domingo, 24 de março de 2024

[As danações de Carina] Pelo olho mágico

Carina Bratt

CHOVIA TORRENCIALMENTE. O céu parecia chorar ao som barulhento de um dilúvio interminável. Ainda deitada, estiquei o pescoço e esquadrinhei a barulheira pelo vitrô. Me escondia num quartinho de uma casa velha e cheia de rugas, que se erguia rente à rua. Nossa! A cara do tempo, dava a impressão sinistra de que todas as mágoas do mundo estivessem abraçadas aquele aguaceiro que rolava sem dó nem piedade. Sozinha comigo mesma, debaixo de uma luz fraca vinda de uma lâmpada pequena iluminando o cômodo (tinha um medo danado de escuro), desviei os olhos. Mirei à porta de entrada. Nesse instante, cruzei com o olho mágico orificiado nela. Não era esse cidadão (o olho mágico, bem entendido), um vigilante comum, desses que você encontra em qualquer espelunca de entrada. Se fazia, apesar da pobreza do lugar, numa coisa significantemente diferente. Mostrava ser um sujeito posudo, dono de si e especial. Parecia ter vida própria, como se escondesse segredos e histórias de antigos inquilinos vindos antes de mim.

Pulei do colchonete e me aproximei, curiosa. Bisbilhotei através dele. Do outro lado –, ou seja –, o de fora, topei com um mundo completamente diferente. Esquadrinhei uma rua (rua não, viela) estreita, com casas antigas e janelas descoloridas sonhando com escancaros de um canto a outro dos ouvidos. Tipo uma mala sem alça. Guarda chuvas e sombrinhas passavam de um lado e de outro com pessoas apressadas. A cena parecia, tipo assim, uma feira de domingo. Um furdunço saído de um conto de fadas (sem fadas) de um escritor iniciante e sem noção do que realmente pretendia escrever. Fiquei ali, colada à madeira carcomida, na ponta dos dedos dos pés (das mãos seria impossível), esmerilhando o dia nublado, como se fosse um voyeur (melhor seria ‘uma voyeur’) das vidas alheias. Num repente, um casal de idosos surgiu dançando. Seus ossos se moviam em harmonia. Em seguida, surgiram crianças brincando na calçada. Piás e gurias completamente encharcadas, os cabelos e roupas pingando como se fossem goteiras em telhas compradas no tempo ‘do ronca.’ 

Elas riam estabanadamente e corriam sem preocupações. Um homem solitário sentado em um banco de madeira sem pernas (não o homem, o banco), olhava para o infinito como se buscasse respostas. O olho mágico me assediava intercalando momentos de felicidade, tristeza, amor e solidão. Não necessariamente nessa ordem. Como se eu pudesse sentir as emoções daquelas pobres almas vivendo as suas vidas por um instante sem hora de acabar. Foi então, algo estranho aconteceu. Uma mulher com cara de Frida Mancini –, perdão –, de Arlete Salles, vestida de amarelo parou em frente. A engraçadinha comboiou a sua falta do que fazer diretamente para o olho mágico, como se soubesse que eu estava aqui dentro igual a ela, filmando, perscrutando como se buscasse algo. Seus olhos se faziam profundos e cheios de um mistério meio que falso. Num dado momento acenou com a mão esquerda e sorriu para mim. Eu não sabia o que fazer. Me senti como se embrenhada na trama do novelista Daniel Ortiz, como se, por mero acaso, fosse uma de suas netas, ou mais precisamente a Andrômeda.

sábado, 23 de março de 2024

[Pernoitar, comer e beber fora] Bifana cortada como fiambre?

Hilda Torres

Eu tenho por hábito ir às Bifanas de Vendas Novas... já fui a vários cafés/restaurantes da zona. Mas hoje resolvi dar uma hipótese ao Café Império das Bifanas.

