Vasco da
Gama volta a empatar com o Botafogo no tempo normal e leva vaga para as semis
da Copa do Brasil nos pênaltis
Altair Alves
Não foi uma partida do jeito
que Fernando Diniz costuma planejar para sua equipe. O Vasco teve menos a bola
que o Botafogo, sofreu quase o triplo das finalizações que destinou contra a
meta rival, perdeu titulares importantes ao longo do jogo. Mas mostrou-se
resiliente. Suportou a pressão anfitriã, não deixou de somar boas finalizações,
e carimbou a vaga para a semifinal na decisão por pênaltis.
Além do aproveitamento
perfeito nas cobranças, com direito a Robert Renan encerrando a série, o
Cruzmaltino teve novamente a capacidade e a estrela de Léo Jardim a seu favor.
O goleiro pegou o chute de Alex Telles em seu canto direito, logo na abertura das
cobranças, e pela quinta vez desde que chegou ao clube viu o Vasco se
classificar em um confronto eliminatório com suas defesas.
Escalações
Davide Ancelotti preservou
Vitinho, em função do jogo com a seleção em El Alto. Mateo Ponte foi o titular
da lateral-direita. Surpreendeu ao manter quase os mesmos jogadores do meio
para frente da goleada sobre o Bragantino. Newton fez dupla de volantes com
Marlon Freitas. Santiago Rodriguez e Jeffinho partiram dos lados do campo.
Savarino ficou no banco e Corrêa foi o meia-central.
Já Fernando Diniz contou com
os retornos de Paulo Henrique e Tchê Tchê. Cuesta ainda não pôde ser
regularizado. Hugo Moura e Lucas Freitas formaram a zaga. Cauan Barros foi o
volante mais recuado.
O jogo
Os primeiros 49 minutos de partida no Nilton Santos entregaram a fervura esperada de um clássico que define vaga nas semifinais da Copa do Brasil. Apesar de ter saído atrás no placar, o Botafogo foi superior na maior parte do 1º tempo e conseguiu empatar antes do intervalo. Poderia ter, inclusive, virado na sequência de contragolpes e cruzamentos perigosos feitos na reta final da etapa.
O Glorioso tomou a iniciativa.
Mexeu a bola com mais velocidade nos instantes iniciais, subiu a marcação e
levou perigo em duas chegadas na área vascaína. Léo Jardim trabalhou em
cabeçada de Barboza e quase foi driblado por Jeffinho, que perdeu o controle da
bola na sequência. Aos poucos, porém, a volúpia dos donos da casa foi se
confundindo com afobação, e o Cruzmaltino cresceu.
Em um ritmo um pouco mais
cadenciado, os visitantes se reuniram mais vezes para trocar passes pelo lado
esquerdo. Conseguiram adiantar brevemente o bloco de marcação também. Logo
depois de perderem o lesionado Tchê Tchê para a entrada de Mateus Carvalho,
chegaram ao gol que abriu o placar com Nuno Moreira.
Coutinho sofreu falta de
Barboza em contragolpe pelo meio e ele mesmo bateu a falta com efeito no ângulo
esquerdo. Neto vacilou e rebateu mal. O português não perdoou. O Botafogo viveu
cerca de 15 minutos de muita desordem. Correu o risco de levar o segundo em
finalização de Rayan da entrada da área, mas o Cruzmaltino não foi criativo em
um momento crucial da partida.
Faltou ao Vasco ter mais posse
de bola perto da área, encaixar suas combinações e finalizar os ataques. De
quebra, passou a sofrer com alguns contragolpes do Glorioso. Jeffinho, um dos
melhores em campo na 1ª etapa, levava vantagem sobre Paulo Henrique. Joaquin
Corrêa e Santi Rodriguez aumentaram o nível de acerto.
Arthur Cabral passou a ser
mais acionado nessas transições rápidas ou em cruzamentos para a área. Foi a
combinação para enfileirar ataque perigosos e empatar. Joaquin Correa foi
derrubado por Léo Jardim dentro da área após ótima trama de Jeffinho e Santi
Rodriguez.
Alex Telles converteu o
pênalti e deixou tudo igual no placar. Lucas Freitas impediu um gol de Joaquin
Correa na sequência. Mateo Ponte e Arthur Cabral também assustaram. Lucas Piton
sentiu e não voltou para o 2º tempo. Puma Rodriguez jogou improvisado na
esquerda.
O Botafogo seguiu melhor no
início da 2ª etapa. Retomou o controle da posse e foi menos precipitado para
circular a bola. De forma mais clara, apresentou uma estrutura baseada em Alex
Telles trabalhando mais perto dos zagueiros. Jeffinho e Mateo Ponte oferecendo
amplitude ao time, e Santi Rodriguez se aproximando de Correa e Cabral por
dentro.
Ancelotti pôs Vitinho e
Savarino em campo antes dos 15 minutos. Mateo Ponte e Joaquin Correa saíram. O
Vasco voltou a crescer na sequência, reter a bola na frente, e chegou muito
perto de retomar a frente no placar. Philippe Coutinho fez boa jogada em cima
de Barboza e bateu por cima. Logo depois, recebeu o cruzamento rasteiro de
Paulo Henrique e finalizou pra fora.
Por questões físicas, os dois
treinadores voltaram a mexer em suas equipes na metade da 2ª etapa. Jeffinho e
Santi Rodriguez cederam espaço a Matheus Martins e Artur. Philippe Coutinho,
que vinha muito bem no jogo, deu vaga a Matheus França. Savarino e Barboza
assustaram Léo Jardim e inauguraram um novo período de pressão anfitriã na
partida. E desta vez com o Vasco muito retraído.
Assim transcorriam os últimos
minutos. O Cruzmaltino perdeu a capacidade de retenção de bola no ataque sem
Coutinho. Não tinha mais capacidade física para puxar contragolpes e era
bastante acossado pelo Glorioso. Robert Renan e David foram as últimas cartadas
de Diniz nas vagas de Mateus Carvalho e Nuno Moreira. Hugo Moura foi jogar de
volante.
Artur sentiu uma lesão e
precisou sair. Chris Ramos foi o último suplente do Botafogo a entrar em campo.
O Cruzmaltino passou por mais um susto na finalização de Matheus Martins na
entrada da área, mas voltou a respirar depois dos 40 minutos e assustar os
donos da casa. As mexidas funcionaram. Vegetti e Rayan fizeram Neto trabalhar
em defesas seguras. Um novo gás ao time!
O empate persistiu e a
definição dos semifinalistas aconteceu nos pênaltis. Léo Jardim defendeu a
cobrança de Alex Telles logo de cara. Robert Renan bateu o derradeiro para o
Vasco e converteu. Vegetti, Rayan, Puma Rodriguez e Matheus França também fizeram.
Pelo Botafogo, não adiantou Savarino, Matheus Martins e Marlon Freitas
concluírem.
Fonte: Globo Esporte
Título e Texto: Altair Alves, Vasco Notícias, 12-9-2025
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