Aparecido Raimundo de Souza
Juramos, por breves desvios da
realidade que estávamos vivendo num país de homens sérios. Chegamos a botar fé
nesses calhordas. E por essa “fé-de-mais” inabalada e fajuta, brega e sem noção
ter sido em demasia, acabamos todos emporcalhados e fedidos. Perdão fodidos.
Tomamos em nossos rabicós de verde e amarelo. As “urnas eletrônicas”, ou as
delicadas “ur”I”nas, melhor dito, as intocáveis e virginais donzelas, viraram moedas
de trocas. Deixaram de ser coisas sagradas, invioláveis e mandaram para a casa
do caralho, as garantias das blindagens. Por momentos pareceram livres de criaturas
funestas e de hackers de sindicatos e carteirinhas do “Papai Trambiqueiro”.
Por breves cochilos também repetimos,
como todos os brasileiros que amam de peito aberto e o coração em festa, a sua
Terra Mãe, a ponto de, no calor da emoção sentida, darmos “vivas ao brazzzil
dos brasileiros”. Dos brasileiros?! Vamos rir?.
Kikikikikikikikikikikikikikikikikikiki! Engolimos goela abaixo, como favos de
mel, logo em seguida, as melopeias (6) disfarçadas, saídas dos armários das
putas que as pariram. As meretrizes seguiram assanhadas. Doidivanadas (7). Por
conta da nossa estupidez galopante, nos deixamos ser levados, ao deus dará,
pelas ditas cantilenas sonoras e desconcertantemente abruptas dos
inescrupulosos “desconhecidos”. Desde então, ou desde sempre, o brazzzil deixou
definitivamente de ser o nosso brazzzil.
Seus donos, em dias de hoje, são os empolados e vigaristas, os “pinguinsfachins” (8), ou mais precisamente, o gostosão Lex Luthor da Corte Suprema. Igualmente nos envolvemos nas malhas dos ocultos malignos. Nos deixarmos ser aferrolhados, tiranizados. Nos tornarmos bestas-cargas de cargas bestas, encadeadas em desvãos escuros e encobertos pelas ousadias sem limites dos “Resguardados”, usque dos “Pilantras” que venderam e barganharam as próprias mães para conseguirem chegar onde desejavam. Vejam, senhoras e senhores, no que deu. Com isso, os puros de espírito, os que tinham e ainda têm sangue nas ventas (logicamente fazemos aqui referências aos cidadãos que morreriam pelo país, se preciso fosse), sinalizamos evidentemente os saudosos de cabelos brancos, os verdadeiros donos de uma Fidelidade que veio com eles, nas bolsas, trazidas dos tempos dos berços.
Por essa gente que anda de
cabeça erguida, conseguimos sobreviver. Por um tempo ínfimo. Os machos de
verdade, os que verdadeiramente honram os colhões pendurados nos meios das
pernas. De repente, apesar de todos os cuidados, do nada, num resvale
pecaminoso, nos deparamos diante do fracassado e asqueroso “Estado Demoniacrático
de Direito”. A bem do que restou, sabemos, agora, tardiamente, que o suposto “Estado
Democrático de Direito” é uma farsa, um embuste, uma pantomina (9), uma
baldroca (10), uma doença incurável. Não existe vacina, não existe antídoto ou remédio
para livrá-lo desse mal. Não agora. Antes, até poderíamos pensar numa espécie
branda de analto (11). Tal calamidade, com o passar dos dias, se agigantou, se
fez incubada como bicha louca enrustida em armário de motel de beira de estrada.
Estúpidos e retardados, levamos
à sério uma outra rameira. A constituição intátil (12). Idolatramos a porra da carta
magna (que de magna não tinha ou melhor, nunca teve bosta nenhuma). Somos agora,
reféns de uma nação opressora, que jurava, de bundas e pregas juntas, ser séria
e transparente. Abonamos esses “cus” melecados, levados pela cegueira aparvalhada,
crendo em figuras puras e virginais. Santas perfeitas e justas, milagrosas e ordeiras,
a ponto de (se cagassem ou peidassem), num piscar de pálpebras, engoliríamos
como prodígios vindos não do céu, dos altos muros do Vaticano. Assombros de
fazer até Deus coçar a cabeça. Pasmem, senhores! Chegamos a sonhar (voltando a
bater na mesma tecla), chegamos a gozar antecipadamente em bocetas largas que as
queridinhas “urnas eletrônicas” estavam acima das figuras das deusas do Olimpo.