Pré-pagamento e te entregam uma bandeja. No meu caso como ia acompanhada com duas pessoas (LT e a sua mãe), mais dois papeis para pôr na mesa, e o aparelho que avisará quando as bifanas estiverem prontas. Como não havia muita gente o gentil empregado trouxe-nos as bifanas quando prontas.

Essa modernidade há quem goste e quem não goste, apenas uma opção de gosto, por isso nem vou avaliar sobre isso.

Mas eis que vêm as três bifanas e as três imperiais. Atenção, a imperial é Estrella Damm. (Eu, sinceramente, não é das minhas favoritas).

O importante aqui é a bifana... fiquei surpresa pela negativa! A bifana só pode ter sido cortada numa fiambreira para ser tão fina, e a opinião de todos na mesa é que nem se sentia o sabor da carne. Para mim a bifana não compensa o valor. Foi uma verdadeira desilusão.

Acordo com massa falida da Varig garante pagamento a 15 mil trabalhadores

Mediado pela AGU, ajuste põe fim a ação que tramitava há 30 anos na Justiça; União irá pagar indenização de R$ 4,7 bilhões por congelamento do preço de passagens aéreas

Imagem: Freepik
União e a massa falida da Viação Aérea Rio-Grandense (Varig) chegaram a um acordo que coloca fim a um litígio judicial de mais de 30 anos e garante o pagamento das dívidas trabalhistas que a antiga companhia aérea tem com pelo menos 15 mil ex-empregados.

A solução consensual foi alcançada após mediação conduzida pela Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal da Advocacia-Geral da União (CCAF/AGU) e prevê o pagamento de R$ 4,7 bilhões pela União à massa falida da Varig como indenização pelos prejuízos causados pela política tarifária instituída no país entre 1985 e 1992, durante o Plano Cruzado, que resultou no congelamento de preços de passagens aéreas. A União já havia sido condenada a pagar indenização pela Justiça Federal do Distrito Federal, mas até o momento havia uma divergência sobre os valores devidos que havia paralisado o cumprimento da sentença.

O acordo foi autorizado pela 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde tramita o processo de falência da companhia aérea, e homologado pelo Centro Judiciário de Conciliação da Justiça Federal do DF na quinta-feira (21/03). O texto foi assinado pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além da administradora da massa falida e outros representantes da AGU e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

A Justiça Federal já determinou a expedição do precatório referente ao pagamento, que será feito ao longo de 2025. O texto do acordo prevê que o título não poderá ser negociado pela massa falida com terceiros e que os valores sejam utilizados para o pagamento dos credores listados no processo de falência.

Temporal deixa pelo menos sete mortos no RJ; previsão é de mais chuva para este sábado

Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil já foram acionados para cerca de 100 ocorrências

Altair Alves

Pelo menos sete pessoas morrem por conta do temporal que atinge boa parte do Rio de Janeiro deste a quinta-feira (22/3). A previsão é de que o maior volume de chuva caia neste sábado (23/3). Ao todo, mais de 90 pessoas foram resgatadas. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil já foram acionados para cerca de 100 ocorrências.

Em Petrópolis, na região serrana, quatro mortes foram confirmadas até o momento. Todas as vítimas estavam em uma construção soterrada após um desabamento na tarde de ontem no bairro da Independência. 

Uma criança foi retirada com vida dos escombros no município na manhã de hoje. O pai dela também foi encontrado, mas teve a morte constatada no local.

Perguntas sem resposta



Confuso

[Versos de través] Ternura

Vinicius de Moraes 

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma…
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.


Vinicius de Moraes, Rio de Janeiro, 1938

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Último Poema 
Versos íntimos 
Quanto tempo para o intervalo

sexta-feira, 22 de março de 2024

Executivo, reforços e patrocínio: Lúcio Barbosa explica situação do Vasco

Lúcio Barbosa, CEO do Vasco da Gama, conversa com a imprensa sobre demissão de Alexandre Mattos e outros temas

Aniele Lacerda

O CEO da SAF do Vasco da Gama, Lúcio Barbosa [foto] concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (21). O principal tema abordado foi a demissão do diretor de futebol Alexandre Mattos.

