Paulo Hasse Paixão
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Karol Nawrocki encontra-se com Donald Trump na Sala Oval, 1 de maio 2025/ Wikipédia |
Pelos vistos, na Polónia, e
apesar dos tiques totalitários do executivo globalista
no poder,
a vontade popular escrutinada pelo voto ainda conta para alguma coisa e Karol
Nawrocki, o candidato conservador alinhado com o Partido Lei e Justiça (PiS)
nas eleições presidenciais, derrotou o presidente da Câmara de Varsóvia, Rafał
Trzaskowski, alinhado com o o primeiro-ministro Donald Tusk. Nawrocki, de 42
anos, derrotou tangencialmente Trzaskowski, por 50,89% contra 49,11%.
Trzaskowski declarou vitória
prematuramente depois das primeiras pesquisas à boca das urnas projetarem que
ele venceria a disputa, mas resultados posteriores reverteram a sorte dos
candidatos.
O triunfo de Nawrocki é um
duro golpe para o primeiro-ministro Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu da
UE, que derrubou Partido Lei e Justiça à frente de uma geringonça instável de
partidos globalistas e de extrema-esquerda nas eleições legislativas de 2023.
Apesar desta vitória, a liberdade de ação de Tusk tem sido limitada pelo
presidente conservador cessante, Andrzej Duda, que exercia poderes de veto e
perdão. Agora, com outro candidato conservador a substituir Duda, a presidência
continuará a restringir o governo de Tusk durante o resto do seu mandato.
Em abril, a pouco mais de um mês destas eleições presidenciais, o Governo de Donald Tusk e o sistema judicial polaco decidiram silenciar a dissidência, ao interditar os canais de televisão conservadores do país. Se calhar, essa medida autoritária acabou por se virar contra os seus promotores.
Nawrocki é uma figura
pitoresca. Quando era mais jovem, participou numa briga pré-combinada numa
floresta — que descreveu como «combate nobre» — entre dois grupos de cerca de
70 hooligans de futebol. Também fez carreira como pugilista, vencendo torneios nacionais,
antes de mudar de ofício e obter um doutoramento em História.
Atualmente, é presidente do
Instituto da Memória Nacional e da Comissão para a Perseguição de Crimes contra
a Nação Polaca, que comemora e investiga os crimes dos antigos regimes de
ocupação nazi e comunista. Ao contrário das insinuações de políticos como Tusk
de que ele é um fantoche do Kremlin, Nawrocki é alvo de um mandado de prisão
russo, pelo seu papel na demolição de monumentos soviéticos na Polónia.
É improvável que Trzaskowski
se candidate novamente à presidência, após a sua derrota contra Nawrocki, que
se seguiu a uma tentativa frustrada de destituir Duda, em 2020.
Título e Texto: Paulo Hasse
Paixão, ContraCultura,
3-6-2025
Five Takeaways From Poland’s Presidential Election
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