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Foto: L. Branco, aqui |
Luisa Castel-Branco
Vi na televisão uma reportagem
comparando várias profissões em Portugal e na Alemanha, quer em termos do que
ganhavam e gastam como no modo de vida. Também mostrava o dia-a-dia de
estrangeiros a viverem em Portugal há 20 anos. Além da diferença abismal dos
ordenados, o mais interessante foi ver que quer na Alemanha, quer os alemães em
Portugal tinham como normal e salutar os jovens trabalharem nas férias para
ganharem o seu dinheiro e não percebiam porque é que tal não acontecia em
Portugal.
Da mesma forma se ouvirmos
qualquer entrevista, a primeira coisa que os portugueses dizem é que querem dar
tudo aos filhos e não conseguem. É este espírito que norteou a educação das
gerações mais recentes. E o resultado está à vista. Numa crise profunda, estes
jovens não conseguem sequer equacionar aceitar empregos que não estejam ao
nível dos seus cursos. Mas a maior parte destes cursos não só não têm colocação
como qualquer qualidade.
Resultado? As hipóteses de
encontrarem emprego são muito reduzidas e tendo sido criados com acesso a tudo,
mesmo que esse tudo custasse aos pais muitos sacrifícios, não sabem viver sem
telemóveis e computadores topo de gama, carro ou mota, tudo aquilo que
erradamente lhes foi dado em vez de terem trabalhado nas ditas férias para os
adquirirem.
Como vai ser possível mudar
esta situação não sei. Mas a verdade é que com crise ou sem ela, os jovens
desempregados continuam a encher as noites de Lisboa, a abarrotarem de gente
nos passeios que lá dentro já esta tudo cheio. Quem paga estas saídas, pergunto
eu?
Título e Texto: Luisa
Castel-Branco, Destak, 27-03-2012
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