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Papa Francisco e Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, foto: Filippo Monteforte/AP |
Papa Francisco e Patriarca da
Igreja Ortodoxa assinam projeto de reunificação da cristandade. Dia histórico!
Embora por um lado seja muito bom uma reunificação que acontece depois de 1000
anos, por outro lado eu temo pelo que se tornou a Igreja Ortodoxa,
completamente infiltrada, aparelhada e controlada desde dentro por agentes da
KGB. Será que essa reunificação marcará um renascimento do cristianismo, ou
será que selará a submissão definitiva da Santa Sé ao movimento revolucionário?
O que vocês acham dessa notícia? Eu confesso que estou preocupado.
Diogo
Realmente. É preocupante,
mas como diz o Eclesiastes ‘não há nada de novo sob o Sol’.
A gênese do conflito entre Filhos
da Luz e os Filhos das Trevas perpassa os tempos. Breve memória
da gênese do Cristianismo:
“A variedade de seitas
judaicas e judaico-cristãs que floresciam no Oriente Médio era evidentemente
muito extensa e consideravelmente interrelacionada. Encontramos não só os
conhecidos fariseus, saduceus, essênios e nazoreanos, mas também os
elquesaístas, sampseanos, ebionitas, hemerobatistas, dositeanos, etc. O
empreendimento de catalogá-los e descrevê-los foi, como destacamos,
consequência direta do estabelecimento de uma ortodoxia cristã mais rígida.”
A Igreja preocupava-se
principalmente com os sectários judeus, considerados um perigo bem maior para
os seus dogmas. Os convertidos do judaísmo eram, por isso, cuidadosamente
peneirados e compelidos a repudiar quaisquer associações ou simpatias
anteriores.
Podemos citar parte de uma
profissão de fé de origem oriental exigida dos convertidos do judaísmo, anexada
ao Clementine Recognitions: “Eu anatematizo os nazarenos, os
teimosos, que negam que a lei dos sacrifícios foi dada por Moisés, que se
abstêm de comer coisas vivas e que nunca oferecem sacrifício. Eu anatematizo os
oceanos, os mais cegos dentre todos, que usam outras Escrituras que não a
Lei...” SCHONFIELD, Hugh. In A Odisséia dos Essênios
Assim, nos primórdios do
Cristianismo havia efetivamente uma Fraternidade, a dos Essênios,
cujas bases teológicas fundaram não só as religiões, mas também as
“Fraternidades Secretas”, daí as similitudes verificadas nas expressões
de Hillel, Yeshua, e também de Jesus e, se for além também
em Moisés, Buda (Gautama), Maomé (nem tudo, é claro), Buda, Confúcio, Zaratustra...
Nesse cenário de conflito
inter-religioso que vem dos primórdios do Cristianismo havia evidências
da existência de um Mestre o “Mestre Verdadeiro”, que exerceu as funções
de legislador e profeta e ‘combateu’ a lassidão e a apostasia religiosa.
Nesse sentido, uma das revelações
dos Manuscritos do Mar Morto foi efetivamente a existência de um
notável líder religioso venerado pelos essênios, cujo nome verdadeiro não foi
registrado, e até hoje não foi possível identificá-lo definitivamente com
qualquer indivíduo na História, sabendo-se, no entanto que foi um homem de
grande estatura moral e espiritual.
Sem nenhuma intenção
subliminar com a atualidade papal, me parece, em que pese o viés marxista
do papa Francisco, verifica-se um esforço sem precedente em cessar o histórico
conflito inter-religioso, pelo menos entre os cristãos. E isso é bom.
E, enquanto a “Santa Igreja
Católica Apostólica Romana” se mantiver como a maior organização
capitalista do Planeta, estamos salvos, não pela fé, mas da má-fé.
Texto: Rivadávia Rosa, 2-12-2014
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