O ídolo Felipe foi escolhido pelo
presidente Pedrinho como diretor técnico da SAF, mas processo contra o Vasco da
Gama gerou dúvidas
Willams Meneses
A notícia de que Felipe “Maestro”, ex-jogador e ídolo do Vasco, foi contratado como diretor-técnico levantou uma discussão: ele pode assumir um cargo na diretoria da SAF mesmo com um processo aberto contra o clube na Justiça?
Felipe, 42 anos, processou o
Vasco por dívidas relativas à sua última passagem como jogador pelo clube,
entre 2010 e 2012. Na ocasião, disputou 110 partidas, com 13 gols marcados, e
foi campeão da Copa do Brasil 2011.
Ele já recebeu pouco mais de
R$ 4,7 milhões dessa dívida. No momento, o processo está sob os cuidados do
Tribunal Superior do Trabalho (TST) porque o clube e os advogados do ex-jogador
discordam sobre o valor que deve ser pago a título de multa e juros de mora:
Felipe cobra cerca de R$ 2,4 milhões, enquanto o Vasco acredita dever não mais
que R$ 260 mil.
Indicado por Pedrinho, seu
amigo e aliado, Felipe foi contratado pela SAF do Vasco e vai atuar ao lado do
executivo Pedro Martins, reportando-se ao Conselho de Administração da empresa.
O estatuto da SAF, em seu artigo 12, diz que “não poderá ser integrante do Conselho de Administração, Conselho Fiscal ou Diretoria da SAF Vasco pessoa natural que seja, direta ou indiretamente, anteriormente à sua eleição e posse, parte de algum procedimento judicial ou arbitral contra a SAF Vasco ou contra o CRVG”.
O ge solicitou uma posição do
Vasco associativo, que no momento detém o controle da SAF graças à liminar
obtida na Justiça três semanas atrás. Em resposta, Felipe Carregal Sztajnbok,
vice-presidente jurídico do clube, disse não haver qualquer problema.
– Não existe nenhum
impedimento em relação à contratação do Felipe. Nem na lei, nem no Estatuto
Social da SAF. O Estatuto Social da SAF, inclusive, é claro no sentido de que o
impedimento elencado no inciso “vii” do art. 12 se aplica, apenas, aos diretores
estatutários, ou seja, aqueles eleitos pelo Conselho de Administração e com
poderes de administração e gestão (arts. 21 e seguintes do Estatuto Social da
SAF). Não é, evidentemente, o caso do Felipe – disse Carregal ao ge.
A Diretoria da SAF do Vasco
tem três cargos estatutários: Diretor Presidente, Diretor Financeiro e Diretor
de Futebol.
Internamente, o Vasco se apega
ao exemplo de Abel Braga, que ocupou durante um ano (de dezembro de 2022 a
dezembro de 2023) a cadeira de diretor-técnico enquanto cobrava aproximadamente
R$ 1,5 milhão do clube na Justiça.
Fonte: Globo Esporte
Título e Texto: Willams Meneses, Vasco Notícias, 4-6-2024
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