Paulo Hasse Paixão
Haroon Aswat [foto], um jihadista que admitiu ter participado nos ataques terroristas de 11 de Setembro nos Estados Unidos e nos ataques terroristas de 7 de julho no Reino Unido, está prestes a ser libertado, e numa audiência no Royal Courts of Justice de Londres, em Abril, cuja transcrição só foi obtida recentemente pela imprensa, o juiz do Supremo Tribunal, Sir Robert Jay, desejou, desavergonhadamente, “tudo de bom” ao criminoso.
A ligação de Aswat aos
atentados de 7 de julho de 2005 — em que bombistas suicidas atacaram três
comboios do metrô e um autocarro de dois andares, matando mais de 50 pessoas e
ferindo cerca de 800 — foi descoberta através de registros telefônicos,
enquanto a sua ligação ao 11 de setembro foi provada por documentos
pertencentes ao principal planeador do ataque, Khalid Sheikh Mohammed, num
esconderijo paquistanês.
O terrorista tentou também
montar um campo de treino jihadista no Oregon, tendo participado anteriormente
numa unidade análoga no Afeganistão, em colaboração com o notório jihadista Abu
Hamza.
Extraditado para os Estados
Unidos para enfrentar acusações americanas em 2014, depois de o Tribunal
Europeu dos Direitos Humanos ter inicialmente bloqueado a transferência,
declarou-se culpado, mas foi devolvido ao Reino Unido em 2022. Atualmente, está
detido no Hospital Real Bethlem, no sul de Londres, mas está agora pronto para
ser libertado depois de pouco mais de dez anos de cativeiro, com documentos
judiciais a indicar que pretende ficar com familiares em Batley, West
Yorkshire. Nem sequer será submetido ao uso de uma pulseira electrônica, devido
a uma disposição legal britânica relacionada com condenados com problemas
psiquiátricos.
Ou seja: Aswat será recompensado por ser um assassino demente.
O Comando Antiterrorismo da
Polícia Metropolitana expressou “graves preocupações” sobre a sua iminente
liberdade, com um detective sénior a referir que
“falou positivamente sobre
o seu tempo com a Al-Qaeda no Afeganistão e expressou aspirações de se
reconectar com eles”.
No entanto, o juiz Sir Robert
Jay parece mais tranquilo quanto à possibilidade de o terrorista voltar a viver
em liberdade na sociedade, afirmando na audiência de abril:
“Tenho de lhe desejar tudo
de bom e dizer-lhe que o caminho a seguir é continuar a tomar os seus
medicamentos, ouvir os conselhos que vai receber e manter-se afastado do tipo
de coisas que estava a fazer”.
Palavras que terão com toda a
certeza um impacto enorme no comportamento do terrorista.
O líder do Partido Reform UK,
Nigel Farage, pediu a demissão do juiz, argumentando:
“O público exige uma
justiça muito mais severa do que esta. Aswat deveria estar numa prisão de
segurança máxima até morrer e o Juiz Jay deveria ser demitido.”
Título, Imagem e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 23-10-2025
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