Aparecido Raimundo de Souza
Aqui estamos nós, senhoras e
senhores, nessa merda que os conhecedores e entendedores de boa música chamam
de “Festival Lollapalooza”.
Teríamos um nome mais adequado, tipo “Festianimal Loccapavorooza”. Infelizmente, as pessoas, de um modo geral,
não têm ouvido apurado e preferem ouvir barulho.
O brasileiro, aliás, além de
não ter bom ouvido, igualmente não tem memória. O que é pior, não tem vergonha.
A prova é que em anos eleitoreiros, perde o caráter, o bom senso, a dignidade,
e vota no primeiro filho da puta que tem cara bonita e fala português correto.
Depois vêm as reclamações, as
greves, os ajuntamentos desenfreados que chamam de passeatas ou manifestações,
onde, na verdade, as intenções não são outras, senão a de atrapalharem quem
realmente quer trabalhar (e precisa). Sem falar nas palavras de desordem, que
sequer sabem qual o verdadeiro sentido ou significado.
No fundo, senhoras e senhores,
esses bárbaros (geração coca cola), ou “carne fraca”, agora em moda, são tão
tarados e apegados às suas imbecilidades interiores, que se entregam, de corpo
e alma às sandices e insensatezes e, com elas, passam a conviver até o dia do
derradeiro suspiro.
Vemos aqui reunidos, em torno
de enormes palcos, uma multidão a se perder de vista. Na maioria, jovens
adolescentes, variando a idade entre os quinze e dezoito anos.
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Foto: ToveLo - MROSSI
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Claro que temos também
senhoras e senhores. Jovens. Contudo, prevalece aquela linhagem dos moleques e
garotas, meninos e meninas que, deslumbrados pelos “artistas” que vão se
apresentar (artistas??!!) se agrupam, se associam, se irmanam como cupins
inocentes diante de possantes lâmpadas assassinas.
Em outras palavras, uma imensa
aglomeração de pervertidos sem eira nem beira, nas mãos de uma minoria que
enche os bolsos às expensas de desvairados e lunáticos paranoicos.
Festianimal Loccapallooza, por
ser em Interlagos, nos remete àquele vagabundo ex-ministro Toninho Pallocci
que, comentam por debaixo dos panos, comprou um dos carros que pertenceram ao
piloto Ayrton Senna, para servir de enfeite em seu apartamentinho de pobre num
bairro humilde aqui em São Paulo.
O loft era tão pequeno, tão
minúsculo, que o Paloççi (ou Palhaçço) precisou remover a sua cama do quarto
principal e colocar no dormitório junto com o porteiro do prédio.
Enquanto um dava um duro
desgraçado e dormia o sono dos justos, o outro cuidava de receber propina da
empreiteira Odebrecht para interferir em decisões tomadas pelo desgoverno
“fedemal”. Tanto é verdade, que realmente, fedeu.
Paloccis e palhaços de lado,
vamos curtir a palhaççada do Festival. Por aqui já passaram o rapper Criolo,
Cage the Elephant e Bruna Marquezine [foto], que ao chegar no autódromo, fez mais
sucesso que Glass Animals.
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Foto: Thiago Duran/AgNews |
É essa a geração de otários e
manés, que exibem vocabulários esdrúxulos, chapéus e bonés esquisitos, pernas,
braços, costas, caras e bundas tatuadas que nos representará amanhã, no
“SenNado”, na “Câmarará”, na “Suplema Curte” e, quem sabe até na cadeira de
“maunistro” e “presidoente”.
No geral, amadas e amados, uma
descendência de cabeças ocas e nada no rabo de bosta consistente, para cagar e
feder, em nossos narizes, de maneira mais amena e menos fedorenta.
AVISO AOS NAVEGANTES:
SE O FACEBOOK, CÃO QUE FUMA, PARA LER E PENSAR OU OUTRO SITE
QUE REPUBLICA NOSSOS TEXTOS, POR QUALQUER MOTIVO QUE SEJA, VIEREM A SER
RETIRADOS DO AR, APAGADOS OU CENSURADOS PELAS REDES SOCIAIS, O PRESENTE ARTIGO
(COMO OS DEMAIS QUE FOREM PRODUZIDOS), SERÁ PANFLETADO E DISTRIBUÍDO NAS
SINALEIRAS, ALÉM DE INCLUÍ-LO EM NOSSO PRÓXIMO LIVRO “LINHAS MALDITAS” VOLUME
3.
Título e texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista. De
Interlagos, São Paulo – diretamente do “Lollapalooza”, 26-3-2017
Colunas anteriores:
Interessante, ontem mesmo no carro ouvindo Willie Nelson, pensava a mesma coisa. A musica soava bem aos meus ouvidos com sua melodia delicada.
ResponderExcluirAo contrário pensava enquanto isso o que as pessoas poderiam achar desses festivais de gritos de horror, música vagabunda sem pé nem cabeça e posicionamento à frente de um palco enlouquecido, onde se tirar o pé do chão não volta mais ao lugar.
Parabéns pela sua crônica
José Manuel
A MÚSICA É UMA DAS MAIS COMPLEXAS REALIZAÇÕES DA MATEMÁTICA.
ResponderExcluirTODOS USAM A ESCALA DECIMAL.
COMPUTADORES A BINÁRIA E A HEXADECIMAL CHAMADA WORD,ESCALA 32 CHAMADA DOUBLE WORD E A ESCALA 64 CHAMADA DE QUADRA WORD.
A ESCALA MUSICAL É 12 CHAMADA DE CROMÁTICA QUE PODE TER MILHÕES DE COMBINAÇÕES HARMÔNICAS.
PORÉM HÁ MILHÕES DE COMBINAÇÕES IMPOSSÍVEIS.
MÚSICA É SEMPRE HARMÔNICA, UMA NOTA FORA DESSA HARMONIA É NOTADA.
MÚSICA É SIMPLESMENTE MARAVILHOSA.
AGORA...
As batidas das baterias são complementos de compasso.
BATERIA NÃO FAZ MÚSICA, FAZ COMPASSOS.
AS LETRAS DAS MÚSICAS É QUE AS TORNAM MAIS BELAS OU HORROROSAS.
LETRAS SÃO COMPLEMENTOS.
MÚSICA É SEMPRE MÚSICA.
Escrever, comentar, criticar, como crônica ou como um texto qualquer que seja, não é necessário ter uma "diarreia verbal", o universo das palavras é tão grande.
ResponderExcluirQuando há comentários, me interesso pelo texto.
A leitura, entretanto, tem que ser, em princípio, no mínimo um pouco agradável. Palavrões na euforia de comentar ou se expressar, não curto! Não sou careta não.
Os jovens, mundialmente, frequentam estes shows musicais, isto não é só aqui no Brasil, a juventude é esta, é o futuro das Nações.
Realmente, Música é Música, há todos os estilos.
Heitor Volkart