Valdemar Habitzreuter
Todos sabemos que por
democracia entende-se que o governo de uma nação é exercido pelo povo e para o
povo. Isto é, para o benefício de todos. É o bem-estar de todos o que importa e
não apenas a de uma minoria. É o povo que é o detentor do poder de governar
através de representantes eleitos por ele.
Portanto, para que haja uma
verdadeira democracia, ou seja, uma voz uníssona representativa da vontade do
povo – que dita o caminho certo de como canalizar e gerenciar o anseio popular
–, elege-se representantes que estão autorizados a legislar, ajuizar e executar
a voz do povo, ou seja, constituir uma sociedade pacífica e garantir os
direitos fundamentais do homem. Estes representantes são os guardiães do bom
funcionamento das relações humanas. Afinal, todos aspiram pelo ideal da paz
social. E estes guardiães são regiamente remunerados pelos cidadãos, através de
impostos, com a incumbência, portanto, de bem gerenciar a vontade geral do
povo, promovendo assim a verdadeira democracia.
No Brasil algo está errado. Nossa
democracia cheira à insipiência. Não podemos dar como desculpa o fato de ela
ser incipiente (agora com c), porque já faz 30 anos que a ditadura foi banida
do cenário político brasileiro. O que nos preocupa é ver nossos representantes
vociferar que estão laborando para defender os ideais democráticos. Mas me
parece que o que estão defendendo são ideais de interesses particulares e não o
bem-estar dos cidadãos.
A maioria de nossos políticos,
ou seja, nossos representantes, eleitos para administrar a 'coisa pública' – o
bem de todos –, não tem noção do que seja democracia. Não sabem o real sentido
de sua representatividade, e ignoram quem os revestiu do poder de legislar,
ajuizar e executar. O demos (povo) e kratos (poder) não lhes interessa mais,
uma vez revestidos do poder. A representatividade do poder do povo
transforma-se em exploração do mesmo povo. Tripudiam em cima daqueles que os
elegeram. Com o poder nas mãos transformam-se em traidores da boa vontade dos
cidadãos.
Nenhum dos três poderes de
nossa República escapa à crítica de menosprezo à vontade geral do povo e
violação de seus direitos. No legislativo promulgam-se certas leis vexaminosas,
cujo único interesse é salvaguardar interesses pessoais dos legisladores. No
executivo procede-se com igual desrespeito e ignomínia quando se trata de fazer
cumprir as leis para garantir os direitos do povo. O judiciário, por sua vez,
esbanja seu juridiquês vaidoso, sem resultado satisfatório e consistente em
seus julgamentos.
Não é preciso dar exemplos de
insipiência democrática de nossos representantes, pois pululam a olhos vistos
em todas as esferas da sociedade. Quantas pessoas injustiçadas por falta de
bons representantes que realmente cumprem suas tarefas de proteger os direitos
do povo! É difícil e altamente desgastante viver numa democracia assim em que o
povo é desamparado, desprotegido e vilipendiado em sua dignidade de cidadão.
A famigerada ideologia petista
socialista de um Brasil para todos é uma falácia, unicamente para fins
eleitoreiros. Não há aí um pingo de espírito democrático. A massa ignara, não
por culpa própria, mas por falta de programas educativos mais consistentes do
governo, é feito joguete nas mãos desses usurpadores do poder público. É
enganada com promessas de benesses que nada mais são que engodo para perpetrar
uma dependência psicológica a esses políticos desonestos que sinalizam por dias
melhores. Tudo é encenado como se estivéssemos vivendo num dos melhores mundos
possíveis e com um futuro ainda mais brilhante.
Se procurarmos a real situação
de milhares de pessoas Brasil afora, ficaremos estarrecidos pelo alto índice de
pessoas sofredoras, marginalizadas pelo poder público. São pessoas sem
evidência e, portanto, sem poder de se manifestar publicamente ou ter um canal
apropriado para defendê-los. Estas pessoas sofrem profundamente pela inaptidão
de nossos representantes que não tem escrúpulos de deixá-los ao Deus-dará.
Mesmo quando o clamor por
justiça de algum grupo chega aos ouvidos do governo, é logo abafado e tratado
como irrelevante. Haja vista as reivindicações dos ex-trabalhadores da Varig,
Transbrasil, Vasp e aposentados do Aerus que há oito anos são prejudicados em
seus direitos trabalhistas e que o governo não quer reconhecer; e foi
justamente o próprio governo – os representantes do povo – que infligiu tal
desgraça a esse grupo de trabalhadores.
A quem culpar por tal
desgoverno, isto é, por tal desvio de poder outorgado pelo povo aos nossos
representantes? Ao próprio povo? Em absoluto. Este é puro em suas intenções e
só quer o melhor para o nosso querido Brasil. Culpar os candidatos que se
apresentam a representantes do poder popular? Sim, aí sim, podemos transferir a
maior culpa a eles, se bem que não a todos. Os candidatos, que se apresentam, a
maioria tem um discurso, as mais das vezes, o mais atrativo possível, com
promessas mil de trabalhar em benefício do povo. Mas, uma vez no poder,
portam-se como vilões e traidores da voz do povo. Seu discurso de bom pastor
durante a campanha eleitoral transforma-se em traição ao rebanho aos seus
cuidados, deixando-o ao relento e sem proteção. São os bandidos de colarinho
branco, altamente prejudiciais à sociedade que se aproveitam do poder para seus
interesses próprios.

Urge que nós cidadãos formemos uma consciência política autêntica para identificar os bandidos e inimigos da democracia e confiarmos nosso poder aos verdadeiros democratas. Não é uma lula chafurdadora de lama das profundezas oceânicas que devemos ingerir para nossa saúde, como também não devemos dar ouvidos aos discursos lulistas mirabolantes, altamente nocivos à saúde da sociedade, pois destilam veneno e eliminam nossos ideais democráticos. Está na hora de dar um basta a esta democracia frágil e insipiente que está aí.

Urge que nós cidadãos formemos uma consciência política autêntica para identificar os bandidos e inimigos da democracia e confiarmos nosso poder aos verdadeiros democratas. Não é uma lula chafurdadora de lama das profundezas oceânicas que devemos ingerir para nossa saúde, como também não devemos dar ouvidos aos discursos lulistas mirabolantes, altamente nocivos à saúde da sociedade, pois destilam veneno e eliminam nossos ideais democráticos. Está na hora de dar um basta a esta democracia frágil e insipiente que está aí.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 21-12-2013
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