sábado, 9 de setembro de 2017

Sexo online: válvula de escape para brigas de casais ou passatempo para os que vivem sozinhos?!

Carina Bratt

Hoje em dia, não é mais novidade para ninguém. Milhares e milhares de internautas passam horas e horas, plugados em salas de bate-papo eróticas em busca unicamente de prazeres. O crescente aumento de interessados em sexo online tem preocupado psicólogos e sexólogos. A Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade humana (Sbrash), com sede em São Paulo, está fazendo uma pesquisa com 2 mil internautas. Até agora, 834 responderam a um questionário divulgado no site da Sbrash (www.sbrash.org.br/orgasmonarede.htm) elaborado pelo médico Nelson Vitiello, um dos especialistas que atuam nessa entidade. 

Dos entrevistados, 58% de homens e 42% de mulheres, têm entre 14 e 57 anos – 61% com idade entre 20 e 30 anos. Segundo Vitiello, 65% afirmaram participar de chats eróticos. “Dos que entram em salas desse tipo, 63% já fizeram sexo virtual – apenas 2% se conectaram por curiosidade”, afirma.

Um amplo estudo feito pelo especialista americano em sexo online, Al Cooper, divulgado no Brasil pela terapeuta Maria Cristina Martins, da Universidade de Campinas, confirmou que é cada vez maior o número de viciados em cibersexo. Dos 38.204 internautas entrevistados por Cooper, 80% dos homens e 20% das mulheres disseram frequentar as salas pornográficas da internet.  É verdade que gosto é igual a cu, cada um tem o seu, portanto, não se discute.

Todavia, a preocupação de especialistas encontra embasamento, principalmente por causa dos chamados “compulsivos sexuais”, que dedicam de 15 a 25 horas da semana fazendo sexo virtual. Na ótica de Cooper, 10% dos entrevistados sofrem da doença. “Esse é um comportamento destrutivo”, afirma, com ênfase, o cidadão.

PERDA DE INTERESSE

Por que a procura por sites eróticos vem aumentando tanto? Na pesquisa brasileira, Vitiello descobriu que 100% dos internautas se consideram tímidos e, portanto, as salas da web são lugares ideais para a realização de fantasias sexuais. “As pessoas com dificuldades de se relacionarem, ou que se acham feias e desinteressantes, acabam buscando o sexo virtual. Em geral, tiveram uma educação repressiva” – enfatiza.

Em caminho paralelo, a pesquisa de Cooper, descobriu, ainda, que 18% dos entrevistados perderam o interesse sexual por seus parceiros por causa da internet. “As pessoas ficam tão envolvidas na fantasia que, ao voltar para a realidade, os sentimentos se misturam”, conta o esculápio. “Meu marido não está interessado em fazer sexo comigo e pede com insistência que eu participe das salas de bate-papo. Fica acordado a noite toda conectado à internet” – relata uma das pacientes de Cooper, M.C, 25 anos, casada há 6 meses. 

AFINAL, É TRAIÇÃO?

Outro problema apontado por Cooper: o número de divórcios em uniões com mais de 20 anos, vem crescendo expressivamente por causa dos encontros online. De acordo com advogados americanos, a internet é responsável por cerca de 40% dos processos de separação nos Estados Unidos hoje. “O computador transformou-se numa válvula de escape entre os casais que caíram na rotina”, assevera Cooper.

Os brasileiros, por sua vez, parecem não considerar traição fazer sexo pela internet. Pelo menos é o que mostra um estudo em andamento coordenado pela terapeuta Maria Cristina Martins. “As brasileiras não se importam que seus parceiros frequentem chats eróticos, desde que não deixem suas caras metades na saudade”. Das 100 entrevistadas, 25% afirmaram que sexo virtual não é traição. Elas defendem que, se não há contato físico, não há adultério, conclui Maria Cristina. Fica, entretanto a pergunta no ar: o que vocês leitores amigos, acham a respeito disso?! 
Título e Texto: Carina Bratt, secretária e assessora de imprensa do jornalista e escritor Aparecido Raimundo de Souza. De Assis interior de São Paulo. 8-9-2017

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