Humberto Pinho da Silva
Estando a ver canal de
televisão, não me recordo quando, nem qual, apenas sei que foi há muitos
anos, escutei o seguinte:
Jornalista fora passar
férias ao campo, era em Trás-os-Montes, e deparou com rapazinho a pastorear seu
rebanho.Francesco Londonio, 1764
Como era menino,
indignou-se por ser tão jovem e estar a trabalhar.
Investigou de quem era
filho, e resolveu ir inquerir o pai. Este, ficou surpreso e repostou: o filho
andava na escola, mas gostava de permanecer na serra, guardando o rebanho
paterno.
Acrescentou que não lhe
faltava nada, pois sua casa era farta.
O jornalista foi para a
capital indignado e, perante as câmaras, insurgiu-se por haver, no seu país,
crianças que trabalhavam. Talvez com apoio de telespectador, levou o garoto à
capital, para ver um jogo de futebol.
Agora, na época dos
incêndios, todos se lamentam de não haver cabras e rebanhos, para
"limparem" os terrenos...
Recentemente, escutei comentador declarar: "Paguem cinco mil euros e não faltará quem queira ser pastor". Até doutores, digo eu, se ofereceriam para essa humilde tarefa...
Quando vivia nos arredores
da minha cidade, tive que reformar a casa. Apareceu homem com aprendiz. O rapaz
falava inglês e arranhava alemão, mas não sabia fazer massa!...
Tenho prima que vive em
Cascais, que tem como empregada doméstica, economista; e tinha amiga, que
possuía uma formada em Letras! Pensei que com a entrada maciça de imigrantes,
vinham profissionais: canalizadores, eletricistas, carpinteiros... mas não se encontram
facilmente...
Conheço vinicultora do
Douro, que teve de contratar africanos, para colher as uvas, já que os jovens
da terra emigraram ou foram viver para a cidade.
Quase ninguém quer
trabalhar na terra, é por isso que há tantos incêndios. O interior está
mosqueado de lindas moradias, mas os proprietários só vão lá para veranear. Nem
eles, nem os descendentes, querem trabalhar na agricultura. Há exceções, mas
são raríssimas.
Com tal pensar o país não
pode progredir sem os imigrantes...
Título e Texto: Humberto
Pinho da Silva, setembro de 2025
Trrim...trrim... Trrim...
"Isso é em Portugal e na Europa!..."
A língua e a gramática
O censo demográfico de 2022
Como se "fazem” sucessos?
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