Carina Bratt
Hoje em dia, não é mais novidade
para ninguém. Milhares e milhares de internautas passam horas e horas, plugados
em salas de bate-papo eróticas em busca unicamente de prazeres. O crescente
aumento de interessados em sexo online tem preocupado psicólogos e sexólogos. A
Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade humana (Sbrash), com sede em São
Paulo, está fazendo uma pesquisa com 2 mil internautas. Até agora, 834
responderam a um questionário divulgado no site da Sbrash (www.sbrash.org.br/orgasmonarede.htm)
elaborado pelo médico Nelson Vitiello, um dos especialistas que atuam nessa entidade.
Dos entrevistados, 58% de
homens e 42% de mulheres, têm entre 14 e 57 anos – 61% com idade entre 20 e 30
anos. Segundo Vitiello, 65% afirmaram participar de chats eróticos. “Dos que
entram em salas desse tipo, 63% já fizeram sexo virtual – apenas 2% se
conectaram por curiosidade”, afirma.
Um amplo estudo feito pelo
especialista americano em sexo online, Al Cooper, divulgado no Brasil pela
terapeuta Maria Cristina Martins, da Universidade de Campinas, confirmou que é
cada vez maior o número de viciados em cibersexo. Dos 38.204 internautas
entrevistados por Cooper, 80% dos homens e 20% das mulheres disseram frequentar
as salas pornográficas da internet. É
verdade que gosto é igual a cu, cada um tem o seu, portanto, não se discute.
Todavia, a preocupação de
especialistas encontra embasamento, principalmente por causa dos chamados “compulsivos
sexuais”, que dedicam de 15 a 25 horas da semana fazendo sexo virtual. Na ótica
de Cooper, 10% dos entrevistados sofrem da doença. “Esse é um comportamento
destrutivo”, afirma, com ênfase, o cidadão.
PERDA DE INTERESSE
Por que a procura por sites
eróticos vem aumentando tanto? Na pesquisa brasileira, Vitiello descobriu que
100% dos internautas se consideram tímidos e, portanto, as salas da web são
lugares ideais para a realização de fantasias sexuais. “As pessoas com
dificuldades de se relacionarem, ou que se acham feias e desinteressantes,
acabam buscando o sexo virtual. Em geral, tiveram uma educação repressiva” –
enfatiza.
Em caminho paralelo, a
pesquisa de Cooper, descobriu, ainda, que 18% dos entrevistados perderam o
interesse sexual por seus parceiros por causa da internet. “As pessoas ficam
tão envolvidas na fantasia que, ao voltar para a realidade, os sentimentos se
misturam”, conta o esculápio. “Meu marido não está interessado em fazer sexo
comigo e pede com insistência que eu participe das salas de bate-papo. Fica
acordado a noite toda conectado à internet” – relata uma das pacientes de
Cooper, M.C, 25 anos, casada há 6 meses.
AFINAL, É TRAIÇÃO?
Outro problema apontado por
Cooper: o número de divórcios em uniões com mais de 20 anos, vem crescendo
expressivamente por causa dos encontros online. De acordo com advogados
americanos, a internet é responsável por cerca de 40% dos processos de
separação nos Estados Unidos hoje. “O computador transformou-se numa válvula de
escape entre os casais que caíram na rotina”, assevera Cooper.
Os brasileiros, por sua vez,
parecem não considerar traição fazer sexo pela internet. Pelo menos é o que
mostra um estudo em andamento coordenado pela terapeuta Maria Cristina Martins.
“As brasileiras não se importam que seus parceiros frequentem chats eróticos,
desde que não deixem suas caras metades na saudade”. Das 100 entrevistadas, 25%
afirmaram que sexo virtual não é traição. Elas defendem que, se não há contato
físico, não há adultério, conclui Maria Cristina. Fica, entretanto a pergunta
no ar: o que vocês leitores amigos, acham a respeito disso?!
Título e
Texto: Carina Bratt, secretária e assessora de imprensa do
jornalista e escritor Aparecido Raimundo de Souza. De Assis interior de São
Paulo. 8-9-2017
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