Miguel A. Baptista
A esquerda gosta de carregar a dor da escravidão que os povos africanos sofreram. Carrega-a com fervor moral, como se fosse sua, como se o passado se purificasse à força de indignação retroativa. Essa dor, legítima, sem dúvida, nada devolve a quem foi escravizado. E, no Ocidente, a escravatura acabou há mais de século e meio.
Convém recordar um detalhe que
raramente entra nos manuais de virtude progressista: a esquerda teve pouco,
muito pouco, protagonismo no abolicionismo. Os verdadeiros motores da abolição
foram cristãos, evangélicos anglicanos, metodistas e quakers, que
viam no ser humano um filho de Deus, único e irrepetível. Para eles, a
escravatura era incompatível com a dignidade humana.
Pois bem, os que hoje gritam
contra a História são muitas vezes os mesmos que se calam, ou
alinham, perante os ultrajes do presente. São cúmplices, por ação ou
omissão, da opressão imposta às mulheres por fações islâmicas retrógradas que
as confinam à sombra e lhes negam o direito de existir no espaço público.
Hoje, ao votar contra a
proibição da burka, a esquerda escolheu, consciente ou
dissimuladamente. ficar do lado errado da História. Votou contra a
dignidade e a favor da submissão.
Shame on them.
Título e Texto: Miguel A.
Baptista, Corta-fitas,
17-10-2025
Parlamento português aprova proibição do uso de burca em espaços públicos
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