Um recado a Alexandre de Moraes — sob o olhar da
História
Como professor, historiador e
analista político, observo o cenário nacional com a distância que apenas o
tempo costuma oferecer. E há algo evidente: o destino de Jair Bolsonaro e o de
Alexandre de Moraes já está sendo escrito nas páginas que em breve a História
registrará.
Nos últimos anos, Moraes
assumiu um protagonismo que transformou seu próprio cargo em confinamento. Seu
gabinete, antes símbolo institucional, tornou-se uma fortaleza não por excesso
de poder, mas por ausência de paz. Quem governa pela caneta vive sob o peso de
cada decisão. O cargo permanece; a tranquilidade, não.
Bolsonaro, por outro lado,
ocupa um lugar singular no imaginário político do país. Não depende de cargo
nem de aparato estatal. Onde chega, o povo o reconhece e o projeta. Sua força
não nasce de um gabinete, mas da identificação social — e esse tipo de poder o
Estado não controla.
Enquanto isso, o STF enfrenta
desgaste de credibilidade perante parcela crescente da população. Toda decisão
controversa reforça a percepção de desequilíbrio e alimenta a desconfiança.
Instituições pagam caro quando ultrapassam a linha sutil entre autoridade e
excessos.
A História não se escreve com
caneta, mas com memória coletiva. E essa memória costuma ser implacável.
E no fim, fica a pergunta que
sintetiza a inversão simbólica deste tempo:
Quem prendeu quem?
De um lado, a figura política que segue livre na consciência de milhões. Do outro, o magistrado que, mesmo no topo do poder, parece cada vez mais cercado pelas próprias decisões. A frase provoca porque revela o verdadeiro laboratório do poder: quem o exerce — e quem, no fundo, está aprisionado por ele.
Deus te abençoe.
Título, Imagem e Texto: Prof. Jorge Leibe, Facebook, 25-11-2025

O dinheiro falou mais alto. Só isso. Dinheiro tem voz, presença, status, sede de Poder. Se quiser posso enumerar mais atributos à ele.
ResponderExcluirCarina Bratt, de Atafona, no Rio de Janeiro.