Foto: Marcelo Baltar

Inicialmente, Lúcio Barbosa comunicou sobre a saída do profissional e sobre o possível substituto. O CEO explicou que não tem um nome para assumir a função, pois aconteceu de forma repentina. No entanto, o Clube já recebeu alguns contatos de interessados e iniciou as conversas. Em paralelo, a gestão está comunicando com a comissão técnica sobre reforços para a sequência da temporada.

– Não (temos nomes para substituir Mattos), porque aconteceu de forma muito rápida. Estamos falando de dois dias. Mas a partir de hoje já estamos conversando com algumas pessoas e já com alguns interessados, porque o tamanho do Vasco e torcida chamam isso. Em relação à competitividade, eu reafirmo, queremos um Vasco mais competitivo. E estamos conversando com a comissão técnica para mais reforços e queremos sim subir com a produtividade do Vasco – disse Lúcio Barbosa, em entrevista coletiva.

Orçamento e autonomia

Até o momento, o Vasco já acertou com nove reforços para a temporada de 2024. Com isso, o Clube investiu mais de R$ 100 milhões e está entre os cinco times brasileiros que mais gastaram na primeira janela de transferências. Em entrevista coletiva, Lúcio Barbosa esclareceu sobre a situação, falou sobre o meia solicitado por Ramón Díaz e a autonomia de Alexandre Mattos nas contratações realizadas.

[Aparecido rasga o verbo] Tudo o que é mal começado...

Aparecido Raimundo de Souza

NESSA MANHÃ
ensolarada acordei suando em bicas. Liguei a televisão no canal que assisto diariamente. O desgranhento do repórter jogou para cima de mim um caminhão de notícias sem eira nem beira. Se não sou esperto, acabava atropelado por um ônibus desgovernado na sua trajetória malparida. O bruto, quase acabou com os cornos de um poste que morava numa calçada do passeio público. A armação de concreto, safa como um gato, deu um pulo fenomenal, deixando, entretanto, o transformador, lá no topo, com os bugalhos espantados de medo e terror. Sem mais delongas desliguei o aparelho, tomei um banho, me vesti e desci para a padaria onde tomo meu café matinal. A bebida, para início de conversa, estava deliciosa. O pão com gosto de recém-saído do forno, a manteiga sem ranço e a xícara –, novinha como saiu do ventre da caixa onde se abrigava.

A xicara me encarou com uma tez indescritível. Não parou aí. O pires lavado com esmero, deu a impressão de que o responsável pela lavagem das louças lá nos cafundós da cozinha regurgitava de bom humor. Tudo indicava fizera a esposa na alcova barulhenta antes de sair para o batente virar às avessas os prazeres do sexo. Somente uma coisa não coadunava com o espírito gracioso do dia indubitável. Olhando de dentro do recinto para fora, o céu lá em cima me parecia ter esquecido de se vestir com nuvens de boas-vindas. Foi nesse começo de dia (um pouco antes das oito,) eu vi e não só vi, conheci a Bianca. Ela entrou estabanadamente no amplo salão com um guarda-chuva encharcado de calor pingando um amontoado de sorrisos tímidos pelos passos que imprimia sobre o chão de ladrilhos brancos.

