bocó, maldizendo
a minha ignorância por (ainda) não ter percebido quais as ilegalidades,
imoralidades e crimes do Sr. Miguel Relvas… Este, segundo o Sr. Miguel Carvalho,
é amigo de José Dirceu, e??... Eu, sim, eu, que escrevo estas linhas, trabalhei
durante 32 anos numa empresa que se revelou no seu estertor uma tremenda
caloteira – fechou em 2006 deixando os seus ex-trabalhadores, até à presente
data, sem verem a cor dos valores a que têm direito constitucionalmente. Com a
sua imoralidade, ilegalidade e crime provocou a liquidação extrajudicial do
Fundo de Complementação de Aposentadoria – fundo para o qual 90% dos
trabalhadores dessa empresa descontaram e descontavam mensalmente. A uns,
evaporaram-lhes as poupanças, sumiram com o que acumularam ao longo dos anos; a outros,
cortaram-lhes o valor mensal dos seus benefícios para os quais eles se
habilitaram enquanto descontaram. Apesar dessa relação, digamos, tão próxima e “demorada”,
não me julgo tão imoral, ilegal e criminoso quanto a minha antiga empregadora.
Tive um amigo, utilizo o
pretérito perfeito porque não nos vemos há muitos anos, que matou a sua (dele)
namorada. Só vim a saber pela imprensa. Apesar dessa amizade não sou de andar
matando namoradas, nem moscas. Mosquitos, sim.
E, com certeza, alguns dos
meus “amigos” são imorais, ilegais e criminosos. Apesar dessas relações, não
herdei, não absorvi tão enaltecedoras virtudes.
Não sabia como dividir com
você, estimadíssimo leitor, a reportagem do Sr. Miguel Carvalho. Até que, mais uma
vez, encontrei no blogue do Senador Alvaro Dias a íntegra da
matéria.
Miguel Relvas Brasil,
SA: poder, dinheiro e segredos de um ministro português. O «número dois»
do Governo fez do país de Lula e Dilma território para amizades, peso político
e bons negócios. As histórias brasileiras de um dos homens mais poderosos de
Portugal. Com essa apresentação na capa, já está nas bancas de Portugal,
nesta quinta-feira, a revista Visão, com instigante reportagem que descreve um
cenário de relações suspeitas entre o primeiro ministro português e políticos
brasileiros. O jornalista Miguel Carvalho inicia a matéria destacando: Dos
homens do «mensalão» às agências de marketing (e aí o destaque é para José
Dirceu), da direita conservadora a decisores políticos e empresariais, dos
media ao jet-set, a agenda de Miguel Relvas regista várias figuras de relevo na
sociedade brasileira. Lá, o ministro-adjunto garantiu sólidas amizades,
influência e bons negócios. E foi lá também que o PSD começou a ganhar as
eleições… Leia a matéria aqui
O Bem Amado: Portugal &
Brasil, relações suspeitas

Resposta a um correspondente:
ResponderExcluirOlá, D.!
Obrigado pelo envio do anexo.
Já o tinha lido, quer dizer, a matéria, e feito menção no meu blogue.
Agora, confesso que reli o seu anexo e continuo com a mesma opinião: ainda não percebi o crime de Miguel Relvas. Mas percebi a intenção do jornalista. A esta hora milhares de portugueses pensam que Miguel Relvas é igual (com todas as ilegalidades e crimes) ao Zé Dirceu. O jornalista não conhece o Brasil de Lula (Guia Universal dos Povos), não conhece a Amélia, mulher de verdade, nem deve conhecer o Zeca... aliás, nem sabe que por esta hora, brasileiros de bem, tentam se sublevar contra o Partido Único e a Corrupção endêmica e sistêmica, não, o jornalista da mosquinha não conhece, ou não quer saber. Ele quer que pensemos que o "número dois" de Portugal é tão criminoso quanto Zé Dirceu, Lula e caterva.... Assim não!
Grande abraço./-
Jim