Paulo Hasse Paixão
A Google “interferiu” 41 vezes
durante os últimos quatro ciclos eleitorais para ajudar os democratas, de
acordo com um relatório do Media Research Center (MRC).
O relatório afirma que a
gigante tecnológica
“utilizou o seu poder para
ajudar a empurrar para a vitória eleitoral os candidatos mais liberais… Ao
mesmo tempo que censurava os seus adversários”.
De acordo com o relatório, a
Google demonstrou uma parcialidade flagrante em favor dos candidatos democratas
nas últimas quatro eleições presidenciais, direccionando a sua influência para
favorecer os candidatos mais liberais. O relatório alega que a Google também
visava a censura dos seus opositores.
This article understates the magnitude of the problem – Google interferes to help Democrats thousands of times every election season!
— Elon Musk (@elonmusk) March 18, 2024
This is to be expected when their censorship (aka “Trust & Safety”) teams are have far left political views. https://t.co/y36yzdzIUQ
Em 2008, a Google apoiou o então senador Barack Obama em detrimento de Hillary Clinton, suprimindo os resultados de pesquisa pró-Clinton, enquanto em 2012, favoreceu Obama em detrimento de Mitt Romney.
O relatório do MRC citou o Dr.
Robert Epstein, que sugeriu que a Google pode ter “transferido pelo menos 2,5
milhões de votos” para Clinton na sua corrida contra Trump, através dos seus
algoritmos de pesquisa. Em 2020, o motor de busca desactivou a conta de
anúncios de Tulsi Gabbard “quando ela se tornou a candidata mais pesquisada
após o primeiro debate das primárias do Partido Democrata” e suprimiu fontes de
notícias críticas a Joe Biden.
A empresa interferiu também na
corrida para o Senado da Geórgia em 2022 entre o democrata Raphael Warnock e o
republicano Herschel Walker, durante a qual favoreceu o titular Warnock “no
distrito onde provavelmente residem maiores proporções de eleitores indecisos”.
Apesar de, contra todas as
evidência, a Google negar constante e desavergonhadamente as acusações de
interferência nos actos eleitorais, a gigante tecnológica tem sido
repetidamente criticada por favorecer os democratas e – mesmo nesse
campo – os candidatos que melhor servem a sua agenda operacional e ideológica.
Na segunda-feira, foi noticiado que a Google e a Apple estavam a bloquear o
acesso ao canal Telegram do activista de direita Tommy Robinson.
Como o Contra tem documentado,
a Google esconde os
candidatos republicanos às presidenciais de 2024 dos resultados de pesquisa no
seu motor de busca e afasta os
utilizadores das notícias sobre a corrupção dos Biden. De acordo com uma
reportagem da Associated Press, a Google está a intensificar o
seu programa pre-bunking, uma forma de combater a “desinformação”
antes de se disseminar online, para que os utilizadores não acreditem no que
as big tech consideram ser propaganda. Um sistema de
inteligência artificial da empresa, o Bard, foi apanhado a
argumentar em favor da pena de morte por “crimes” de opinião.
Título e Texto: Paulo Hasse
Paixão, ContraCultura,
20-3-2024
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