Seus olhos verdes como alfaces prontas para serem colhidas, se faziam inquietos. Num meio que distorcido, encontraram os meus por um breve instante. O sol, num fugaz, pareceu ter se infiltrado em sua alma, como um dardo no coração de um pobre coitado deixando-o vulnerável e desajeitado aos cuidados de um amor infinito que me afigurou pronto para leva-lo a um êxtase anunciado. Bianca, apesar da bagagem meio “mala sem alça,” trazia no rosto um enigma indecifrável. Suas palavras ao garçom soaram como notas musicais desafinadas saídas de um piano faltando teclas. Sua risada, uma mistura de nervosismo sem pátria destituído de qualquer tipo conhecido de gentileza. Enquanto esperava pelo pedido, abriu um livro. Percebi que gostava de poesias. O livro, um exemplar de Fernando Pessoa.

quinta-feira, 21 de março de 2024

As virtudes do ódio ou como desprezar jornalistas não pode ser um pecado


Paulo Hasse Paixão

O ContraCultura é uma publicação de inspiração cristã e reconhece por isso que alimentar o ódio por outros seres humanos é condenável, por princípio moral.

Sabemos, porém, que até Jesus Cristo abria excepções, já que é nítido nos Evangelhos que não morria de amores por fariseus, agiotas, vendilhões do templo, escribas do establishment e outros crápulas que infestavam a sociedade semita e gentia do seu tempo e do seu espaço.

O Contra abre assim, também, uma excepção para fazer a apologia do ódio, sem bem que restrito a um grupo muito específico de indivíduos. Mas vamos por partes.

(…)

Curiosamente, até as elites globalistas acreditam que há um ódio bom: é recomendável que se odeiem os ignorantes que votam Chega, que votam Trump, que votam AfD. É compreensível que os ‘negacionistas’ do apocalipse climático sejam desprezados e que os não vacinados sejam tratados como uma sub-espécie, no limite entre o Sapiens e o Neanderthal.

O ódio ao homem branco, seja na África do Sul, seja na redacção da BBC, também é bom e justo. E os apparatchiks do New York Times concordariam comigo quando escrevo que foi o ódio ao apartheid que resultou na África do Sul contemporânea, embora discordássemos seguramente sobre as virtudes do actual regime que é tão ou mais racista que o anterior. Porque no NYT há um racismo que é aceitável e um racismo que não é aceitável, dependendo da cor da pele de quem é racista e de quem é vítima de racismo.

Vem toda esta conversa precisamente a propósito da imprensa e da recente notícia que os contribuintes portugueses, à semelhança do que já acontece por todo o Ocidente, vão pagar 15 milhões de euros para salvar os títulos da comunicação social que, por incompetência, preconceito, niilismo, desamor à verdade dos factos, activismo espúrio e compadrio corporativo, estão em falência técnica.

(…)

Leia a íntegra deste artigo no » ContraCultura

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A Google interfere nas eleições americanas desde 2008, tendo desviado 2,5 milhões de votos para os democratas


Paulo Hasse Paixão

A Google “interferiu” 41 vezes durante os últimos quatro ciclos eleitorais para ajudar os democratas, de acordo com um relatório do Media Research Center (MRC).

O relatório afirma que a gigante tecnológica

“utilizou o seu poder para ajudar a empurrar para a vitória eleitoral os candidatos mais liberais… Ao mesmo tempo que censurava os seus adversários”.

De acordo com o relatório, a Google demonstrou uma parcialidade flagrante em favor dos candidatos democratas nas últimas quatro eleições presidenciais, direccionando a sua influência para favorecer os candidatos mais liberais. O relatório alega que a Google também visava a censura dos seus opositores.

Em 2008, a Google apoiou o então senador Barack Obama em detrimento de Hillary Clinton, suprimindo os resultados de pesquisa pró-Clinton, enquanto em 2012, favoreceu Obama em detrimento de Mitt Romney.

A surpresa

Imagem gerada por Inteligência Artificial, Bing Image Creator

Luís Naves

Muitos emigrantes portugueses na Europa votaram no Chega e temos de perguntar o que se passa com o projeto europeu. As votações mais expressivas foram na Suíça, Luxemburgo e Brasil, mas em todos os consulados da UE houve forte inclinação para a formação de extrema-direita, o que é surpreendente, já que os dois círculos eleitorais da emigração escolhiam tradicionalmente os dois grandes partidos e havia tendência para voto útil. Talvez parte da explicação esteja na política interna dos países, com marés de protestos eleitorais que terão profundo efeito nas eleições europeias de junho.