As filhas da puta se fizeram
arrombadas. As vadias deram seus diplomas de castas para quem pagou mais. Se
tornaram, assim, “Osujas” (13). Por um segundo de asnática idiotia, veneramos (desconfiando,
verdade seja dita), idolatramos erroneamente uma esperança truncada, um porvir
mutilado, abscondido (14), como se realmente estivéssemos diante de uma eleição
séria, honesta, transparente, verdadeira, positiva, decente, asseada, impecável
e íntegra. Sobretudo, incorruptível. Ufa! Ledo engano! Passado o clamor uníssono e espetaculoso do gigantesco
circo armado pelos palhaços encabeçados por um plantado Orlando Orfei dos
tempos da brilhantina, descobrimos, tardiamente, que os bufões, os girafales,
os carequinhas, os arrelias, os patatis e patatás, os chaves e os didis da vida,
não eram eles. Fomos nos. Aliás, SOMOS NÓS. E continuamos...
Os figuraços do tal STE, os e
as gargantas largas de meia tigela, os (Satanases e Trastes Espertalhões) entre
outras desgraças e cânceres de iguais portes (que apregoaram as purezas e as probidades
das invioláveis “urnas eletrônicas” nos deram um “belo chapéu”. Bem sabemos e
tal atitude ficou clara, os Poderosos do Epicentro montaram uma representação impecável,
magistral, divina e esmerada, de modo a nos impressionar. E ficamos embasbacados,
de queixos caídos. Saímos dogabobados (15). Tomamos em nossos surrados cuzinhos
pobres e sofridos traseiros um imensurável ferro em brasa. Atônitos, as línguas
de fora, às semelhanças esquizofrênicas de Einstein estamos à deriva, “titanicqueando”
(16), sem eira nem beira. Logo soçobraremos.
Em resumo, nesse momento de puras lamentações, chafurdamos num mar infindo de lamas fedorentas. Enxovalhamos num oceano imenso de excrementos. Na verdade, vamos todos (passagens só de ida), para o fundo de um poço negro. Um buraco de profundidade abissal, maior que o da camada de ozônio. Não importa o tamanho da merda da pica no buraco. Se negro, branco, vermelho, laranja, abissal ou assemelhado ao da camada de ozônio. A trolha enfiada não faz diferença. Jamais voltaremos. As queimadas da Amazônia (já ouviram falar??!!), perto dele... dele quem??!! (do buraco, seus Manés), se assemelham a um amontoado de apostas por debaixo dos panos de trocentas corridas de rinocerontes enfurecidos. Um doce de banana embrulhado em papel celofane com figuras de rosinhas weber para quem adivinhar quem são os rinocerontes.
Notas de rodapé:1) Leirados – O mesmo que sulcado, tipo abrir sulcos ou buracos na terra.
2) “In”mancháveis – Que não pode ser manchado, sujado ou emporcalhado,
3) Enegrecencias – Que não podem ser escurecidas ou nubladas.
4) Achavascamentos – Ridicularizações ou brincadeiras de gosto duvidoso.
5) Maledicências – Críticas, alfinetadas e mexericos.
6) Melopeias – Melodia monótona, toada sem graça.
7) Doidivanadas – Pessoas imprudentes e levianas.
8) “Pinguinsfachins” – Mistura feita da bosta do Pinguim com as fezes do mi”SI”nistro Fachin.
9) Pantomina – Representação teatral.
10) Baldroca – Engano fraudulento ou trapaça de grande monta.
11) Analto – Uma enfermidade ou doença que não tem cura, mas pode ser tratada.
12) Intátil – Mesma coisa que intangível, ou que não se pode tanger ou golpear.
13) Osujas – Pessoas e coisas sujas.
14) Abscondido – Tudo o que está escondido ou ocultado.
15) Dogabobados – Criaturas burras e sem noção da realidade.
16) Titanicqueando – Soçobrando ou afundando igual ao Titanic.
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Que vergonha!!
ResponderExcluirMarcos Cintra, em depoimento à PF: ‘Fui induzido ao erro’
Com todo respeito: Marcous Cinta, desculpe, Marcous Crintra. Nome complicado a gente leva um tempo para pronunciar direitinho. Pois bem! Certamente o cidadão "centriu" que iria perder uma boa graninha (apesar de ser economista) claro, preferiu fazer o papel de imbecil diante da "PF". "PF" significa (Pato Feito ou Prato Feio). Perdão, "PF se traduz por "Puliça Fedemal". Voltando ao "onesto" Marcador de Cintra, antes um imbecil com dinheiro nos bolsos que depor diante dos "omes" da lei e ser taxado, a depois, e acabar mal visto pela turma que sabotou (desculpem mais uma vez pela franqueza), que sacaneou as pobres e indefesas urnas. No "brazzzil" ser homem não é ter três colhões. Ser homem é ter dois mas não sair por ai como estou cansado de ver, enrabado com um monte de seguranças em suas costas. Se der um peido, o segurança logo à retaguarda cheira, sorri e pede a benção. No meu tempo de jovem, andar com rinocerontes às costas, tinha outro nome.
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza
Da Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro.