Reinaldo Azevedo
O PCO é uma das seitas de extrema-esquerda
que infernizam a vida da Universidade de São Paulo. Trata-se de um partido tão
expressivo, mas tão expressivo!, que obteve nas eleições presidenciais de 2010
a fabulosa soma de 12.206 votos!!! Para vocês terem uma idéia, este blog tem de
leitores, POR DIA, mais de dez vezes o número de eleitores do… PCO!!!
Prestem bem atenção! 12.206
votos! Para um partido ser criado, a legislação atual exige que o requerimento
de registro seja assinado por, no mínimo, 101 fundadores, com domicílio
eleitoral em pelo menos nove estados brasileiros. Além disso, é preciso o apoio
de 0,5% dos eleitores, considerado o total de votos válidos da última eleição
para a Câmara, distribuídos por um terço dos estados. Vocês lembram a encheção de
saco que foi a criação do PSD, que já nasceu como o terceiro partido na Câmara.
Havia gente querendo conferir nome por nome da lista… Já o PCO, que não tem um
só parlamentar, que recebeu pouco mais de 12 mil votos na disputa presidencial
— insuficientes para eleger vereador em cidades de médio porte —, é, no
entanto, um partido que nunca teve a legalidade questionada, com acesso ao
fundo partidário, garantido pelo estado burguês com o qual a sigla promete
acabar…
Ai, ai…
Pois é! O PCO está entre os
golpistas da USP.
Enviam-me um texto desta seita
que traz algumas preciosidades como esta:
“Um fato absurdo, intolerável,
precisa ser amplamente discutido e esclarecido entre os estudantes que estão
lutando contra a Polícia na USP, os processos contra estudantes e funcionários
e a ditadura do reitor-interventor João Grandino Rodas. Trata-se do fato de que
a direita está tentando se infiltrar no movimento estudantil por meio de uma
cobertura pseudo-democrática, a chapa Reação, lançada para as eleições do DCE”
Entenderam?
A chapa “Reação”, que se
inscreveu para disputar eleições, como qualquer outra, segundo o PCO, deve ser
proibida de participar do pleito. Ele seria um assunto privado, a ser decidido
só entre esquerdistas. E o que dizer da estupidez de chamar o reitor de
“interventor”. ELE ESTÁ SEGUNDO AS REGRAS DO ESTADO DE DIREITO. Interventora é
a atual direção do DCE, que prorrogou o próprio mandato.
Num outro trecho do texto, o
PCO afirma que a possibilidade de a chapa “Reação” vencer é “uma operação para
destruir o DCE Livre da USP”, o que, segundo eles, “deve ser impedida por todos
os meios necessários pelos estudantes”.
Como é que é?
“Todos os meios necessários?”
Também os armados? O PCO está achando que já liderou e já venceu a revolução e,
por isso, pode impor a sua vontade?
Eis aí, maioria silenciosa da
USP! Um partido que obtém menos de 0,01% dos votos na eleição presidencial, que
não elegeria vereador em Xiririca do Mato Dentro, que vive do que consegue
amealhar do Fundo Partidário (o nosso dinheiro), que é desconhecido dos
brasileiros, acredita que pode impor a sua vontade na universidade e impedir os
estudantes de realizar eleições.
Por quê? Porque, a exemplo do
que já viu na UnB e na UFMG, os estudantes de verdade estão com o saco cheio de
seus seqüestradores e decidiram se libertar.
Quem quer impedir, “por todos
os meios”, que a lei se cumpra precisa é de polícia, não de política.
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, 25-11-2011
Reinaldo, esse é o modus - faciendi, operandi e vivendi - no Brasil e... all over the world! Ah, e eles são muito "solidários"!
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