A Europa está a mudar depressa, tem medo da Rússia e desconfia dos EUA, criou um sistema que não é socialista nem liberal, que avaliou por cima as suas capacidades. Na crise das dívidas soberanas, a solidariedade dos ricos foi um simulacro. O bar aberto das migrações, em nome dos "valores europeus", visou conter os aumentos de salários e prejudicou os mais pobres. A tecnocracia não eleita de Bruxelas humilhou Estados-membros, teimou em erros, nomeadamente insultando países terceiros. Parte da classe média empobreceu, os protestos dos trabalhadores foram ignorados, os serviços públicos degradaram-se, a despesa social diminuiu, as indústrias partiram para a Ásia, os privilegiados promoveram guerras culturais identitárias que a população recusava.

A estratégia da guerra da Ucrânia, subordinada desde o início aos interesses americanos, deu a machadada final: dependíamos da energia barata vendida a pataco por Moscovo, agora não temos meios para enfrentar uma Rússia que não se rendeu após as primeiras sanções. A hipocrisia ocidental é evidente e está em curso uma mudança que implica enterrar de vez as ilusões federais, embora o pânico dos políticos continue a impedir qualquer rasto de lucidez.

Os nossos emigrantes na Europa votaram maioritariamente no Chega e alguns observadores interpretam isso como a escolha da ralé pouco esclarecida. Esquecem-se daquilo que escreveram sobre os milhares de compatriotas forçados a emigrar por não terem condições de trabalho compatíveis com os seus altos diplomas académicos.

"Quem ofende o STF pode ser barrado ao entrar no Brasil, diz PF"

Leandro Ruschel

Poder 360 deu a chamada correta após o diretor da PF ter ido até o Congresso "explicar" o grave episódio de detenção de uma jornalista estrangeiro por "crime de opinião". Outros veículos nem mesmo noticiariam.

Para quem não viu a audiência, a PF confirmou que as redes do jornalista estavam sendo monitoradas, e que ele foi retido na imigração por conta de opiniões "ofensivas" ao regime Supremo-PT. O diretor não mostrou quais seriam as ofensas, e não revelou quem tomou a decisão final de retê-lo.

Críticas são "ofensas" criminosas em regimes ditatoriais.

O objetivo dessa violência cometida contra o jornalista é colocar medo em todo mundo, criando uma espiral de silêncio, que é a base de qualquer regime autoritário.

O Brasil não é mais um país livre.

Texto: Leandro Ruschel, X, 21-3-2024, 13h15

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Autismo, depressão, TDAH, etc

Parem de falar que têm autismo, depressão e TDAH!!! Alguns falam essa merda até com orgulho ¬¬ Exceto se vc não consegue sair na rua pq tropeça na calçada ou não consegue enfiar um garfo na boca sozinho, NÃO VÁ em psicólogos. Se vc for e falarem q vc tem autismo e/ou TDAH, manda tomar no cu e segue a vida normalmente 👍
A indústria farmacêutica está junto com a grande mídia, q é responsável pelo marketing de fazer as pessoas acharem q “é bonito” ter essas merdas.
Ahhh, longa história, fodaçe xD

Título, Imagem e Texto: DrPepper, 21-3-2024 

[Fotografando por aí] Leões trepadores de árvores

Os leões trepadores de árvores podem encontrar-se no setor de Ishasha do Parque Nacional da Rainha Isabel, no Uganda. Os leões trepam habitualmente às acácias e aos sicómoros que pontuam a paisagem, pois estas árvores proporcionam um abrigo adequado, quer durante a estação seca, quer durante a estação das chuvas. É comum observar-se os leões a descansar tranquilamente sobre os ramos das árvores, o que também os ajuda a escapar às picadas dos insetos.

