O novo presidente da CBF Samir Xaud anunciou a redução de datas dos Estaduais para 11 datas a partir de 2026
França Fernandes
Eleito como novo presidente da CBF neste domingo, Samir Xaud [foto] anunciou a sua primeira mudança para o futebol brasileiro: a redução de datas dos Campeonato Estaduais. Segundo o dirigente, a ideia é disputá-los em 11 datas a partir de 2026.
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Foto: Rafael Ribeiro/CBF |
— Uma das primeiras mudanças é
a redução de datas do Estaduais. Estamos projetando fazer com 11 datas a partir
do ano que vem. É uma singela demonstração de que nós queremos mesmo que mude.
Nós começaremos com o pé direito — disse Samir ao começar a entrevista
coletiva.
— Já estamos conversando com
os presidentes (das federações estaduais) sobre as datas. Não acredito que
teremos problemas. Os Estaduais agora terão que se adequar ás normas da CBF—
completou o dirigente.
Nesta temporada, o calendário
brasileiro indicou 16 datas para a disputa de campeonatos estaduais. Eles foram
iniciados no dia 12 de janeiro e encerrados em 26 de março.
No final da coletiva, Samir
também foi questionado sobre o uniforme da Seleção Brasileira, que poderá
vestir vermelho na Copa de 2026. Ele não anunciou se vetará a linha, mas deixou
a sua mensagem a respeito, em tom de reprovação.
— Camisa brasileira, verde e
amarela — exclamou.
O dirigente de Roraima foi
confirmado no comando da confederação após eleição realizada, no Rio de
Janeiro, na sede da entidade. Ele assume imediatamente o cargo e tem mandato
até 2029. Logo após o resultado, o dirigente discursou aos presentes na CBF. Indicou
que a melhor organização do calendário e a introdução do fair play financeiro
seriam prioridades.
Apesar de ser candidato único,
Xaud não conseguiu unanimidade de votos – como ocorreu na eleição anterior, que
reelegeu Ednaldo Rodrigues. Foram 103 pontos de um total de 141 possíveis. Ao
todo, estiveram presentes 26 federações e 20 clubes. O que daria 108 pontos
possíveis, portanto, pois voto de federação tem peso três, de clube da Série A,
dois, e da Série B, um.
Confira as respostas de Samir Xaud
Agradecimento:
“Gostaria de agradecer a toda imprensa pela presença aqui hoje. Dizer que é um
prazer estar aqui hoje, nesta eleição, neste pleito eleitoral, muito disputado,
em relação aos bastidores. Mas dizer que eu não estou só. Eu tenho um grupo de
pessoas que querem mudança do futebol brasileiro e querem colocar de volta o
Brasil, o futebol brasileiro, de onde não deveria ter saído. Uma página virada,
que se vira hoje e que nós esperamos que logo, logo, já comecem as mudanças
necessárias e devidas na instituição CBF. Estou muito feliz e honrado de ter
ganho esse apoio maciço de federações, de 25 federações, de dez clubes, que
acreditaram no projeto e que é possível mudar e virar essa página. Meu
agradecimento a todos”
Diálogo: “Na verdade,
com diálogo. O diálogo é muito importante nesse processos de união, de todos os
clubes, todas as federações, e nós começamos com dez. Hoje, neste processo
eleitoral, esttvam presentes 20 clubes. É um trabalho que já está sendo feito.
Eu particularmente já estou conversando com cada clube cada presidente e
mostrando para eles o que queremos fazer. Esses dez clubes que vieram hoje,
acreditaram nesse processos, e o diálogo vai continuar, até nos termos a
maioria maciça, para que juntos, construiremos um futuro melhor para o futebol
brasileiro”
Força política: “O que
eu posso dizer é que foram colocadas muitas mentiras a meu respeito. Muitas
notícias falsas que tentaram me desprestigiar, colocar meu nome para baixo. É
uma política que eu não faço. Eu sei muito bem quem eu sou, sei muito bem de
onde vim, da formação que eu tenho, e de tudo que eu passei pra chegar até
aqui. Opinião alheia não me incomoda”
Apoio: “Não tenho
nenhum temor. Eu acredito muito no grupo que está comigo. Acredito muito nos
objetivos e nas propostas que temos para o futebol brasileiro. Isso não me
incomoda. Eu estou aqui para executar um trabalho diferenciado e realmente
colocar o futebol brasileiro nos trilhos”
“Essa relação precisa
acontecer. O diálogo vai ser uma nota aqui da instituição CBF, nós queremos
conversar com todos. A gente viu que perdemos patrocínio, não vejo motivo. Essa
interlocução vai acontecer e a gente vai buscar o melhor para a CBF e para a
seleção brasileira”
Carlo Ancelotti:
“Primeiro é uma felicidade muito grande nós termos a oportunidade de ter um
técnico, o maior técnico da história do futebol internacional até hoje. Já tive
o primeiro contato com ele, sim. Ele vai ter total autonomia para decidir o que
for melhor para a seleção brasileira, comissão técnica e Ancelotti terão total
autonomia. Vamos blindá-lo de qualquer situação externa que possa ter. Eles
precisam dessa autonomia para realizar o seu trabalho com excelência”
“Isso começa aqui de dentro,
reorganizando a casa, a gente precisa acabar com instabilidade dentro da
instituição. Pessoas precisam ter felicidade de trabalhar aqui para refletir lá
fora. Com a chegada do Ancelotti, vai ser um ponto de start para esse processo.
Eu acredito que vai fazer trabalho de excelência na CBF, com a seleção
brasileira. E assim a gente vai poder trazer o público próximo da CBF”
Descentralizar o poder:
“A CBF agora vai ter uma gestão descentralizada. Nós vamos descentralizar o
poder. Temos que fazer isso para todos os personagens da instituição, dar
autonomia de decisão para trabalhar. Eu acredito que, assim, vamos poder colher
o melhor de cada um profissional de excelência aqui dentro”
Desafio: “O primeiro
desafio é trazer alegria novamente para as pessoas que aqui dentro trabalham e
tentar aproximar mais a torcida ao Brasil, à seleção brasileira. Esse trabalho
sendo realizado aqui dentro, nós conseguindo dar uma estabilidade institucional
e voltando a essa alegria de trabalhar aqui dentro, nós teremos o reflexo lá
fora na seleção brasileira. Transparência, nome está na chapa. Temos meio de
colocar essa gestão visível para todos. Eu acredito muito nessa união de todos,
nessa descentralização de poder que nós vamos fazer a partir de agora na CBF. E
assim a gente vai conseguir chegar aos resultados esperados.”
Projeto: “Primeira
ideia é criar comissão responsável, colocar todas as ideias na mesa, discutir
com todos os personagens, clubes, federações. E a gente precisa fazer estudo e
adequar o fair play para a realidade do Brasil. Quando falo em aperfeiçoamento,
falo em educação continuada. É importante para qualquer processo, cargo ou
profissão. Eu como médico sei que é importante, além dessa educação continuada,
nós temos que verificar as novas tecnologias disponíveis para arbitragem. Isso
a CBF via fazer, em conjunto com a comissão de arbitram e outros personagens”
Mudança no estatuto:
“Esse é um assunto mais complexo, estatuto é assunto complexo. Tem que ser
colocado em discussão. Se os personagens entenderem que o processo tem que
mudar, tem que partir de conjunto, de bloco, não do presidente”
Fonte: Globo Esporte
Título e Texto: França Fernandes, Vasco Notícias, 25-5-2025 em 25 de maio de 2025
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