segunda-feira, 21 de julho de 2025

Barra da Tijuca é o segundo bairro com mais roubos a pedestres no Rio

Os dados fazem parte de um mapeamento produzido com base em mais de 250 mil registros de ocorrências do Instituto de Segurança Pública (ISP)

Victor Serra

Mesmo com o metro quadrado mais valorizado da Zona Oeste, a Barra da Tijuca também vem acumulando outro tipo de marca: a dos assaltos. O bairro foi o que mais registrou roubos a pedestres na região em 2024 e aparece em segundo lugar na cidade, com 718 ocorrências — atrás apenas do Centro do Rio

Foto: Alexandre Macieira/Riotur

Botafogo, na Zona Sul, ficou logo atrás, com números praticamente colados.

Os dados fazem parte de um mapeamento produzido com base em mais de 250 mil registros de ocorrências do Instituto de Segurança Pública (ISP), obtidos via Lei de Acesso à Informação. A pedido do GLOBO, a equipe responsável organizou os números por bairros, o que permite um recorte mais detalhado da distribuição dos crimes — diferente dos balanços mensais oficiais, que costumam agrupar os dados por batalhões ou delegacias.

O levantamento considera quatro tipos de crime: roubo de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo. A Barra lidera com folga na Zona Oeste nas ocorrências de roubo a pedestres — crime que já soma, em média, quase dois registros por dia no bairro. Seu vizinho, o bairro do Recreio também apresentou um crescimento na criminalidade, com o número de assaltos no transporte público passando de 41 para 88 em um intervalo de um ano.

Maiores crescimentos no Rio

Em Laranjeiras, na Zona Sul, os casos de roubo a pedestres quase triplicaram de um ano para o outro: saltaram de 50 em 2023 para 141 em 2024 — alta de 182%. Senador Vasconcelos, na Zona Oeste, teve crescimento de 145%, e a Lagoa, de 138%.

A nova ferramenta criada a partir dos microdados detalha a vulnerabilidade de áreas que, até então, nem sempre apareciam entre as prioridades nas ações de segurança pública.

Na Barra, por exemplo, os números expõem uma realidade já percebida por quem vive ou circula pelo bairro: ruas largas, distâncias longas e baixa circulação de pedestres acabam favorecendo a ação de criminosos em motos ou carros.

Título e Texto: Victor Serra, Diário do Rio, 21-7-2025

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