Foto: ©duelune/Adobe Stock


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Primavera chegando 
Beleza natural 
Trintão 
Ellie e Kiwi 
Florezinhas

[Daqui e Dali] A peçonha da telenovela


Humberto Pinho da Silva

Conta D. Francisco Manuel de Melo que, caminhando, em frigidíssimo dia, por terras de Espanha, abrigou-se a estalagem, em que a dona e suas filhas escutavam a leitura de novela e, tão enredadas estavam que, apesar dos rogos, não foram capazes de o atender, indo hospedar-se noutra pousada.

Vejamos o que diz o escritor do século XVII acerca das meninas embebidas na apaixonante novela: "Poucos dias depois as novelas foram tanto adiante, que cada uma das filhas daquela estalajadeira fizeram sua novela, fugindo com seu mancebo do lugar, como boas aprendizes da doutrina que tão bem estudaram".

Se simples leitura de novela de amor causou tal desventura, o que pensar das telenovelas de certos canais de televisão, transmitidas em nobres horários, a cores, com cenas degradadas; com sexo quase explícito, excitando impulsos de mocinhas e mancebos; mostrando episódios promíscuos, abundantes de meninas de papá, a "transar" com o primeiro rapazinho que deparam, ou o namorado que mal conhecem?

Acérrimas críticas surgem a cada passo, na imprensa, de educadores e pedagogos, principalmente no Brasil, censurando asperamente o desplante de projetarem cenas asquerosas, recheadas de diabólicas intrigas e inauditos procedimentos.

Existem carradas de razão para tanta repulsa, mas, a meu ver, não são as cenas de nudez – que espevitam impulsos naturais – o maior mal, já que as imagens são tão frequentes na mass-media, que quase não chocam, mas, sim, a peçonha das ideias liberais que pretendem inculcar; os conceitos, as atitudes aviltantes; e, a linguagem de bordel, travada em íntimos encontros familiares, como se fosse o retrato, a imagem da vida atual da família brasileira.

quarta-feira, 20 de março de 2024

Polícia Federal MENTIU no Senado!

Ontem, o delegado prestou falsas declarações na audiência sobre a minha detenção em São Paulo, declarando, entre outras coisas, que eu "apoio atos golpistas".

Esta foi a minha reação ao vivo logo após a transmissão dessa audiência.

www.canalsergiotavares.pt

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[La pregunta?] Mas não é a mesma coisa?...

Perda de popularidade” não seria o mesmo que “ganho de rejeição”? Isto é, se a minha popularidade está em queda, consequentemente cresce o número de eleitores que me rejeitam, não?

Tô confuso! 


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[La pregunta?] " Por que cαrαιhοζ o Dino, Ministro da Justiça de Lula, não é suspeito para julgar Bolsonaro?" 
É impressão minha… 
[La pregunta?] Novo combustível?

Motociclista é flagrado usando melancia como ‘capacete’ em Duque de Caxias

Flagrante foi feito na Rodovia Washington Luís; condutor infringiu o Código de Trânsito Brasileiro

Raphael Fernandes

A famosa frase ”Quer aparecer? Coloca uma melancia na cabeça” foi atualizada com sucesso no Rio de Janeiro.

Um vídeo que viralizou recentemente nas redes sociais mostra um motociclista utilizando a famosa fruta como ”capacete” enquanto dirige pela Rodovia Washington Luís, altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A Concer, empresa que administra a via, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmaram não ter recebido denúncias sobre o ocorrido.

Assista

Título e Texto: Raphael Fernandes, Diário do Rio, 19-3-2024

[La pregunta?] " Por que cαrαιhοζ o Dino, Ministro da Justiça de Lula, não é suspeito para julgar Bolsonaro?"


