quinta-feira, 21 de março de 2024

A Google interfere nas eleições americanas desde 2008, tendo desviado 2,5 milhões de votos para os democratas


Paulo Hasse Paixão

A Google “interferiu” 41 vezes durante os últimos quatro ciclos eleitorais para ajudar os democratas, de acordo com um relatório do Media Research Center (MRC).

O relatório afirma que a gigante tecnológica

“utilizou o seu poder para ajudar a empurrar para a vitória eleitoral os candidatos mais liberais… Ao mesmo tempo que censurava os seus adversários”.

De acordo com o relatório, a Google demonstrou uma parcialidade flagrante em favor dos candidatos democratas nas últimas quatro eleições presidenciais, direccionando a sua influência para favorecer os candidatos mais liberais. O relatório alega que a Google também visava a censura dos seus opositores.

Em 2008, a Google apoiou o então senador Barack Obama em detrimento de Hillary Clinton, suprimindo os resultados de pesquisa pró-Clinton, enquanto em 2012, favoreceu Obama em detrimento de Mitt Romney.

O relatório do MRC citou o Dr. Robert Epstein, que sugeriu que a Google pode ter “transferido pelo menos 2,5 milhões de votos” para Clinton na sua corrida contra Trump, através dos seus algoritmos de pesquisa. Em 2020, o motor de busca desactivou a conta de anúncios de Tulsi Gabbard “quando ela se tornou a candidata mais pesquisada após o primeiro debate das primárias do Partido Democrata” e suprimiu fontes de notícias críticas a Joe Biden.

A empresa interferiu também na corrida para o Senado da Geórgia em 2022 entre o democrata Raphael Warnock e o republicano Herschel Walker, durante a qual favoreceu o titular Warnock “no distrito onde provavelmente residem maiores proporções de eleitores indecisos”.

Apesar de, contra todas as evidência, a Google negar constante e desavergonhadamente as acusações de interferência nos actos eleitorais, a gigante tecnológica tem sido repetidamente criticada por favorecer os democratas e – mesmo nesse campo – os candidatos que melhor servem a sua agenda operacional e ideológica. Na segunda-feira, foi noticiado que a Google e a Apple estavam a bloquear o acesso ao canal Telegram do activista de direita Tommy Robinson.

Como o Contra tem documentado, a Google esconde os candidatos republicanos às presidenciais de 2024 dos resultados de pesquisa no seu motor de busca e afasta os utilizadores das notícias sobre a corrupção dos Biden. De acordo com uma reportagem da Associated Press, a Google está a intensificar o seu programa pre-bunking, uma forma de combater a “desinformação” antes de se disseminar online, para que os utilizadores não acreditem no que as big tech consideram ser propaganda. Um sistema de inteligência artificial da empresa, o Bard, foi apanhado a argumentar em favor da pena de morte por “crimes” de opinião.

Título e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 20-3-2024

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