quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Executivos da banca revelam pressão dos regimes Biden e Obama para bloquear contas bancárias de opositores políticos

Paulo Hasse Paixão

Na sequência do decreto do presidente norte-americano Donald J. Trump, que proíbe o bloqueio de contas bancárias por razões políticas, altos executivos bancários alegaram que os regimes de Barack Obama e Joe Biden pressionaram as instituições financeiras a cortar serviços a indivíduos e empresas com base nas suas posições ideológicas.

A prática de encerrar contas bancárias ou negar serviços, muitas vezes sem explicação e que tem ocorrido principalmente no Canadá, nos EUA e no Reino Unido, tem atraído críticas crescentes de conservadores e grupos religiosos nos últimos anos. Embora em certos casos estas ações sejam feitas ao abrigo de regulamentos contra a lavagem de dinheiro, estão, no entanto, a ser implementadas como arma de combate político e censura.

Dois executivos anónimos de grandes bancos dos EUA afirmaram que os reguladores exploraram leis federais ambíguas para pressionar os bancos a negar serviços. Eles apontaram programas como a “Operação Choke Point”, lançada durante a administração Obama, para combater indústrias propensas à fraude. Essa pressão, segundo eles, continuou durante o regime Biden.

Um dos denunciantes afirmou:

“Essas pressões eram muito, muito reais. Quando o regulador dá uma sugestão, não é uma sugestão, é uma ordem. As questões políticas são muito reais, essas pressões são reais.”

A ordem executiva que o presidente Trump assinou contra esta prática totalitária instruiu as agências federais a investigar alegações de encerramento de contas bancárias por motivos políticos.

O JPMorgan Chase e outras grandes instituições financeiras atualizaram as suas políticas internas, afirmando que não encerram contas com base na filiação política. Ainda assim, os executivos bancários afirmaram que os reguladores continuam a pressioná-los para sinalizar “atividades suspeitas”, procedimento que pode resultar indiretamente no encerramento de contas bancárias.

Os próprios negócios de Trump tornaram-se objeto de um caso de encerramento de contas bancárias de grande visibilidade. Em março de 2025, a Trump Organization processou a Capital One, alegando que mais de 300 contas comerciais foram encerradas em 2021 devido a “crenças woke infundadas”. O processo alegava que o banco acreditava que “a maré política do momento favorecia tal medida”. A equipa de Trump disse que os encerramentos causaram “prejuízos financeiros consideráveis”.

No Reino Unido, o líder do Reform UK, Nigel Farage, viu a sua conta bancária bloqueada pelo Coutts, que alegou que as suas opiniões eram “incompatíveis” com os valores do banco. Após reação pública e uma tentativa de enganar a imprensa sobre os motivos do encerramento da conta, o banco pediu desculpas e pagou a Farage uma indemnização.

Na Alemanha, o Berliner Volksbank encerrou a conta de donativos do partido de oposição antiglobalista, AfD, na sequência de uma petição apresentada pelo grupo “Avós contra a Direita”.

O silenciamento da dissidência política pela destituição financeira dos cidadãos não passa exclusivamente pela banca. Durante a pandemia, Peter Thiel, na altura CEO da PayPal, mandou fechar contas de influenciadores que se opunham à narrativa regimental, impedindo-os assim de tirarem rendimento do seu trabalho.

Título, Imagem e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 24-9-2025 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-