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É impressão minha… 
[La pregunta?] Novo combustível? 
Comissários (de Voo) cuidam da carga? 
Zuckerberg pode? 
Portugueses estão informados? 
[La pregunta?] Racismo 
Cabrito Tevez: "la pregunta?"

terça-feira, 19 de março de 2024

« C'est l'UE qui nous coûte un "pognon de dingue" ! » : entretien sur les mensonges de l’Union européenne avec Charles-Henri Gallois

La Diseuse de bonne aventure, de Georges de La Tour (1630)

Maxime LE NAGARD, Charles-Henri GALLOIS

L’Union européenne s’est fondée sur un certain nombre de mythes et de promesses. Sans remonter jusqu’au traité de Rome, nous avons désormais assez de recul, au moins depuis Maastricht, pour faire le bilan de ces promesses grandiloquentes. Sans surprise, il est mauvais.

F.P. : Vous vous êtes fait une spécialité de mettre à l’épreuve les slogans européistes. Faut-il considérer que l’UE s’est bâtie non sur des promesses, mais des mensonges ?

CHG : Elle s’est bâtie sur des promesses qui étaient mensongères. L’UE est née avec le traité de Maastricht qui était passé d’une courte tête par référendum (51 %). Il faut se rappeler du contexte et quels étaient les arguments des partisans de ce traité et de l’ensemble des grands médias. On nous disait que l’euro et le marché unique amèneraient plus de croissance, plus d’emplois, moins de chômage, plus de protections. Plus de trente ans après, c’est l’inverse qui est vrai. La zone euro est la zone de croissance la plus faible au monde, celle qui compte le plus de chômeurs, et l’UE est ouverte aux quatre vents. Elle a les droits de douane les plus faibles au monde parmi les grands ensembles économiques et c'est elle qui signe le plus d’accords de libre-échange. Nous étions en 2017 tombés à 2,4 %1. Les droits de douane en Chine en 2001 s’établissaient à 14,1 % et à 33,5 % en Inde. En France, en 1950, nous étions à peu près au niveau de la Chine, avec 18 %2. Même la Suisse, que certains voudraient faire passer pour libre-échangiste, a des droits de douane plus élevés (4,3 %). L’UE est à la fois une machine à édicter des normes et à entraver nos agriculteurs ainsi que nos entrepreneurs et, en même temps, elle est ouverte à une concurrence déloyale tous azimuts, tant sur le plan social, environnemental, fiscal ou normatif. Si l’on prend un peu de recul, aucune promesse ne s’est réalisée. Il faudra un jour en tirer les conclusions qui s’imposent.

F.P. : Le premier réflexe, assez intuitif, au sujet de l’UE est de considérer qu’on est forcément plus forts à plusieurs que tout seul. N’est-ce pas du bon sens ?

CHG : Cet esprit de renoncement d’une France trop petite par rapport au monde est répété ad nauseam. L’UE permettrait d’avoir la taille critique et de faire le poids face au monde. La France seule ne serait plus rien. C’est un argument massue qui s’apparente à du bon sens. La réalité tend pourtant à montrer l’inverse ou du moins que cela peut être contre-productif selon les conditions.

Voyons maintenant les faits. La première réflexion de bon sens est que si la France, sixième ou septième puissance économique du monde en fonction des variations de change, deuxième zone économique exclusive du monde, quatrième ou cinquième puissance militaire du monde, ne peut pas vivre sans s’allier sur tous les sujets avec les 27 pays alentour, comment donc font les 165 autres pays du monde pour vivre et survivre hors de l’UE ? Pourquoi ne se suicident-ils pas ? Pourquoi personne dans le monde n’imite alors le modèle supranational de l’UE ?

Cette corrélation entre superficie d’un pays ou taille de la population et richesse n’a absolument aucune base empirique et est contredite par les faits. Il suffit de prendre les exemples de la Suisse, de la Corée du Sud ou de Singapour. Plus globalement, l’union peut faire la force quand tout le monde tire dans le même sens, mais l’UE n’est qu’une somme d’intérêts divergents. La France n’est pas d’accord avec l’Allemagne sur les questions de défense, d’agriculture, sur le protectionnisme ou sur la monnaie. La France n’est pas d’accord avec les pays de l’Est sur le modèle de protection sociale et sur la fiscalité.

