O presidente socialista
venezuelano parece contar com o apoio da 'Controladoria da Venezuela' para se
ver investido de 'poderes especiais'...
Francisco Vianna
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O presidente venezuelano,
Nicolás Maduro, durante uma visita na quarta-feira às instalações de una
montadora de automóveis em Tejerías, estado de Aragua, na Venezuela.
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Maduro anunciou que vai
solicitar à Assembleia Nacional (AN) - o Congresso unicameral de lá - a
"lei habilitante", que segundo ele será o instrumento que lhe
facultará "legislar sem controle do legislativo", com o fim de
'aprovar medidas que facilitem a luta contra a corrupção'. E, possivelmente,
tirar de vez a máscara desgastada de que a Venezuela é uma democracia e passar
o país a ostentar de vez a face de uma ditadura civil socialista.
Para tal, necessita de três
quintos de deputados suicidas, ou 99 votos, contando o chavismo com 98
assentos. Para vencer, será necessário alguns votos de deputados da oposição, o
que Maduro e a bancada chavezista considera como favas contadas, a ser comprada
pela mesma corrupção que alega querer combater.
A oposição diz que vai
rechaçar a pretensão a "ditador consentido" de Maduro e afirma que já
existem normas para combater a corrupção e que só falta aplicá-las, e que de
fato o temor bem fundamentado é o de que tais poderes sejam utilizados pelo
presidente para instaurar de vez a ditadura socialista nos moldes de Cuba no
país.
Henrique Capriles, líder da
oposição, tem afirmado que a a única forma de Maduro conseguir tais 'poderes
especiais' será pela "via da corrupção", justamente a doença que
Maduro diz querer curar, quando na verdade é o governo chavezista o seu maior
promotor.
A diretora da Controladoria
Geral revelou que desde o ano 2000 até hoje, 3.019 funcionários foram
condenados por "responsabilidade administrativa" por diferentes atos
de corrupção, dos quais 1.296 forma penalizados com destituição, desabilitação
e suspensão. "Dirão que esta cifra é pequena, mas é que até 2002 os órgãos
de controle interno não podiam declarar "responsabilidade
administrativa" a quem quer que fosse, senão apenas às autoridades máximas,
mas isso mudou" com leis que agora precisam ser 'unificadas', sob o
controle do executivo e se espera que Maduro o faça, caso sua petição seja
apoiada pelo suicídio coletivo do Legislativo venezuelano.
Se isso ocorrer, a corrupção
deverá se restringir apenas ao alto escalão da pequena burguesia do politiburo
de Caracas...
Na falta de farinha, meu pão primeiro... Parece ser a nova
filosofia do Palácio Miraflores que não admite competição em matéria de
corrupção.
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia
internacional), 01-10-2013
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