Nús
Não há sombra, o calor racha as pedras,
Mas, ninguém chora estas perdas…
Os homens reclamam, do calor, do vento,
Num rumoroso e constante lamento,
Um vento que não pára, uivante,
Como num harpejo dissonante
Varrendo os montes desolados,
Transformados pelo Homem a seu contento.
Que ser é este que destrói a Criação?
Nunca satisfeito, com nada,
De tudo fazendo tábua rasa,
Escravo do dinheiro e do prazer,
Arauto de uma voraz desolação.
Selva de pedra
O chão era de nuvens,
Fofas como algodão,
Nada era real,
Nada o foi desde então.
O médico dera a sentença,
O júri tinha decidido,
Sem engano, nem apelo,
Era morte, a pena capital.
Eu estava lá, no tribunal,
(Ou era hospital?)
Já não me recordo bem,
Do dia em que condenaram,
À morte a minha mãe.
João Franco
Anteriores:
Para merecer a poesia + Pastoral
Um Deus + A Liberdade
A Palavra + O Sol
A Noite + As Aves
A Estrela + A Casa
A Flor + A Terra
Fofas como algodão,
Nada era real,
Nada o foi desde então.
O médico dera a sentença,
O júri tinha decidido,
Sem engano, nem apelo,
Era morte, a pena capital.
Eu estava lá, no tribunal,
(Ou era hospital?)
Já não me recordo bem,
Do dia em que condenaram,
À morte a minha mãe.
João Franco
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