La liberté d'expression, ce nouvel angle mort de la démocratie française

La posture de la gauche radicale témoigne d’une tentation autoritaire, de la tentation d’utiliser le pouvoir pour imposer sa conception du Vrai et du Bien.

avec Eric Deschavanne et Basile Ader

Atlantico : L’eurodéputé Raphaël Glucksmann, tête de la liste de l’alliance PS/Place Publique aux européennes, ne participera pas au débat organisé par la chaîne CNews le 30 mai prochain. « CNews n’est pas une chaîne d’information comme une autre, c’est une chaîne d’opinion qui promeut des thématiques d’extrême droite », déclare Raphaël Glucksmann ce dimanche 17 mars sur BFMTV. Il ne souhaite pas « cautionner une chaîne qui promeut une idéologie que je juge extrêmement dangereuse. » Sandrine Rousseau, quant à elle, a appelé sur Sud Radio à la fin de CNews. Outre ces exemples, la gauche radicale a-t-elle abandonné de combattre à la loyale au fur et à mesure qu’elle perdait son magistère culturel ? Pourquoi cette panique morale ?

Sandrine Rousseau a répété que l'interdiction de CNews devait être envisagée. Photo: ©EMMANUEL DUNAND / AFP

Eric Deschavanne : Ces propos sont en effet un symptôme de faiblesse politique. Le choix du sectarisme témoigne d’une impuissance à rassembler, à s’adresser à tous. La posture convient parfaitement à Sandrine Rousseau, laquelle incarne la gauche radicale. Raphaël Glucksmann ambitionne de reconstituer la gauche modérée, mais il est victime de l’actuelle structure ternaire du champ politique : l’existence d’une force centrale repousse la gauche et la droite vers les extrêmes. L’un des facteurs d’explication de ces propos est sans doute la concurrence interne au sein de la gauche. Celle-ci étant fragmentée et dominée par LFI, les différents courants, qui doivent se partager une part du marché électoral toujours plus réduite, sont contraints de surenchérir dans le sectarisme du discours.

Plus en profondeur, cette dérive sectaire a trois explications. En premier lieu, la force d’inertie de la « gauche morale ». C’est l’élément de continuité. Depuis 1945, la gauche incarne à ses propres yeux le camp du Bien, la droite étant toujours suspecte de pactiser avec le Diable. « Tout anticommuniste est un chien » écrivait Jean-Paul Sartre. De Gaulle lui-même était accusé de fascisme. L’émergence du Front national, dans les années 80, a permis à la gauche de faire de la dénonciation morale du racisme et de l’extrême-droite l’axe principal de son discours. S’est ajouté à cela le wokisme, un discours identitaire qui ne cherche même plus à construire un projet collectif, pratiquant l’anathème et la censure, « extrême-droitisant » quiconque exprime un désaccord, entretenant au nom de « l’inclusion » une atmosphère de guerre civile permanente.

Democrat senator tells reporters how to do their job, instructs them to lie about Donald Trump — but it blows up in his face

Chris Enloe

Sen. Brian Schatz (D-Hawaii) instructed the media on Saturday to lie about former President Donald Trump


Over the weekend, Democrats and the legacy media promoted an outright lie about Trump because he used the word "bloodbath" at a campaign rally in Ohio. They claimed Trump was threatening political violence if he loses the election.

But that's not what Trump was doing.

Rather, he used the word "bloodbath" in an economic context about the auto industry. But that fact did not stop Sen. Schatz from demanding that journalists distort the true meaning of Trump's words, giving them instructions on how to craft headlines for news stories about Trump's remarks.